sábado, 11 de maio de 2024

MAIS CITAÇÕES (282)

 
Um congresso pró-palestiniano em Berlim foi cancelado pela polícia, que cortou eletricidade, confiscou microfones e deteve alguns participantes.

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Nos EUA, 13 juízes federais nomeados por Trump escreveram uma carta ao reitor da Universidade de Columbia dizendo que, depois dos protestos dos seus estudantes contra a invasão de Gaza, deixarão de contratar profissionais formados por esta prestigiadíssima instituição.

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A punição coletiva, ameaçando todos os estudantes de restrições no acesso a prestigiadas e bem pagas posições no sistema judicial, só visa restaurar uma coisa: o macarthismo.

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A chantagem da acusação de antissemitismo ou de apoio ao terrorismo já não chega para calar a oposição ao genocídio.

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É preciso silenciar preventivamente qualquer opinião contrária ao Governo de extrema-direita de Netanyahu.

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A palavra “genocídio” não se pronuncia, a desproporcionada violência israelita não se comenta, os colonatos não se questionam, os cadáveres não se contam.

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É usar o poder do Estado para silenciar quem denuncia um crime contra a Humanidade.

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O silenciamento é feito em nome da má cons­ciência ocidental perante o povo mais perseguido da História.

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Cala-se a crítica ao genocídio em Gaza para fazer as pazes com a História. 

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Mas foi da indiferença perante o crime que nasceu a matança de judeus, ciganos, arménios ou palestinianos. 

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O que determina a política do ódio não é o seu alvo fraco, é ter sempre de existir um.

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Claro que o antissemitismo está bem entranhado por séculos de perseguição e vai da direita à esquerda. 

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Foi esta impossibilidade de debater, nos EUA, o comportamento de Israel, mesmo quando o debate é promovido por organizações judaicas, que reforçou um apoio incondicional a tudo o que Telavive fosse fazendo.

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Quanto maior o rasto de destruição e morte em Gaza, mais difícil é defender a superioridade moral de Israel e mais o tabu tem de ser imposto pela força.

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De acordo com um estudo da Gallup, o apoio dos norte-americanos à ofensiva israelita desceu de 50%, no seu início, para 36% em março.

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Na realidade, os estudantes usam a Palestina como usaram o Vietname: bandeira da luta contra toda a forma de opressão.

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Israel, como portador da memória das vítimas do mais horrendo dos crimes, trilhou um longo caminho de arrogância colonial que o levou ao suicídio moral em Gaza.

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No dia em que calarmos o grito de revolta destes jovens somos nós, enquanto Humanidade, que desaprendemos tudo.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A salvaguarda de condições de dignidade em tempo de reforma deve ser primordial nas nossas vidas.

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Em notícias recentes, soube-se que o CEO de um grupo empresarial se autorremunera com um salário correspondente ao de 288 trabalhadores com o salário médio praticado no grupo.

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Escreveu-se que este gestor coloca nos seus sistemas de reforma um milhão de euros por ano.

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Temos de cuidar da sustentabilidade do Sistema de Segurança Público Universal e Solidário que temos 

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O futuro da Segurança Social garante-se com melhores salários e mais e melhor emprego.

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Não se desbaratem as boas condições da Segurança Social em nome de hipotética insustentabilidade.

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Segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), a Segurança Social, na execução orçamental de 2023, alcançou um saldo (excedente) global de 5482 milhões de euros.

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Tem aumentado o número de contribuintes e o volume das receitas. Isso deveu-se ao aumento do emprego de imigrantes e de trabalhadores portugueses e à melhoria de parte dos salários.

Carvalho da Silva ,JN

 

Hoje a Namíbia é um país independente na costa ocidental africana.

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Um país que conseguiu assinar com a Alemanha um acordo de reparações por aquele que é considerado o primeiro genocídio do século XX

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Ao reconhecer o genocídio na antiga colónia do Sudoeste Africano, em Maio de 2021, o Governo da então chanceler Angela Merkel concordou em financiar projectos namibianos com 1,1 mil milhões de euros ao longo de 30 anos.

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Shark Island, “a ilha da morte”, situada perto da cidade de Lüderitz, foi um dos cinco campos de concentração na Sudoeste Africano alemão.

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Ali morria-se à fome e de maus-tratos e muitas vezes os corpos eram jogados aos tubarões.

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A ideia de não estar sempre a olhar para o passado é bom para a reconciliação e superação de experiências traumáticas, mas tem o seu lado negativo: o esquecimento.

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Shark Island é um exemplo disso.

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A reparação do passado não pode avançar como um bulldozer sobre a memória.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Qualquer definição de um avanço que tem em vista a destruição material e humana de um povo não pode possuir qualquer outro nome.

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A culpa alemã e os interesses geopolíticos norte-americanos não podem mais extravasar para o resto da Europa.

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Quando em 1948 lançámos para fora a incapacidade histórica europeia de lidar com um povo, então condenámos outro, aparentemente mais distante, à sua longa e miserável destruição.

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Na verdade, o fundamentalismo sionista aproxima-se mais do próprio nacional-socialismo do que qualquer outra coisa. 

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Desde as primeiras expansões israelitas, com a Nakba de 1948, a ideia da dizimação completa do povo palestiniano e das condições que tornam possíveis a sua existência ficaram rapidamente vincadas.

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O fundamentalismo religioso israelita levou até à contaminação das fontes de água nos territórios ocupados, para que os refugiados das zonas ocupadas não mais voltassem. (…)

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O que se observa aqui não poderá ter outro nome senão genocídio.

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A destruição vindoura de Rafah não é senão um novo passo na longa história de devastação israelita e o fracasso da criação e gestão de Israel.

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Desde os acordos de Oslo em 1993 que previam uma certa autonomia palestiniana, nada mudou.

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A segregação e entrega dos poderes administrativos a forças de segurança externas só pode ter um nome: apartheid.

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E em muito, esta reclusão da Palestina em Gaza, novamente lembra os guetos criados pelo nazismo na Alemanha e na Polónia.

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A Ocidente, nos Estados Unidos, o grande financiador do Estado israelita, as manifestações estudantis solidárias nos campus universitários são atacadas pela polícia, em muitas ocasiões atendidas com casos de brutalidade policial.

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Enquanto a União Europeia continua a agitar a bandeira da culpa alemã sobre todos nós, cegos à futura culpa Ocidental perante o genocídio causado pelo fracasso da criação ocidental de Israel.

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Ainda que nós, na Europa (…) não consigamos efectivamente impedir esta longa história de lenta eliminação de um povo, teremos ao menos de exigir dos nossos meios a designação correcta: genocídio.

João Rochate da Palma, “Público” (sem link)


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