sexta-feira, 3 de março de 2023

CITAÇÕES

 
[O rei D. Carlos] terá dito a alguns dos intelectuais que eram os seus colegas na arte do desespero que Portugal “é uma piolheira”.

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A “piolheira”, em todo o caso, era isto mesmo: granja, o poder dos aristocratas e novos-ricos fundiários, sentados num campesinato miserável governado pela baioneta dos guardas, e um banco.

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A piolheira era o Portugal das castas.

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Passou mais de um século e será que não nos tutela ainda uma réstia desse espírito de casta, desse menosprezo pela população, do fingimento como forma de política? 

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Portugal dói quando o primeiro-ministro se dirige aos idosos para lhes anunciar o maior aumento de sempre das suas reformas e pensões. 

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O Governo sabe que o valor do aumento de 2022 e de 2023 fica pelo menos 6% abaixo do valor da inflação dos mesmos anos e que, portanto, a proteção social empobreceu os idosos.

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E, apesar disso, anunciou-lhes um privilégio, um ganho que é uma perda, esperando que a ilusão monetária de um aumento abaixo da inflação os convença de que é uma benesse. 

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A velha obsessão do PS de congelar as pensões, como propôs no seu programa de 2015.

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Graças a Catarina Martins, essa medida caiu logo que Costa precisou de negociar para ser Governo.

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Saber e enganar, com a certeza de que isso resultará, como dói Portugal.

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Dói que passem seis anos desde a promessa do médico de família para toda a gente, que foi agora enterrada com alguma baixeza e não pouco cinismo.

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E haveria 26 mil casas, todas as famílias que viviam em condições indignas chegariam aos 50 anos do 25 de Abril com casa reabilitada ou construída.

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O tempo corre e o problema se agrava. Portugal dói da mentira.

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Privatizaram-se os correios, outra velha obsessão do PS.

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A empresa [CTT] financiava o Estado e garantia uma presença de conforto em tantas vilas e aldeias onde é precisa.

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A empresa degradou-se ao ponto da vergonha. 

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E agora que a TAP dá lucro e, portanto, pode pagar o que ficou a dever, começa a corrida para a vender ao desbarato.

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O desprezo por Portugal dói.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

As crianças não só reconhecem as diferenças raciais a partir de idade pré-escolar, como também desenvolvem preconceitos raciais que não se assemelham, necessariamente, à perspectiva das pessoas adultas que as rodeiam.

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As crianças não dependem apenas da família para recolherem informações sobre as normas sociais da cultura dominante em que estão inseridas e muito menos para construírem as suas próprias crenças num mundo racialmente desigual.

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É através da observação que as crianças formam estereótipos e tendem a seguir determinados grupos em detrimento de outros.

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A cultura branca de classe média é apresentada como um padrão em termos de aparência, beleza, linguagem, práticas culturais, alimentação e assim por diante nas sociedades ocidentais.

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A partir desta padronização e categorização social, as crianças ou incluem ou excluem outras de determinadas actividades.

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Naturalmente, a exclusão dá azo à agressão, seja ela emocional ou física.

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Todas as crianças têm o direito a uma educação intercultural para que possam pensar criticamente sobre as questões raciais e as pessoas adultas também para que, em conjunto, façam parte da mudança positiva!

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Infelizmente, em muitas situações, as crianças não recebem explicação alguma e nem por isso as dúvidas desaparecem.

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Este é um trabalho complexo, mas importante para qualquer educador/a anti-racista que queira empoderar as novas gerações e alterar velhos estereótipos.

Cláudia Vagarinho, “Público” (sem link)

 

Uma das coisas mais surpreendentes sobre o nosso mundo natural é a diversidade de vida que nele existe. 

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Devemos estar conscientes que a perda de vida selvagem é muito mais do que apenas a extinção de espécies raras, uma ideia que pode parecer remota e tão distante das nossas vidas quotidianas.

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Esta perda não só interrompe os mecanismos essenciais necessários à produção de alimentos, como também influencia a manutenção da saúde e a regulação do clima.

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A má notícia, porém, é que a biodiversidade continua a diminuir.

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Atualmente, estão mais de 150 mil espécies nesta lista, com cerca de 42 mil espécies ameaçadas de extinção, incluindo 41% de anfíbios, 37% de tubarões e raias, 36% de corais construtores de recifes, 34% de coníferas, 27% de mamíferos e 13% de aves.

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Hoje, os nossos padrões de consumo excessivo estão a sobrecarregar os recursos naturais do planeta e esta pressão sobre a vida selvagem (…) está a levar muitas das espécies do mundo ao limite.

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Nos últimos 50 anos, já perdemos 68% da população de vida selvagem do nosso planeta e 66% dos oceanos foram impactados negativamente.

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Nós, seres humanos, representamos apenas 0,01% da vida do planeta e somos, ainda assim, os maiores responsáveis pelo colapso da fauna e da flora.

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Portanto, a conservação da natureza é, hoje, mais importante do que nunca e cabe-nos a todos corrigir os nossos erros para que a vida na Terra permaneça.

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A cada dia que passa, aumentam as ameaças à sobrevivência da vida selvagem.

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Uma coisa é certa: preservar a biodiversidade é um papel que tem de incluir toda a população, os municípios e os Governos.

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O momento dos eventos fenológicos de uma espécie pode ser muito importante para a sobrevivência de outra espécie.

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A conservação da vida selvagem é a preservação e proteção de animais, plantas e dos seus habitats.

Teresa Guedes, “Público” (sem link)

 

A TAP conduziu o poder político para o descrédito.

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Esta TAP é um avião em queda a pique e morte lenta, não fosse património, bandeira e viveiro de trabalhadores desconsiderados em nome próprio, sistemática e vergonhosamente.

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A aterragem fora de pista de Marcelo Rebelo de Sousa pedia consequências entretanto esclarecidas: apenas jurídicas, não políticas.

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A demissão de Medina seria, neste contexto, um abalo fatal para o Governo e, caso o Governo caísse, a oposição de Luís Montenegro ainda não se encontra requalificada para vencer.

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Marcelo dá sinais de esperar por Passos Coelho como antes se esperava por D. Sebastião. 


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