domingo, 17 de maio de 2020

MAIS CITAÇÕES (82)


As contas são certificadas, sim. Por várias entidades. Só que nenhuma nos explica o mistério: como é que todos os anos o Novo Banco descobre mais mil milhões de euros de créditos incobráveis, logo a quantia mágica que lhe permite sacar o máximo do generoso cheque sobre o Estado.
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A arrogância da Lone Star vai ao ponto de reservar num mealheiro o bónus milionário para os administradores que tão bem a servem, mesmo se o pagamento é por ora proibido.
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Quanto à auditoria, não está concluída nem sobre todo o período nem sequer sobre o cheque de 2019. Mas, que sorte a nossa, o ministro vai agora despachar mais outra, sobre o novo cheque de maio.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

No final, o Novo Banco recebeu o dinheirinho e a política desembolsou-se em narrativa para confundir.
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Se a União Europeia não nos salva, não se salva.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

A perceção do risco é um processo social e alterá-la depende de mecanismos difusores de confiança coletiva que não se vislumbram.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

A atabalhoada charada com que António Costa manifestou o seu apoio à recandidatura de Marcelo é uma boa ilustração do erro tático e estratégico que está prestes a cometer.
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Se, representando os ciganos 0,4% da população e sendo Portugal um dos países mais seguros do mundo, o racismo e o crime são filões tão produtivos, imaginem se tivéssemos a diversidade de França e criminalidade do Brasil.
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O acantonamento do CDS e do PCP, que as sondagens e as últimas eleições indicam, podem levar a uma mudança radical do sistema partidário.
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O CDS e os passistas nem sequer têm força para apresentarem candidatos.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

As redes existem e não podem ser ignoradas – como ninguém pode ignorar o telefone, a televisão ou o e-mail, a não ser que deseje viver fora deste mundo, como um eremita –, mas têm, pelo seu formato, condições para impor uma visão distorcida da realidade, que nem todos estão em condições de compreender e de contrariar.

Há quem diga que o sr. André Ventura é comentador desportivo. E talvez o sr. Nuno Melo seja uma espécie de apanha-bolas do PPE no Parlamento Europeu.
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O sr. Ventura vê perigosos ciganos em cada esquina. O sr. Melo vislumbra uma conspiração marxista na telescola.
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Cada um escolhe a história da carochinha que prefere. A do sr. Ventura é conhecida: é uma transpiração de ódio. A do sr. Melo tinha-se manifestado só em dias de míldio intelectual, quando fez uma vénia ao partido espanhol Vox.
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É uma pena saber que o sr. Melo não vai aparecer na telescola. Não se lhe conhece nenhuma ideia ou pedaço de ideia sobre qualquer tema que não seja política.
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O sr. Melo gostava de ter os votos do sr. Ventura, mas agarrando-os com luvas de pelica. Para não ficar contaminado. O sr. Ventura desdenha o sr. Melo.
Fernando Sobral, “Público” (sem link)

Num mundo em que a tudo se atribui um valor monetário, não ter forma de ganhar dinheiro é uma sentença de miséria.
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Se o valor do RBI [rendimento básico incondicional] é igual para todos, todos sobem mais um degrau na escada da distribuição de riqueza, ficando a distância entre cada um exactamente na mesma.
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Ou seja, quem mais ganha continua a ser quem conseguir extrair mais lucro, sem nenhuma alteração nas relações de poder entre quem tem mais e quem tem menos.
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Se avaliarmos pela capacidade de resolver o problema de base, o RBI mostra-se como uma medida paliativa, que não combate os problemas na origem da crise económica mas antes mascara os seus sintomas.
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A proposta de financiamento massivo necessário para a implementação do RBI tem sido muitas vezes a de acabar com qualquer outro tipo de prestação social e toda a burocracia associada – um sonho neoliberal.
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Defendemos um sector público, popular e democrático, baseado não em rendimento básico incondicional mas em serviços básicos universais (saúde, educação, alimentação, habitação, energia e água), enquadrados nos devidos limites planetários.
Andreia Ferreira, Inês Teles, João Reis, João Camargo e Diogo Silva, “Público” (sem link)

Feminismo, multiculturalismo, direitos dos homossexuais ao casamento e à adopção (ou, até mesmo, a manifestarem-se no espaço público), censura da linguagem discriminatória e responsável pela naturalização do racismo, visão da história que não segue uma concepção épica e heróica do passado nacional: tudo isto é o chamado “marxismo cultural”.
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A ideia de “marxismo cultural” é uma máquina mitológica que funciona à custa de fantasmas, lugares-comuns, estereótipos, frases feitas, repetição de fórmulas que não necessitam de ser analisadas nem sequer compreendidas.
António Guerreiro, “Público” (sem link)

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