Portugal tem um plano de vacinação desde
1899 mas este só foi regulamentado em 1911 pela República.
(…)
As vacinas foram desde o primeiro dia
uma questão de saúde pública e, portanto, de ordem democrática. Ainda são.
(…)
A Organização Mundial de Saúde já tinha
listado, em 2019, a resistência à vacinação como uma das 10 maiores ameaças à
saúde global.
(…)
Um dos espantosos argumentos é de que a
vacina servirá para instalar microchips nas pessoas.
(…)
Todos os estudos desmentem os argumentos
do movimento antivacinas, mas o dano causado pelo pânico é grave, com a
diminuição das taxas de vacinação.
(…)
O objetivo subterrâneo deste surfar da
extrema-direita pelas teorias da conspiração – como o terraplanismo – é desacreditar
a ciência e colocar as conspirações no mesmo nível de atenção pública,
fazendo-as passar por credíveis.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
De mãos dadas
com o novo normal, há esse velho normal da desigualdade. E é nesse velho normal
que se está a disputar o que vai ser a vacina contra a Covid-19.
(…)
Estas empresas [GSK britânica, a Sanofli francesa e a
Merck e a Pfizer norte-americanas] operam num mercado que, para gerar para elas
os lucros que as creditam como gigantes da chamada Big Pharma, assenta no
monopólio garantido pela exploração de patentes.
(…)
A esses monopólios garantidos pelas patentes e outros
direitos de propriedade industrial vêm invariavelmente associados preços tantas
vezes proibitivos cobrados às pessoas, as quais, com os seus impostos, financiaram
os trabalhos de investigação preliminares que suportaram os processos de
desenvolvimento final das vacinas.
(…)
Assumir a vacina como um bem comum da humanidade é
muito mais que um princípio moral, é um compromisso de confronto político e
ideológico intenso contra os monopólios das farmacêuticas e pelo primado do
interesse de todos.
José Manuel Pureza, “Diário as Beiras” (sem link)
A ministra Maria Luís Albuquerque
garantia que não se gastaria um cêntimo de dinheiro público [com a resolução do
BES]
(…)
Depois veio a venda ao Lone Star, com o
ministro Centeno a repetir a mensagem: nem um cêntimo. A administração
confirmou, nem um cêntimo. Só que já lá foram enterrados €7876 milhões. O
problema é que a coisa se complica.
(…)
Como é que créditos que eram garantidos
como “sólidos” se tornaram de repente incobráveis e deram origem ao registo de
prejuízos?
(…)
Desde o primeiro dia que é assim: o Lone
Star comprou o banco em outubro de 2017 com a tal “carteira sólida” e, logo
dois meses depois, registava €1,4 milhões de prejuízo.
(…)
Nesta nova encarnação o banco já recebeu
quatro vezes o que a Lone Star por ele pagou.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Perante a crise, a ministra [da Cultura]
não teve ideias miseráveis, porque não teve ideias nenhumas.
(…)
Os profissionais da Cultura são quase
todos recibos verdes e todos os recibos verdes foram os primeiros a ir borda
fora na crise, recebendo apoios paupérrimos.
(…)
O mesmo Governo que repete todos os dias
a necessidade de preservação do “tecido produtivo” não tem sequer ideia do que
é o “tecido cultural”.
(…)
Se ainda é preciso explicar que a
Cultura é o sangue num corpo, que sem ela é só nervos, estamos terminados.
(…)
António Costa traiu tudo o que disse na
campanha eleitoral de 2015 sobre Cultura e, depois do espalha-brasas João
Soares, optou por água-chã.
(…)
Graça Fonseca é uma simulação de
ministra num Governo que simulou uma política para a Cultura que não tem, não
quer, não quer saber o que é.
Pedro Santos
Guerreiro, “Expresso” (sem link)
As vítimas do covid-19 são sobretudo os
idosos, mas as principais vítimas do confinamento são os jovens e os ativos.
(…)
Após dois meses de pandemia, não faltam
indícios de que os mais jovens acumulam vulnerabilidades face ao mercado de
trabalho.
(…)
Se nada for feito, o grupo dos nem-nem
engrossará e poucas coisas serão tão danosas para o país.
Pedro Adão e Silva,
“Expresso” (sem link)
Se o debate fosse sério, exigia-se que a
Holanda e a Alemanha não estivessem, há uma década, e, constante violação da
legislação comunitária.
(…)
Os excedentes comerciais de holandeses e
alemães são compensados pelos défices comerciais de economias que não se
adequam a uma moeda que, no nosso caso, corresponde a uma sobrevalorização
monetária.
(…)
Fico-me por uma boa reforma alargada
para a Holanda: deixarem de ser o paraíso fiscal da Europa, que fica com os
impostos dos outros.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Marcelo é muito mais
autoritário do que se pensa, e o segundo mandato, com apoio do PS, vai dar-lhe
ainda mais legitimidade, logo, poder.
(…)
[Rio] percebeu que Marcelo
está muito mais à direita do que à esquerda, e na conjuntura de crise com que
se vai viver nos próximos anos, os conflitos com o Governo serão muito mais
agudos.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)
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