(…)
A
“piolheira”, em todo o caso, era isto mesmo: granja, o poder dos aristocratas e
novos-ricos fundiários, sentados num campesinato miserável governado pela
baioneta dos guardas, e um banco.
(…)
A
piolheira era o Portugal das castas.
(…)
Passou
mais de um século e será que não nos tutela ainda uma réstia desse espírito de
casta, desse menosprezo pela população, do fingimento como forma de política?
(…)
Portugal
dói quando o primeiro-ministro se dirige aos idosos para lhes anunciar o maior
aumento de sempre das suas reformas e pensões.
(…)
O
Governo sabe que o valor do aumento de 2022 e de 2023 fica pelo menos 6% abaixo
do valor da inflação dos mesmos anos e que, portanto, a proteção social
empobreceu os idosos.
(…)
E,
apesar disso, anunciou-lhes um privilégio, um ganho que é uma perda, esperando
que a ilusão monetária de um aumento abaixo da inflação os convença de que é
uma benesse.
(…)
A
velha obsessão do PS de congelar as pensões, como propôs no seu programa de 2015.
(…)
Graças
a Catarina Martins, essa medida caiu logo que Costa precisou de negociar para
ser Governo.
(…)
Saber
e enganar, com a certeza de que isso resultará, como dói Portugal.
(…)
Dói
que passem seis anos desde a promessa do médico de família para toda a gente,
que foi agora enterrada com alguma baixeza e não pouco cinismo.
(…)
E
haveria 26 mil casas, todas as famílias que viviam em condições indignas
chegariam aos 50 anos do 25 de Abril com casa reabilitada ou construída.
(…)
O
tempo corre e o problema se agrava. Portugal dói da mentira.
(…)
Privatizaram-se
os correios, outra velha obsessão do PS.
(…)
A
empresa [CTT] financiava o Estado e garantia uma presença de conforto em tantas
vilas e aldeias onde é precisa.
(…)
A
empresa degradou-se ao ponto da vergonha.
(…)
E
agora que a TAP dá lucro e, portanto, pode pagar o que ficou a dever, começa a
corrida para a vender ao desbarato.
(…)
O
desprezo por Portugal dói.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)
As
crianças não só reconhecem as diferenças raciais a partir de idade pré-escolar,
como também desenvolvem preconceitos raciais que não se assemelham,
necessariamente, à perspectiva das pessoas adultas que as rodeiam.
(…)
As
crianças não dependem apenas da família para recolherem informações sobre as
normas sociais da cultura dominante em que estão inseridas e muito menos para
construírem as suas próprias crenças num mundo racialmente desigual.
(…)
É através da observação que as crianças formam estereótipos e
tendem a seguir determinados grupos em detrimento de outros.
(…)
A
cultura branca de classe média é apresentada como um padrão em termos de
aparência, beleza, linguagem, práticas culturais, alimentação e assim por
diante nas sociedades ocidentais.
(…)
A partir desta padronização e categorização social, as
crianças ou incluem ou excluem outras de determinadas actividades.
(…)
Naturalmente, a exclusão dá azo à agressão, seja ela
emocional ou física.
(…)
Todas
as crianças têm o direito a uma educação intercultural para que possam pensar
criticamente sobre as questões raciais e as pessoas adultas também para que, em
conjunto, façam parte da mudança positiva!
(…)
Infelizmente, em muitas situações, as crianças não recebem
explicação alguma e nem por isso as dúvidas desaparecem.
(…)
Este é
um trabalho complexo, mas importante para qualquer educador/a anti-racista que
queira empoderar as novas gerações e alterar velhos estereótipos.
Cláudia Vagarinho, “Público” (sem link)
Uma das coisas mais surpreendentes sobre o nosso mundo
natural é a diversidade de vida que nele existe.
(…)
Devemos
estar conscientes que a perda de vida selvagem é muito mais do que apenas a
extinção de espécies raras, uma ideia que pode parecer remota e tão distante
das nossas vidas quotidianas.
(…)
Esta
perda não só interrompe os mecanismos essenciais necessários à produção de
alimentos, como também influencia a manutenção da saúde e a regulação do clima.
(…)
A má notícia, porém, é que a biodiversidade continua a
diminuir.
(…)
Atualmente,
estão mais de 150 mil espécies nesta lista, com cerca de 42 mil espécies
ameaçadas de extinção, incluindo 41% de anfíbios, 37% de tubarões e raias, 36%
de corais construtores de recifes, 34%
de coníferas, 27% de mamíferos e 13% de aves.
(…)
Hoje,
os nossos padrões de consumo excessivo estão a sobrecarregar os recursos
naturais do planeta e esta pressão sobre a vida selvagem (…) está a levar
muitas das espécies do mundo ao limite.
(…)
Nos
últimos 50 anos, já perdemos 68% da população de vida selvagem do nosso planeta
e 66% dos oceanos foram impactados negativamente.
(…)
Nós,
seres humanos, representamos apenas 0,01% da vida do planeta e somos, ainda
assim, os maiores responsáveis pelo colapso da fauna e da flora.
(…)
Portanto,
a conservação da natureza é, hoje, mais importante do que nunca e cabe-nos a
todos corrigir os nossos erros para que a vida na Terra permaneça.
(…)
A cada dia que passa, aumentam as ameaças à sobrevivência da
vida selvagem.
(…)
Uma
coisa é certa: preservar a biodiversidade é um papel que tem de incluir toda a
população, os municípios e os Governos.
(…)
O momento dos eventos fenológicos de uma espécie pode ser
muito importante para a sobrevivência de outra espécie.
(…)
A conservação da vida selvagem é a preservação e proteção de
animais, plantas e dos seus habitats.
Teresa Guedes, “Público” (sem link)
A TAP conduziu o poder político para o descrédito.
(…)
Esta TAP é um avião em queda a pique e
morte lenta, não fosse património, bandeira e viveiro de trabalhadores
desconsiderados em nome próprio, sistemática e vergonhosamente.
(…)
A aterragem fora de pista de Marcelo
Rebelo de Sousa pedia consequências entretanto esclarecidas: apenas jurídicas,
não políticas.
(…)
A demissão de Medina seria, neste
contexto, um abalo fatal para o Governo e, caso o Governo caísse, a oposição de
Luís Montenegro ainda não se encontra requalificada para vencer.
(…)
Marcelo dá sinais de esperar por Passos
Coelho como antes se esperava por D. Sebastião.
Sem comentários:
Enviar um comentário