sábado, 23 de maio de 2020

CITAÇÕES


O debate não será tanto sobre as regras sanitárias para o desconfinamento, mas mais sobre a brutal desigualdade com que se trata as diferentes áreas de atividade.
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O facto é que o Governo antecipou 15 milhões para os grupos de comunicação social. E para a cultura, a tal em que trabalham mais de 130 mil pessoas?
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Na cultura, é uma miséria.
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[Há] centenas [dos invisíveis da cultura] que dependem agora de cabazes distribuídos por redes de solidariedade entretanto postas no terreno.
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É preciso mexer a sério na cultura política que temos sobre a política cultural. É preciso mudar a cultura laboral miserável que existe na cultura.

A globalização neoliberal, tal como a conhecemos, determina que as relações sociais são definidas pelo mercado, mas não de qualquer forma.
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. A solidariedade social deixa de ser a norma e, se cada pessoa é vista como um "recurso", os cidadãos passam a ser consumidores ou clientes.
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Com efeito, a globalização globalizou as desigualdades e as regras passaram a ser definidas pelas multinacionais.
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Quantas economias locais foram destruídas?
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Quantas pessoas foram abandonadas à pobreza?

As decisões políticas têm de se sobrepor a interesses de outros poderes, respeitar os princípios éticos que suportam direitos fundamentais no trabalho e na sociedade, criar condições para que as pessoas vençam medos.
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Ter trabalho ou não, ser ou não protegido no seu exercício, ter meios de subsistência ou estar dependente da caridade alheia farão toda a diferença.
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As empresas têm de cumprir regras instituídas e, aos trabalhadores, deve ser assegurado o direito de se organizarem para não permitirem o seu desrespeito..
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As empresas têm de cumprir regras instituídas e, aos trabalhadores, deve ser assegurado o direito de se organizarem para não permitirem o seu desrespeito.
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No debate e na ação política os défices zero ou os excedentes tornaram-se obsoletos e risíveis no contexto da crise.
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É preciso fazer chegar recursos a empresas, mas tão ou mais urgente é propiciar ocupações úteis e remuneradas a muitos trabalhadores, permitindo-lhes alguma normalidade nas suas vidas.

A agenda extremista de Trump tem bitola similar à de Bolsonaro como tão bem tem sido demonstrado pelo desastre da resposta à pandemia, com a reprodução dos mesmos erros e dos mesmos preconceitos – e com idêntico resultado mortal nos seus países.
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O sonho de conquista de poder em Portugal existe há muito nos evangélicos neopentecostais.
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Será possível que André Ventura e o Chega tenham sido financiados pelo movimento evangélico neopentecostal? Se isso aconteceu é gravíssimo, além de ilegal.
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A extrema-direita tem mostrado como não distingue a política dos negócios, não seria de estranhar que o mesmo acontecesse com André Ventura e o Chega.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

É no plano dos direitos laborais que se edificam e concretizam tantos outros direitos.
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A vulnerabilidade laboral agudiza-se, sobretudo em grupos onde as desigualdades já eram notórias, mulheres, trabalhadores migrantes, pessoas com deficiência.
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De acordo com um estudo do Eurofund, 18% dos trabalhadores indicou trabalhar durante o seu tempo livre para dar resposta aos pedidos das entidades empregadoras.
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O “lay-off” simplificado, extremamente penoso para os trabalhadores abrangidos pela perda salarial que implica e pouco escrutinável pela forma como foi desenhado, será, em muitos casos, uma ante câmara do desemprego.
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Não nos enganemos, a relação laboral é assimétrica e o reforço da proteção que confere – fortemente degradado no período da troika e não revertido – é imperioso para a atenuar.
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A disputa pelo trabalho é uma disputa desigual e o barco de salvação nunca foi o mesmo.
Joana Neto, “Público” (sem link)

Note-se, de passagem, uma “ironia”: alguns que hoje relativizam o direito à vida face à dignidade humana são os mesmos que outrora, em nome do “direito à vida”, defendiam a derrogação do direito da mulher à interrupção voluntária da gravidez nas primeiras doze semanas…
Mário Vieira de Carvalho, “Público” (sem link)

O medo de muitos, um medo injustificado, pode vir a ajudar às propostas de tornar definitivo o teletrabalho na educação, na saúde, nos serviços, com as consequências que já percebemos estar-lhe associadas (precariedade e hipervigilância dos trabalhadores, fim definitivo da participação democrática nos serviços públicos).
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O que interessa é que o [mundo] novo que aí vem seremos nós a construí-lo – ou a deixarmos que o construam contra nós.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

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