sábado, 13 de julho de 2024

MAIS CITAÇÕES (291)

 
Centenas de novas partes humanas estão mais uma vez por recolher, nesta manhã de Julho em Gaza.

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Assim se somam a outra contagem: a da maior geração de amputados, tantos deles crianças, diante dos nossos olhos.

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O engenho sobre-humano que estes 76 anos parecem ter dado aos palestinianos (…) quando inventam próteses ortopédicas com pedaços de madeira, plástico e esponja, para pelo menos coxearem.

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Nove meses tão sobre-humanos como infra-humanos. Duas, três — quantas gerações perdidas?

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Gaza revela o inferno em que se tornou Israel.

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Entre o pior de Israel hoje está a violência do supremacismo judaico escancarado, do sionismo religioso com rédea solta, a sua multiplicação por todo o território.

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Esse Israel acaba de anexar oficialmente a Cisjordânia, mais um salto dramático em relação ao que vi lá em Dezembro/Janeiro, que já era dramático.

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Aquela Cisjordânia vital para a Solução Dois Estados de que falam os diplomatas, onde a maior expansão de colonos em 30 anos acaba de ser anunciada, sim.

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Para esse Israel, todo o palestiniano bom é o que já não está lá, porque foi expulso ou extinto.

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Vi os israelitas ignorarem os palestinianos ao longo de 22 anos, cada vez mais tragicamente.

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Sim, os monstros saíram da caixa. Mas da caixa de Israel.

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Os filhos e netos do gueto ignorarem os seres humanos no gueto não é só um fracasso humano (…) É um erro estratégico básico.

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O que aconteceu a 7 de Outubro foi terror e trauma inéditos, quebrando o statu quo para sempre.

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[Tenho] horror a qualquer espécie de teocracia ou totalitarismo, dos ayatollahs aos estalines, incluindo emires, sultões e reinos violadores de todos os direitos, cortejados por Israel, pela Europa e pelos EUA, quando lhes convém.

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Quero que os palestinianos tenham alternativa, em vez de serem amputados há 76 anos. Todas as alternativas.

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Não é só Israel que está pior. O mundo está pior pelo que não fez, ou ajudou Israel a fazer.

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Temos uma União Europeia que foi a votos quase como se os palestinianos não existissem.

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E temos o mais aterrador espectáculo de uma eleição nos EUA: a escolha entre um Trump seguro pelos seus eleitores e um Biden inseguro até pelos seus eleitores.

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Além de todo o seu leque de males para a América e para o mundo, Trump só vai piorar o pior de Israel.

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Milhões de pessoas que se consideram democratas, não-racistas, herdeiras dos direitos humanos [não se alarmaram] com o facto de Biden se ter tornado uma espécie de presidente-sombra de Israel a partir de 7 de Outubro.

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Agora que António Costa está na esfera do Mundo, adianto: é urgente que a UE olhe para estas 100 mil pessoas [palestinianas muitas delas feridas e todas traumatizadas que se encontram no Egipto].

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[A UE] é directamente responsável por elas, também.

Alexandra Lucas Coelho, “Público” (sem link)

 

Uma breve declaração inicial de Biden, deu o mote à Cimeira da NATO.

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Biden tropeçou nas palavras, quando quis sair do texto que lhe haviam dado. 

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Há meses, ou anos, que uma indústria poderosa de “mentira organizada” (…), ao serviço de quem manda nos EUA, ocultou do povo americano e do mundo que o presidente declinava rapidamente nas suas faculdades mentais.

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A cegueira do Ocidente, incluindo uma UE mergulhada no hábito da servidão, reflete a ignorância atrevida dos seus líderes.

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Podemos fechar os olhos, mas o colapso ambiental e o vírus da desigualdade não se esquecem de nós.

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Para quê tantas armas, se apenas o arsenal nuclear de Moscovo seria capaz de destruir todas os países presentes na Cimeira?

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Como ensina Clausewitz, um país só é realmente derrotado quando as suas Forças Armadas são destruídas, através de uma “decisão pelas armas”.

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Quem provocasse uma guerra direta com a Rússia encomendaria o dia do juízo final.

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Sinto tristeza por os órgãos de soberania portugueses seguirem o guião da guerra infinita na Ucrânia, enquanto encolhem os ombros perante o genocídio, assistido por Washington, em Gaza.

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O que está em causa, contudo, não é só a Ucrânia, mas salvar a nação portuguesa de ser empurrada para o vórtice da aniquilação. 

Viriato Soromenho Marques, DN

 

Há setores da sociedade, incluindo entidades patronais, para quem os desempregados devem ser colocados em estado de necessidade, como forma de se sentirem forçados a regressar ao trabalho, nem que seja com salários de miséria. 

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O Governo encarregou-se de colocar o tema dos “desempregados malandros” na praça pública e na Concertação Social, em sintonia com aqueles setores. 

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A ministra assume-se como comandante de uma expedição ao fundo do tacho dos desempregados, para rapar de lá uns malandros que estão agarrados às mordomias do desemprego.

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A taxa de cobertura das prestações de desemprego, em 2023, era apenas de 57,1%.

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O valor médio do subsídio de desemprego para os desempregados da componente contributiva (…) era de 649 euros mensais, em maio de 2024.

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Acresce que o subsídio de desemprego só é pago 12 meses.

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Em Portugal o SMN (820 euros) é salário de pobreza e o valor médio do subsídio de desemprego vale apenas 68% do SMN, ou seja, é de miséria.

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A ministra parece não perceber muito de segurança e proteção sociais.

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[A ministra] conhece muito bem os caminhos e as armadilhas com que se atacam, de forma direta ou indireta, os direitos dos trabalhadores.

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Esta semana, em França, confirmou-se que só haverá democracia se houver respostas positivas para valorização de salários e rendimentos do trabalho, melhores pensões e não discriminações.

Carvalho da Silva, JN


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