domingo, 24 de maio de 2020

MAIS CITAÇÕES (83)


Portugal tem um plano de vacinação desde 1899 mas este só foi regulamentado em 1911 pela República.
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As vacinas foram desde o primeiro dia uma questão de saúde pública e, portanto, de ordem democrática. Ainda são.
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A Organização Mundial de Saúde já tinha listado, em 2019, a resistência à vacinação como uma das 10 maiores ameaças à saúde global.
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Um dos espantosos argumentos é de que a vacina servirá para instalar microchips nas pessoas.
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Todos os estudos desmentem os argumentos do movimento antivacinas, mas o dano causado pelo pânico é grave, com a diminuição das taxas de vacinação.
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O objetivo subterrâneo deste surfar da extrema-direita pelas teorias da conspiração – como o terraplanismo – é desacreditar a ciência e colocar as conspirações no mesmo nível de atenção pública, fazendo-as passar por credíveis.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

De mãos dadas com o novo normal, há esse velho normal da desigualdade. E é nesse velho normal que se está a disputar o que vai ser a vacina contra a Covid-19.
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Estas empresas [GSK britânica, a Sanofli francesa e a Merck e a Pfizer norte-americanas] operam num mercado que, para gerar para elas os lucros que as creditam como gigantes da chamada Big Pharma, assenta no monopólio garantido pela exploração de patentes.
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A esses monopólios garantidos pelas patentes e outros direitos de propriedade industrial vêm invariavelmente associados preços tantas vezes proibitivos cobrados às pessoas, as quais, com os seus impostos, financiaram os trabalhos de investigação preliminares que suportaram os processos de desenvolvimento final das vacinas.
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Assumir a vacina como um bem comum da humanidade é muito mais que um princípio moral, é um compromisso de confronto político e ideológico intenso contra os monopólios das farmacêuticas e pelo primado do interesse de todos.
José Manuel Pureza, “Diário as Beiras” (sem link)

A ministra Maria Luís Albuquerque garantia que não se gastaria um cêntimo de dinheiro público [com a resolução do BES]
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Depois veio a venda ao Lone Star, com o ministro Centeno a repetir a mensagem: nem um cêntimo. A administração confirmou, nem um cêntimo. Só que já lá foram enterrados €7876 milhões. O problema é que a coisa se complica.
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Como é que créditos que eram garantidos como “sólidos” se tornaram de repente incobráveis e deram origem ao registo de prejuízos?
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Desde o primeiro dia que é assim: o Lone Star comprou o banco em outubro de 2017 com a tal “carteira sólida” e, logo dois meses depois, registava €1,4 milhões de prejuízo.
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Nesta nova encarnação o banco já recebeu quatro vezes o que a Lone Star por ele pagou.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Perante a crise, a ministra [da Cultura] não teve ideias miseráveis, porque não teve ideias nenhumas.
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Os profissionais da Cultura são quase todos recibos verdes e todos os recibos verdes foram os primeiros a ir borda fora na crise, recebendo apoios paupérrimos.
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O mesmo Governo que repete todos os dias a necessidade de preservação do “tecido produtivo” não tem sequer ideia do que é o “tecido cultural”.
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Se ainda é preciso explicar que a Cultura é o sangue num corpo, que sem ela é só nervos, estamos terminados.
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António Costa traiu tudo o que disse na campanha eleitoral de 2015 sobre Cultura e, depois do espalha-brasas João Soares, optou por água-chã.
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Graça Fonseca é uma simulação de ministra num Governo que simulou uma política para a Cultura que não tem, não quer, não quer saber o que é.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

As vítimas do covid-19 são sobretudo os idosos, mas as principais vítimas do confinamento são os jovens e os ativos.
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Após dois meses de pandemia, não faltam indícios de que os mais jovens acumulam vulnerabilidades face ao mercado de trabalho.
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Se nada for feito, o grupo dos nem-nem engrossará e poucas coisas serão tão danosas para o país.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Se o debate fosse sério, exigia-se que a Holanda e a Alemanha não estivessem, há uma década, e, constante violação da legislação comunitária.
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Os excedentes comerciais de holandeses e alemães são compensados pelos défices comerciais de economias que não se adequam a uma moeda que, no nosso caso, corresponde a uma sobrevalorização monetária.
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Fico-me por uma boa reforma alargada para a Holanda: deixarem de ser o paraíso fiscal da Europa, que fica com os impostos dos outros.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Marcelo é muito mais autoritário do que se pensa, e o segundo mandato, com apoio do PS, vai dar-lhe ainda mais legitimidade, logo, poder.
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[Rio] percebeu que Marcelo está muito mais à direita do que à esquerda, e na conjuntura de crise com que se vai viver nos próximos anos, os conflitos com o Governo serão muito mais agudos.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

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