sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Offshore socialista

Offshore socialista!!!!

*Estado do Sítio



A última novidade do Governo socialista do senhor presidente do Conselho é
uma coisa chamada Fundação para as Comunicações Móveis.
Esta entidade, cozinhada no gabinete do ministro Lino ex-TGV e ex-aeroportos
da Ota e Alcochete, foi a contrapartida exigida pelo Governo a três
operadores para obterem as licenças dos Telemóveis de terceira geração. É
privada, tem um conselho geral com três membros
nomeados pelo Executivo e um conselho de administração com três
elementos, presidido por um ex-membro do gabinete do impagável Lino (e era
este gajo comuna), devidamente remunerado, e dois assessores do senhor que
está cansado de aturar o senhor presidente do Conselho e já não tem idade
para ser ministro.
Chegados aqui vamos à massa. Os três operadores meteram até agora na querida
fundação 400 milhões de euros, uma parte do preço a pagar pelas tais
licenças. O Estado, por sua vez, desviou para esta verdadeira offshore
socialista 61 milhões de euros. E pronto. De uma penada temos uma entidade
privada, que até agora sacou 461milhões de euros, gerida por três fiéis do
ministro Lino, isto é, três fiéis do senhor presidente do Conselho. É
evidente que esta querida fundação não é controlada por nenhuma autoridade e
movimenta a massa como quer e lhe apetece, isto é, como apetece ao senhor
presidente do Conselho.
Chegados aqui tudo é possível. Chegados aqui é legítimo considerar que as
Fátimas, Isaltinos, Valentins, Avelinos e comandita deste sítio manhoso,
pobre, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal
frequentado não passam de uns meros aprendizes de feiticeiro ao pé da equipa
dirigida com mão de ferro e rédea curta pelo senhor presidente do Conselho.
Chegados aqui é legítimo dar largas à imaginação e pensar que a querida
fundação, para além de ter comprado a uma empresa uma batelada de
computadores Magalhães sem qualquer concurso, pode pagar o que bem lhe
apetecer, como campanhas eleitorais do PS e dos seus candidatos a
autarquias, e fazer muita gente feliz com os milhões que o Estado
generosamente lhe colocou nos cofres.
Chegados aqui é natural que se abra a boca de espanto com o silêncio das
autoridades, particularmente do senhor procurador-geral da República,
justiceiro que tem toda a gente sob suspeita. Chegados aqui é legítimo
pensar que a fundação privada criada pelo senhor presidente do Conselho é um
enorme paraíso fiscal, uma enorme lavandaria democrática.

António Ribeiro Ferreira, Jornalista*

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