sábado, 30 de maio de 2020

CITAÇÕES


George [Floyd] foi linchado por quem tem, supostamente, a missão de proteger os cidadãos.
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[Nos EUA] nada parece ter mudado para todos aqueles que não podem sentir-se seguros se a polícia estiver por perto.
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[Casos como o assassinato de George Floyd] são, de facto, a expressão da política do racismo estrutural, que é brutal nos Estados Unidos, mas não só.
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Os olhos do mundo estão em Minneapolis, porque Minneapolis é em muitos lugares do mundo.
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O racismo mata, de muitas maneiras. E será só pela nossa luta sem tréguas e sem hesitações que poderá ser erradicado.

Está em curso uma discussão sobre o teletrabalho muito suportada por opiniões superficiais.
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Como se vai confirmando a cada dia que passa, o choque da pandemia só foi simétrico no susto inicial: as desigualdades e as vulnerabilidades estão a agravar-se e os poderes a desequilibrarem-se em desfavor dos trabalhadores.
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A utilização do teletrabalho vai ser influenciada até pela geopolítica, num quadro de incremento da automação, debaixo de falsos determinismos tecnológicos.
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É preciso fazer-se a caraterização funcional das diversas profissões, analisar mudanças para a organização do trabalho na perspetiva patronal mas, de igual modo, do ponto de vista do trabalhador.
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O perigo de se desvalorizar o teletrabalho é real. E ele não pode tornar-se trampolim de transferência de responsabilidades.

A administração da TAP violou grosseiramente os mais elementares deveres de bom senso e de respeito pela coesão territorial.
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A administração da TAP que agora pretende vestir asas de cordeiro, foi a mesma TAP que - há 15 dias e em carta assinada pelo COO da empresa - sugeria aos seus pilotos para pedirem a transferência definitiva para a base de Lisboa.

A propaganda da Comissão Europeia é para vender gato por lebre e fazer passar uma proposta de QFP [Quadro Financeiro Plurianual] inaceitável, que desvia dinheiro das políticas de coesão para gastos militares e torna a União Europeia ainda mais desigual.
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Quando todos percebemos que esta é uma crise económica fulminante, que a resposta é urgente e tem de ser rápida, a Comissão Europeia propõe um plano dilatado no tempo, refém da burocracia de Bruxelas.
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Dizem que fecham a porta à austeridade mas ela parece espreitar pela janela, bem sabemos como há filhos e enteados nos braços de ferro com a Comissão Europeia.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Nas últimas décadas, porém, esta tendência [de não se governar ao sabor do acaso] foi-se desmoronando, em boa parte devido à tirania do economicismo e ao individualismo neoliberal, que acabou por produzir governos de mera gestão, nos quais a política não se fundava em projetos coletivos, em modelos de sociedade ou filosofias da história, mas apenas no equilíbrio de interesses.
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Em diversos Estados, os protagonistas da governação passaram a ser escolhidos, não em função de convicções, de propostas coerentes e com um apoio consistente, e menos ainda de uma filosofia política, mas apenas dentro de um quadro de interesses e vantagens.
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[Quer Trump quer Bolsonaro são protagonistas] de um poder sem um projeto claro ou sentido do bem comum, que gere a sociedade pela negativa e pela força do ódio, fundado em impulsos, em falsidades, numa ausência total de perspetiva histórica e até do conhecimento e da razoabilidade mais elementares.
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Ou admitimos o conhecimento e a convicção como fatores indispensáveis à gestão das sociedades humanas, fazendo com que os programas políticos recuperem o peso da sua importância decisiva, ou soçobraremos perante o obscurantismo, a manipulação e a lei do mais forte.

Se a ideia [do “ensino à distância”] colher, revelar-se-á perversa por tender, no limite, a substituir professores de corpo e alma por assistentes digitais, sem sindicatos, sem greves e com enormes vantagens económicas para o empregador, no que toca a custos operacionais.
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Sob o pretexto das medidas sanitárias e explorando a lógica do medo, o ensino remoto vai, assim, fazendo o seu caminho, ante professores passivos e incapazes de criticarem e combaterem aquilo de que se arrependerão futuramente.
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Independentemente de quem ganhou e quem perdeu, o espectáculo ridiculamente pequenino em que se envolveram Costa, Marcelo e Centeno, a propósito do Novo Banco, enlameou a dignidade do Estado.
Santana Castilho, “Público” (sem link)

Importa reafirmar, como bem o fez a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género em Portugal, que a questão dos direitos LGBTI+ é uma questão de direitos humanos.
Samuel F. Pimenta, “Público” (sem link)

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