sábado, 16 de maio de 2020

CITAÇÕES


Centeno sempre foi um homem com um pensamento clara e marcadamente à direita.
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Em pleno período de austeridade, as soluções que apresentava para o país no que ao trabalho diz respeito não se diferenciavam substancialmente das teses da troika e dos austeritários.
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O caminho proposto por Centeno passava por embaratecer os despedimentos, criar um contrato único para nivelar por baixo a segurança no emprego.
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Convidado por Costa em 2015 para chefiar o grupo que fez o programa económico do PS, Centeno conformou-o e transformou-o, sem surpresas, no programa eleitoral mais à direita de sempre do PS.
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Centeno, que gostou de ser ministro das finanças beneficiando dos resultados e das receitas de uma política económica oposta à que defendeu antes de ir para o Governo, quer agora ir embora.
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A sua política sempre esteve nos antípodas de uma visão de esquerda ou de uma orientação socialista para o país.
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[Centeno] acha normal que se transfiram 850 milhões de euros para o Novo Banco, depois de este ter aumentando os salários fixos dos administradores no mesmo ano (2019) em que deu um prejuízo de mais de 1000 milhões.
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É tudo mau de mais neste episódio, ainda por cima num momento em que o país se vê a braços com uma crise, em que faltam tantos apoios aos trabalhadores que sofrem com ela.
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Centeno é o representante de uma continuidade de fundo entre o PS e a direita no que ao sistema financeiro diz respeito.

Morangos, espargos e pêssegos que ficam por apanhar. Ovelhas com a lã por tosquiar. Um pouco por toda a Europa vai aumentando o desespero de agricultores que não têm mão-de-obra.
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Aqueles que durante anos dependeram de trabalho migrante sem direitos ou reconhecimento apelam hoje aos governos para legalizar a mão-de-obra existente.
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A agricultura não se faz sem trabalho manual e a pandemia acabou por trazer visibilidade a uma realidade tantas vezes escondida.
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O cinismo é por de mais evidente, já que dificilmente nos chega comida à mesa se eliminarmos o trabalho migrante.

Enquanto nos dão a entender que podemos respirar fundo, que depois da tempestade veio a bonança, foram mais 850 milhões de euros nossos parar aos cofres do Novo Banco.
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Sempre nos prometeram que não haveria custos para os contribuintes com o BES e o Novo Banco, mas a realidade mostrou como isso era um enorme embuste.
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Até 2015, a resolução que PSD e CDS garantiam não ter custos levou 3900 milhões de euros dos cofres do Estado.
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Depois, a venda do Novo Banco que António Costa jurava não ter encargos significou um rombo de 2130 milhões de euros.
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[Centeno] não esperou pelo resultado [da auditoria] para despejar mais 850 milhões de euros públicos nos cofres do Novo Banco.
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Mário Centeno diz que foi um problema de comunicação que justifica o desentendimento com António Costa mas não consegue explicar porque não podia esperar umas semanas até que a auditoria fosse concluída.
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Centeno não sai mas também não fica, é uma espécie de antecâmara para o tão desejado cargo de governador do Banco de Portugal.
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E, no meio disto tudo, centenas de milhões que podiam ajudar a responder à crise já foram parar aos cofres do Novo Banco.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

O susto "simétrico" produzido pela pandemia no seu início já é passado. Muitas juras de solidariedade são esquecidas e apresentam-se de volta o egoísmo e o utilitarismo.
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Dali [UE] não se perspetiva mais que uma montanha de crédito (aumento da dívida), acompanhado de algumas subvenções para disfarçar, na certeza de que tudo pagaremos com língua de palmo
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Este fechamento favorece o avanço das forças ultraconservadoras e fascistas que agora procuram engordar cavalgando aspetos dolorosos da crise.
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Com a agressividade típica de quem se fecha por falta de razão, o velho centrão de interesses ressurge em força, e os seus porta-vozes tentam o espezinhamento intelectual e político de quem busca alternativas.
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Quem questiona a entrega de mais 850 milhões de euros ao Novo Banco antes de uma informação clara é chamado de irresponsável, de colocar o povo a odiar a Banca.
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Perspetiva-se o enfraquecimento dos compromissos para consolidar o SNS, o sistema de ensino, a proteção dos mais pobres e dos trabalhadores.
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A grande prioridade colocada ao Estado e ao Orçamento do Estado pelo centrão é salvaguardar os direitos de propriedade e consolidar a coletivização dos prejuízos.

Será que quando sairmos deste isolamento olharemos para a situação dos refugiados de guerra da mesma forma? Será que a nossa empatia para com a sua história terá mais compaixão?
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Para vos ser franco, não trocaria uma vida em isolamento social por um dia na pele de um refugiado de guerra.
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Que esta quarentena torne a humanidade 5% mais consciente do todo de que fazemos parte, e tudo isto terá valido a pena.
Dino D’Santiago, “Público” (sem link)

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