sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

CITAÇÕES

 
Só Netanyahu tem o direito de dirigir uma coligação racista para exterminar sistematicamente um povo.

(…)

A guerra tornou-se o seu instrumento de extermínio e prossegue implacavelmente a espiral de destruição.

(…)

O terrorismo tem hoje um farol no mundo, é Netanyahu.

(…)

[Saramago] talvez não pudesse imaginar os abismos de indignidade a que estamos agora a assistir.

(…)

A primeira [vitória que o Governo de Israel conseguiu] tem a atenção dos produtores de tecnologia militar, é a experimentação de novos instrumentos de destruição.

(…)

Segundo um estudo da Associated Press, durante a guerra de 2014, que durou 51 dias, foram atingidos 6 mil objetivos, provocando 89% de mortes de civis, incluindo em 20 famílias, que perderam mais de 10 membros.

(…)

Agora, só no primeiro mês de combate foram destruídos 15 mil alvos e, segundo a ONU, cerca de um quinto das vítimas estão em 312 famílias, que perderam mais de 10 dos seus membros.

(…)

[Os militares ocupantes] sabem melhor do que ninguém que estão a cometer crimes de guerra e a matar por um critério xenófobo: o palestiniano deve morrer. 

(…)

Netanyahu está a usar o que pode vir a ser uma das principais armas do futuro, e os comerciantes da guerra estão maravilhados com a inovação.

(…)

A segunda vitória, talvez uma meia vitória, é a submissão de alguns governos ocidentais à invocação de um “direito de defesa” que proclama a legalidade do genocídio.

(…)

Manda a verdade dizer que se impuseram manifestações em França e que a cultura palestiniana é mais escutada, como um sinal da resistência à atrocidade.

(…)

Estamos a olhar para a banalização do terror, à terraplanagem de um país em nome de um objetivo impossível, pois nenhuma paz dos cemitérios resolverá o conflito do Médio Oriente.

(…)

[Netanyahu] quer a guerra como forma de sobrevivência no seu julgamento por corrupção.

(…)

Guerra em Gaza, guerra na Ucrânia, extensão da NATO, tensões no mar do sul da China — este é o paraíso para a venda de armas. 

(…)

Mas nem isso explica que hoje o investimento em armamento supere o do tempo da Guerra Fria, quando a confrontação planetária era uma ameaça. 

(…)

[O negócio das armas] é um esplêndido negócio, protegido por um biombo de silêncio e cumplicidades.

(…)

Em 10 anos [os países da NATO] aumentaram as despesas militares de 145 mil milhões de euros para 215 mil milhões de euros.

(…)

O problema é que as armas destroem e não criam.

(…)

Para viver melhor é melhor investir na vida do que na morte.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Marcelo Rebelo de Sousa tem responsabilidade no processo que levou à queda do Governo e à dissolução do Parlamento.

(…)

Não estamos a falar de um mero espectador não participante.

(…)

Mas não é só Marcelo que assobia para o lado. A procuradora-geral da República, Lucília Gago, declinou quaisquer responsabilidades na demissão de António Costa..

(…)

[O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Adão Carvalho], até disse que o primeiro-ministro terá usado o célebre parágrafo como pretexto para apresentar o seu pedido de demissão.

(…)

Acontece que há uma coisa da qual todos temos a certeza: Costa não queria ter apresentado demissão e se o fez foi porque se viu sem alternativa.

(…)

Que dizer desta desresponsabilização institucional coletiva por parte de titulares de cargos fundamentais no sistema democrático?

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

Esta governação não foi para as pessoas. O acesso aos cuidados de saúde, fundamentais em pleno século XXI, não está assegurado. 

(…)

A confiança no Serviço Nacional de Saúde foi comprometida por um Governo que dizia ser o maior amigo do SNS. Com amigos destes...

(…)

Esta governação não foi para as mulheres. O acesso à Interrupção Voluntária da Gravidez, direito fundamental assegurado em referendo nacional que acabou com a perseguição a mulheres e a exposição da sua vida em tribunal, está em causa. 

(…)

Esta governação não foi para políticas de esquerda. Ao contrário do que diz a direita, (…) a realidade é muito diferente: uma parte crescente do Orçamento da área da Saúde serve para pagar aos privados. 

(…)

O negócio privado bate palmas a Pizarro, ou aos herdeiros de António Costa, tem ganho imenso com as suas políticas.

(…)

Esta governação não foi para os profissionais e trabalhadores. O Governo PS fez do ataque aos profissionais da Administração Pública o paradigma da sua política. 

(…)

Enquanto instalava o caos na escola pública, acusava os professores de abrirem a porta à Educação privada. 

(…)

Na Justiça, colocou em tribunal os oficiais de justiça quando iniciaram a sua greve para exigir o que a própria ministra dizia ser uma reivindicação mais do que justa.

(…)

Enquanto instala o caos no SNS, atira as culpas para os profissionais que fazem centenas de horas extraordinárias para garantir o funcionamento normal dos serviços.

(…)

Esta governação não foi para jovens. A falta de salários decentes que valorizem as competências dos jovens, o Governo permitiu que o mercado da habitação se transformasse numa selva em que a especulação é rainha.

(…)

É no confronto com estas heranças que a alternativa que o Bloco de Esquerda propõe se constrói. 

(…)

Esta herança não é só do PS, é a execução de políticas que os partidos de direita subscrevem, na Saúde, na Educação ou na habitação. 

Pedro Filipe Soares, JN

 

A crise institucional é evidente e não se resume a episódios de arremesso entre instituições, em sentido abstracto, como se as arestas a limar aparecessem entre organismos desabitados, inertes, sem ocupação por eleitos. 

(…)

Se é indigno o passa culpas entre Marcelo Rebelo de Sousa e Governo no caso das gémeas, pior é o silêncio que parece sustentar o fogo de artifício seco e a paz podre conciliadora entre alguns dos intervenientes. 

(…)

Também aqui, as instituições são as pessoas e a sua incapacidade de resistir às circunstâncias. 

(…)

Neste contexto de crise, a eleição interna no PS, neste fim de semana, assemelha-se a um voto para primeiro-ministro. 

(…)

Se o realismo pagasse imposto, muitos militantes do PSD aproveitariam para pagar por directas no imediato. 

(…)

A resolução do novelo do PSD está intimamente ligada à crise na justiça, às notícias ou conclusão sobre as investigações em curso ou ao crescimento de uma Direita não democrática que lhe embale um Governo.

(…)

Quando já ninguém depende de si e depois de criar monstros, sente-se que o PSD olha para os lados e só encontra o CDS.

Miguel Guedes, JN


Sem comentários:

Enviar um comentário