sábado, 23 de dezembro de 2023

MAIS CITAÇÕES (263)

 Parlamento francês reduziu drasticamente os direitos dos imigrantes.

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Nos primeiros cinco anos que vivam no país, mesmo contribuindo com impostos e para a segurança social, os imigrantes não têm direito a benefícios e apoios.

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Franceses com dupla nacionalidade (mesmo nascidos no país) que sejam condenados por homicídio perdem a nacionalidade.

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Se forem condenados por um crime, filhos de imigrantes nascidos em França não se podem naturalizar. 

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O ministro da Saúde já se demitiu e outros devem-lhe seguir o exemplo. 27 deputados macronistas votaram contra e 32 abstiveram-se.

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Com 17% da população mundial, África contribuía, em 2021, com apenas 4% das emissões globais de carbono.

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Apesar de ser o continente com menos contribuição per capita (sete vezes menos do que a Europa), é quem mais sentirá os seus efeitos.

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Mas, na Europa, é quem mais se opõe ao combate às alterações climáticas que lidera o discurso xenófobo. 

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Os imigrantes têm garantido o crescimento económico europeu que financia o Estado social. E, no entanto, quer-se limitar o seu acesso aos benefícios deste Estado social.

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Não são os portugueses que sustentam quem chega, é quem chega que garante as reformas de quem está.

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De acordo com o relatório do Observatório das Migrações, “sem os imigrantes, alguns sectores económicos entrariam em colapso”.

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Por essa envelhecida Europa (…) São os falhanços da integração, que gerou conflitos graves com a segunda geração.

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Se tratam os filhos de imigrantes que nunca viveram noutro lugar como nacionais de segunda, para quem os direitos são condicionais desde o dia em que nascem, como querem que se sintam franceses por inteiro?

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[Este “liberalismo xenófobo”] É uma nova fase do sistema, onde a extrema-direita conquistou um lugar à mesa.

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E a UE chegou ontem a um acordo histórico, onde até socialistas participaram, institucionalizando a violação de direitos fundamentais e do direito de asilo e tratando países terceiros como aterro de humanos e a imigração como um crime.

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Perante os efeitos humanos do desastre global climático, a Europa prepara-se para ser uma fortaleza, sinal da sua decadência cultural, política, moral e económica.

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A infame lei da imigração francesa não foi criada ou aprovada pela extrema-direita. Foi assumida pela direita e pelo centro.

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Os cordões sanitários de que precisamos não são com os partidos da extrema-direita, são com as suas ideias e soluções.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A verdade aleija e quem a serve arrisca o pescoço.

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O jornalista é abelhudo por defeito profissional, tende a falar quando os outros calam, abre os olhos entre pálpebras cerradas – pergunta, analisa, noticia. É incómodo.

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Em alguns lugares, a violência física é vista como a única forma de superar essa coceira incómoda. As Filipinas é um desses países

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Diz a organização Repórteres Sem Fronteiras que “milícias privadas, muitas vezes contratadas por políticos locais, silenciam jornalistas com total impunidade”.

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E, mesmo assim, a imprensa resiste, prospera, é vigorosa.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

[A crise da democracia]  é o tema mais discutido de sempre e, que se saiba, dessas discussões nunca nasceu uma solução.

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O Global Media Group (…) está a levar a cabo um processo de despedimento coletivo que determinará a cessação dos vínculos laborais de cerca de centena e meia de jornalistas.

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O jornalismo deixou de ser uma atividade lucrativa.

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O jornalismo quer-se livre e faz sentido que os leitores questionem essa liberdade quando uma publicação, ou órgão de comunicação social, é detido por grandes empresas.

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Com o acesso à Internet, tornou-se banal aceder gratuitamente à informação.

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Não admira que os jornais estejam cada vez mais descapitalizados.

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Isto significa que quem trabalha na imprensa é mal pago e esta situação em nada contribui para a melhoria da qualidade do jornalismo.

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Aqui, como em quase todos os problemas coletivos, é utópico pensar em resolvê-lo apenas com uma mudança nos comportamentos individuais.

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A solução tem de passar por apoio do Estado. Existe aqui um interesse público a proteger.(…)

Não podemos viver em democracia sem jornalismo livre, sério e rigoroso.

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Estão certamente reunidas as condições que exigem uma intervenção do Estado neste sector e falo de apoio e de financiamento.

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É cómodo darmos por garantido que o futuro não se atreverá a por em causa aquilo que damos por adquirido, mas reparem que é uma ilusão.

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Se deixar de existir quem faça o relato rigoroso da atualidade e uma reflexão crítica sobre esses factos, entraremos numa fase autodestrutiva de todos os direitos e liberdades que conquistámos e assistiremos à vitória do populismo.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)


Nas suas mensagens aos portugueses [Montenegro] parece a madrasta perante o espelho de magia malévola: “espelho meu, espelho meu”, quem é capaz de aumentar o salário mínimo, os complementos sociais e as pensões mais do que eu? 

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Na identificação dos perigos que resultariam de uma vitória da Direita nas próximas eleições legislativas, não basta analisar o que fez quando esteve no Governo; é imprescindível ver bem o que são hoje os seus verdadeiros programas.

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O último Governo PSD/CDS promoveu a tese de que “os portugueses viviam acima das suas possibilidades”, legislou para concretizar a maior transferência de rendimentos do trabalho para o capital, incentivou os jovens portugueses a emigrar. 

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Passos Coelho (…) é hoje o grande promotor do branqueamento e normalização da extrema-direita.

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Durão Barroso impôs, em 2003, o Código de Trabalho que havia de se tornar instrumento decisivo para a desvalorização salarial, promoveu uma lei regressiva na Segurança Social e aumentou o IVA.

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Agora pede aos portugueses que ponham o PS em “cura de oposição”, para que as políticas que defende sejam postas em prática.

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Por mais que perguntem ao espelho, eles não deixam de ser quem são.

Carvalho da Silva, JN


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