sexta-feira, 21 de julho de 2023

CITAÇÕES

 
Consta que o Governo deliberou que, uma vez que é arreliado por casões regulares, decidiu passar a fabricar casinhos.

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Domesticar o animal alimentando a sua ansiedade, em resumo. 

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Conhecendo a nossa paróquia, não se estranhe que isto funcione no entretenimento. 

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Ao fim do enésimo episódio alguém se perguntará se isto tudo não enfastia pela irrelevância.

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E o contraste não podia ser maior entre este frenesim casuístico e o falhanço em cuidar do que interessa.

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O Governo quer tornar-se notícia (…) para atuar como irrelevância, e esse é o caso da resposta à inflação.

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Até agora, os governantes limitaram-se a repetir as frases do BCE, com o azar dos Távoras de serem sempre falsas.

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Toda essa [uma] doutrina tem sido desmentida pelos teimosos factos.

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O FMI acrescenta, entretanto, que metade da inflação é puxada pelos sobrelucros das empresas.

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[Diogo Martins e Vicente Ferreira] demonstram que os preços subiram primeiro com o choque na energia, com efeitos na eletricidade, gás e transportes, e depois nos sectores de alimentos, habitação, restauração.

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 Mas a energia já está nos mercados internacionais a preços mais baixos do que antes da pandemia.

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Portanto a inflação mantém-se por estes choques terem aberto a porta à mudança do regime de preços.

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Neste contexto, a resposta da política monetária restritiva do BCE, a subida dos juros, é uma poção venenosa.

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A inflação especulativa afeta o consumo ao reduzir os rendimentos reais dos mais pobres e as medidas tomadas geram uma nova instabilidade.

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Um crime perfeito não é aquele cuja ocultação vence os investigadores mais atentos; é antes o que é praticado à frente de toda a gente, com a conivência e até estímulo das autoridades e merecendo um amplo aplauso.

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O segundo escapará mais facilmente ao castigo e até à crítica. 

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Do segundo triunfarão comendadores e figuras gradas.

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Num, o crime é crime, no outro é um exemplo.

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As privatizações têm sido o mais celebrado desses processos exemplares. 

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Há bens públicos ou monopólios naturais que, se privatizados, evitam a concorrência, prejudicam os consumidores e se subtraem ao erário comum.

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Somam-se a demasiados (outros) casos em que nem o interesse público nem sequer o da empresa foram protegidos.

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[No que respeita à nova privatização da TAP] com as devidas comissões, os contratos de especialistas e os pagamentos a fornecedores, tem sido a festa dos crimes perfeitos.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Treze demissões depois, o que o PSD arranca da realidade ainda é uma metáfora de viragem: um empate técnico nas sondagens.

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O eleitorado volátil, o que oscila entre os dois blocos centrais, não precisa de ser seduzido, precisa de confiar que a mudança compensa.

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O Chega seca toda a Direita que dele se aproxima para criar ilusões governativas e, com isso, resiste à sua própria liderança, aos escândalos sucessivos, ao desaparecimento em Portalegre.

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A força desta extrema-direita é o fiel da balança que não permite a Marcelo equacionar a dissolução.

Miguel Guedes, JN

 

O continente africano tem a menor responsabilidade pela crise climática planetária, mas enfrenta as suas consequências mais graves.

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Os cinquenta países mais pobres têm 13% da população mundial e são particularmente vulneráveis, sendo que contribuem apenas com 0,8% das emissões globais de CO2.

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África enfrenta danos colaterais exponenciais.

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Por outro lado, a população africana sofre a maior pobreza energética do mundo, sendo que mais de 600 milhões de pessoas vivem sem eletricidade.

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África é o continente mais soalheiro do mundo e o que dispõe de menos painéis fotovoltaicos.

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É responsável por metade do potencial solar do planeta e apenas 1% da energia produzida.

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África deve ter prioridade na abordagem global à transição energética.

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As energias renováveis continuam a ser um privilégio dos países ricos.

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O contraste entre países tem vindo a acentuar-se, sendo que tem diminuído o investimento estrangeiro em energias renováveis nos países mais pobres.

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O Egito e a África do Sul [são] recordistas de emissões no respetivo continente.

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A bacia do Congo é a segunda maior floresta tropical do mundo e é vital para estabilizar o clima mundial, absorvendo 1,2 mil milhões de toneladas de CO2 por ano.

Helena Freitas, “Diário de Coimbra” (sem link)

 

Temos de facto os melhores indicadores económicos dos últimos anos, os melhores indicadores financeiros e das contas públicas e os melhores números relativos ao emprego

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Mas os portugueses, os que figuram no retrato, não vivem desses números e tão-pouco da boa imagem de Portugal lá fora.

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Foram as bancadas mais à esquerda que vocalizaram essas preocupações [que afetam uma percentagem significativa de cidadãos] no debate do estado da nação.

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Esta esquerda, tendo a menor representação parlamentar de sempre, trava a maior luta política de sempre.

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[Ela] combate um espectro político que vai do liberalismo deste Governo à direita.

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Já a direita esteve manietada. Pois se existe um governo socialista que se encarrega de priorizar as contas certas e o crescimento económico, o que lhes resta? Muito pouco.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

A polícia brasileira matou no ano passado uma média de 18 pessoas por dia. 

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A maioria das 6430 vítimas das forças de segurança é do sexo masculino (99%) e, sem surpresa, negros (83%).

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Quase metade destes mortos é jovem (45%): tem entre 18 e 24 anos.

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A esmagadora maioria dos caos violentos ocorreu na via pública.

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O que o relatório não diz, mas é fácil fazer as contas, é que os brasileiros vítimas da crónica violência policial é superior ao número médio de civis mortos na Ucrânia na sequência dos múltiplos ataques causados pelos agressores russos.

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A dimensão dos números brasileiros agora revelados expõe igualmente o falhanço total das políticas de segurança [de Bolsonaro].

Alfredo Leite, “Correio da manhã” (sem link)


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