sexta-feira, 24 de maio de 2024

CITAÇÕES

 
No próximo mês de junho será apresentado o relatório final dos projetos-piloto sobre a semana de 4 dias em Portugal.

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Na Nova Zelândia, Espanha, Escócia, Bélgica, Reino Unido, Japão ou Islândia também se testou este modelo de organização do tempo de trabalho [semana de trabalho de 4 dias].

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O anterior governo lançou, no final de 2022, um projeto-piloto para a semana de quatro dias no setor privado.

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A transição para a semana de 4 dias deveria estar associada a uma redução do horário semanal (ou seja, não poderia corresponder a uma mera concentração das mesmas 40 horas em menos um dia) e não poderia implicar qualquer perda de remuneração.

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O projeto abrangeu 41 empresas e mais de 1000 trabalhadores. 

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Em média, a semana de quatro dias envolveu a redução das horas de trabalho semanais de 39,3 para 34 horas.

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A maior parte das empresas optou por um dia livre por semana (58,5%), outras por quinzenas de 9 dias.

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À implementação da semana de 4 dias foram associadas, na maioria das empresas, mudanças organizacionais.

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A esmagadora maioria (95%) avalia a experiência positivamente e pretende prolongá-la.

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Num inquérito respondido por uma amostra de 200 trabalhadores, estes declararam a diminuição de sintomas negativos [a vários níveis].

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A semana de 4 dias passou a ser também um fator muito relevante para a maioria dos trabalhadores na escolha de se manterem na empresa.

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Até ver, o projeto foi, globalmente, um sucesso, mesmo que haja diferenças em função das empresas, dos setores e das categorias de trabalhadores.

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Em Portugal, o período normal de trabalho já não sofre alterações desde 1996 (já lá vão quase 30 anos!), ano em que se passou das 44 horas para as 40 horas semanais.

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A redução do tempo de trabalho, que é uma conquista civilizacional, desacelerou.

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Em 2012 foram reduzidos os dias de férias previstos na lei geral, de 25 para 22.

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A idade da reforma aumenta todos os anos, em função da esperança de vida.

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Nas últimas duas décadas multiplicaram-se horários atípicos e modalidades flexíveis.

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 As novas tecnologias têm promovido uma cultura de conexão permanente, em que o tempo pessoal é informalmente colonizado por solicitações permanentes.

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Nas plataformas digitais, o tempo de disponibilidade, não remunerado, parece não ter limites.

José Soeiro, “Expresso”online

 

Este ano, o mote da comemoração [do Dia Internacional dos Museus] foi a valorização do papel dos museus para a educação e a investigação.

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Aquele espaço [Rua do Heroísmo] é, no Porto, o principal símbolo da repressão fascista ao longo de quarenta e oito ano, mas é, ao mesmo tempo e exatamente por isso, um ícone da resistência antifascista.

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Milhares de homens e mulheres opositores ao Estado Novo passaram por aquelas instalações.

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É imperativo que as políticas públicas das áreas do Património Cultural e da Memória coloquem no centro do debate a criação deste novo equipamento museológico na cidade do Porto.

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No passado dia 27 de abril – data da libertação dos últimos presos políticos em 1974, Peniche foi palco da inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade.

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Em Coimbra, o Centro de Documentação 25 de Abril desenvolve, há muitos anos, um trabalho exemplar na salvaguarda desta memória.

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O atual regime político é filho da Revolução. O que parecia ser uma matéria consensualizada na sociedade portuguesa, tornou-se motivo de disputa política e ideológica.

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A recomposição das direitas portuguesas,(…), deturpa hoje a memória do 25 de Abril para atacar as liberdades, os direitos e as garantias conquistadas com a Revolução e pela Revolução.
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A tarefa de qualquer democrata deve ser, interpretando o milhão que saiu à rua no passado dia 25 de Abril de 2024, construir uma nova consciência histórica onde a Revolução dos Cravos não é um bibelot do passado mas uma ideia e projeto de futuro.

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Em Coimbra, a antiga delegação da PIDE é hoje um hostel para turistas

Luís Monteiro, “Público” (sem link)

 

O comportamento de alguns elementos do grupo parlamentar do Chega, denunciados por deputados de vários partidos, é uma montra de insulto, agressividade e ofensa que não acredito que possa ser subscrita pela maioria dos seus eleitores. 

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As acusações de Isabel Moreira sobre as conhecidas declarações machistas, racistas e misóginas de deputados e dirigentes do Chega, subscritas por muitos deputados e deputadas de diversas forças partidárias, não são novidade para ninguém.

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A normalização destes comportamentos vexatórios é inaceitável e paga-se caro.

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Como nos recreios ou nas ruas, alimentar o sentimento de impunidade e reforçar o grupo de ofensores com reconhecimento implícito e holofote é o pior serviço que se pode prestar à sua falta de bondade. 

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É o pior dos erros, o que se comete quando se ergue um procedimento para substituir o bom senso.

Miguel Guedes, JN


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