domingo, 31 de maio de 2020

MAIS CITAÇÕES (84)


A desigualdade é o vírus que continua a crescer e a disseminar-se em 2020.
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É protegendo a saúde que se salva a economia.
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[O assunto] coloca sempre em cima da mesa a questão da desigualdade, que deveria ser o guião para a escolha de políticas concretas na emergência.
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Ao comparar a disseminação da covid-19 e indicadores de desemprego e desigualdade por países, a equipa da ENSP [Escola Nacional de Saúde Pública] encontra uma correlação forte em vários casos, mas também diferenciações significativas.
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Portugal destaca-se por uma contaminação média e por elevado índice de desigualdade.
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A questão social já é a principal questão económica de 2020 e continuará a sê-lo nos próximos anos.
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Dado que os canais de transmissão económica da pandemia são o desemprego e outras formas de perda de rendimento e, considerando as primeiras indicações para as economias desenvolvidas e as emergentes, são os setores populares mais frágeis que sofrem os piores embates.
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No mundo, um em cada seis jovens perdeu o emprego em consequência das perturbações económicas com o tsunami covid-19, segundo a OIT.
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O crescimento do desemprego entre nós parece ir no mesmo sentido: são mais 31,5% de desempregados registados nos Centros de Emprego entre 15 de Março e 20 de Maio e multiplicam-se por oito os pedidos de subsídio de desemprego nessas semanas.
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Em números reais serão acima 550 mil as pessoas desempregadas.
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Para mais de um milhão de trabalhadores, a austeridade começou com a perda de um terço do seu salário.
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A pobreza e o desemprego, ou a desigualdade que geram uma e outro, ampliam a disseminação da doença.
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Se as respostas á crise continuarem a agravar a desigualdade com reduções de salários e ajustamentos sociais por via de uma vaga de despedimentos, então o resultado será pior do que a crise anterior.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia, (sem link)

Por cada semana em que as instituições de ensino estão fechadas, o país recua anos.
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O ensino à distância traz á tona as profundas desigualdades que a escola pública, apesar de tudo, atenua.
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Face aos dados epidemiológicos conhecidos, devíamos estar focados em iniciar o próximo ano letivo de forma presencial.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

[O líder do CDS] não percebe que mais vale ser a ala radical da direita democrática do que a ala moderada da direita autoritária.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

As cidades não podem continuar rendidas a interesses imobiliários e à obscura cadeia de dependências financeiras e políticas a que uma máquina jurídica habilidosa presta serviço.
Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

O currículo [de Bolsonaro] resumia-se a defender os piores crimes da ditadura de modo grosseiro e banal, um cavernícola que via perigosos comunistas em cima dos fantásticos jacarandás do Rio de Janeiro.
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Quem ousaria imaginar esta personagem [Trump] a receitar cloroquina para atacar o coronavírus, depois de aconselhar lixívia?
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Até certa altura o extremismo [destes dois homens] era tão evidente que por esse facto pensava-se que seriam barrados pelo apego democrático às instituições das populações de ambos os países.
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Quando se ouvem vozes de democratas a defenderem que se não dê combate a André Ventura porque daí resulta a sua valorização e importância, vale a pena refletir com base na experiência de outras situações similares.
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Neste terreno [de desemprego, miséria e fome] medram os profetas evangélicos e outros, os adoradores do autoritarismo, os seguidores do mais boçal primarismo, os vendedores do divisionismo, os que se agacham na democracia para a morderem.
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Que ninguém subestime a bestialidade. Que ninguém se esqueça das lições da História.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

A ideia de superioridade mantém-se entre os cidadãos do velho continente sendo, para já, aparentemente inofensiva, por comparação à realidade americana.
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Casos como o de Floyd são hediondos. Mais hediondo se torna se for usado para adensar uma ideia de que o racismo é um problema exclusivo do outro lado do Atlântico. Porque não é, e nós sabemos disso.
João Assunção, “Público” (sem link)

Sabemos que não conseguimos coletivamente proteger estes trabalhadores mal pagos e com poucos direitos laborais, que carregam nos ombros o que de mais essencial flui na economia, como a comida para os supermercados.
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Segundo os jornais, muitas pessoas que trabalham nas empresas afetadas na Azambuja são imigrantes jovens, que se deslocam para o trabalho de comboio, a partir de bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa.
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É que isto de aguentar o confinamento depende muito da qualidade do sofá, da velocidade da internet e da variedade do que há no frigorífico.
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No Reino Unido, a taxa de letalidade entre as pessoas de ascendência africana é 3,5 vezes maior do que a dos brancos britânicos.
Susana Peralta, “Público” (sem link)

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