(…)
Na Nova Zelândia, Espanha, Escócia, Bélgica,
Reino Unido, Japão ou Islândia também se testou este modelo de organização do
tempo de trabalho [semana de trabalho de 4 dias].
(…)
O anterior governo lançou, no final de 2022, um
projeto-piloto para a semana de quatro dias no setor privado.
(…)
A transição para a semana de 4 dias deveria
estar associada a uma redução do horário semanal (ou seja, não poderia
corresponder a uma mera concentração das mesmas 40 horas em menos um dia) e não
poderia implicar qualquer perda de remuneração.
(…)
O projeto abrangeu 41 empresas e mais de 1000
trabalhadores.
(…)
Em média, a semana de quatro dias envolveu a
redução das horas de trabalho semanais de 39,3 para 34 horas.
(…)
A maior parte das empresas optou por um dia
livre por semana (58,5%), outras por quinzenas de 9 dias.
(…)
À implementação da semana de 4 dias foram
associadas, na maioria das empresas, mudanças organizacionais.
(…)
A esmagadora maioria (95%) avalia a experiência
positivamente e pretende prolongá-la.
(…)
Num inquérito respondido por uma amostra de 200
trabalhadores, estes declararam a diminuição de sintomas negativos [a
vários níveis].
(…)
A semana de 4 dias passou a ser também um fator
muito relevante para a maioria dos trabalhadores na escolha de se manterem na
empresa.
(…)
Até ver, o projeto foi, globalmente, um
sucesso, mesmo que haja diferenças em função das empresas, dos setores e das
categorias de trabalhadores.
(…)
Em Portugal, o período normal de trabalho já
não sofre alterações desde 1996 (já lá vão quase 30 anos!), ano em que se
passou das 44 horas para as 40 horas semanais.
(…)
A redução do tempo de trabalho, que é uma
conquista civilizacional, desacelerou.
(…)
Em 2012 foram reduzidos os dias de férias
previstos na lei geral, de 25 para 22.
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A idade da reforma aumenta todos os anos, em
função da esperança de vida.
(…)
Nas últimas duas décadas multiplicaram-se
horários atípicos e modalidades flexíveis.
(…)
As novas tecnologias têm promovido uma
cultura de conexão permanente, em que o tempo pessoal é informalmente
colonizado por solicitações permanentes.
(…)
Nas plataformas digitais, o tempo de
disponibilidade, não remunerado, parece não ter limites.
Este ano, o mote da comemoração [do Dia
Internacional dos Museus] foi a valorização do papel dos museus para a educação
e a investigação.
(…)
Aquele
espaço [Rua do Heroísmo]
é, no Porto, o principal símbolo da repressão fascista ao longo de quarenta e
oito ano, mas é, ao mesmo tempo e exatamente por isso, um ícone da resistência
antifascista.
(…)
Milhares de homens e mulheres opositores ao
Estado Novo passaram por aquelas instalações.
(…)
É
imperativo que as políticas públicas das áreas do Património Cultural e da
Memória coloquem no centro do debate a criação deste novo equipamento museológico
na cidade do Porto.
(…)
No
passado dia 27 de abril – data da libertação dos últimos presos políticos em
1974, Peniche foi palco da inauguração do Museu
Nacional da Resistência e da Liberdade.
(…)
Em Coimbra, o Centro de Documentação 25 de
Abril desenvolve, há muitos anos, um trabalho exemplar na salvaguarda desta
memória.
(…)
O
atual regime político é filho da Revolução. O que parecia ser uma matéria
consensualizada na sociedade portuguesa, tornou-se motivo de disputa política e
ideológica.
(…)
A
recomposição das direitas portuguesas,(…), deturpa hoje a memória do 25 de
Abril para atacar as liberdades, os direitos e as garantias conquistadas com a
Revolução e pela Revolução.
(…)
A
tarefa de qualquer democrata deve ser, interpretando o milhão que saiu à rua no
passado dia 25 de Abril de 2024, construir uma nova consciência histórica onde
a Revolução dos Cravos não é um bibelot
do passado mas uma ideia e projeto de futuro.
(…)
Em Coimbra, a antiga delegação da PIDE é hoje
um hostel para turistas
Luís Monteiro, “Público”
(sem link)
O comportamento de alguns elementos do grupo parlamentar do
Chega, denunciados por deputados de vários partidos, é uma montra de insulto,
agressividade e ofensa que não acredito que possa ser subscrita pela maioria
dos seus eleitores.
(…)
As acusações de Isabel Moreira sobre as conhecidas
declarações machistas, racistas e misóginas de deputados e dirigentes do Chega,
subscritas por muitos deputados e deputadas de diversas forças partidárias, não
são novidade para ninguém.
(…)
A normalização destes comportamentos vexatórios é inaceitável
e paga-se caro.
(…)
Como nos recreios ou nas ruas, alimentar o sentimento de
impunidade e reforçar o grupo de ofensores com reconhecimento implícito e
holofote é o pior serviço que se pode prestar à sua falta de bondade.
(…)
É o pior dos erros, o que se comete quando se ergue um
procedimento para substituir o bom senso.
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