Numa carta dirigida a António Guterres e ao presidente do Banco Mundial,
200 economistas manifestam o seu descontentamento com o alargamento do fosso
entre ricos e pobres à escala mundial. Traduzo algumas linhas:
"Os 10% mais ricos da população mundial recebem 52% do rendimento
global enquanto a metade mais pobre recebe 8,5%. Milhares de milhões de pessoas
suportam o terrível sofrimento produzido pelos preços dos alimentos elevados e
a subir, e a fome, enquanto o número de multimilionários duplicou na última
década. (...)
Sabemos que a grande desigualdade prejudica todos os nossos objectivos
sociais e ambientais. Ela corrói a política, destrói a confiança, impede a
prosperidade económica colectiva e enfraquece o multilateralismo."
Faltou dizer que, nos países mais ricos, a grande e crescente desigualdade
gera ressentimento social, acções de violência, revolta destrutiva, discurso de
ódio e ... voto na extrema-direita. (via Jorge Bateira, in canal#moritz)
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