sábado, 9 de maio de 2020

CITAÇÕES


Ao mesmo tempo que é preciso criar medidas que respondam à urgência e não deixem ninguém desamparado, não deveríamos começar já a desenhar o sistema para uma resposta robusta ao mundo do trabalho que efetivamente temos?
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Muitos dos trabalhadores [precários] não têm acesso ao subsídio de desemprego por não terem o contrato de trabalho que deviam ter (…) ou por não terem o número de dias de descontos suficientes.
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Ao patrão, a informalidade [dos contratos] não faz qualquer diferença e é conveniente, mas o preço é pesado para o trabalhador que fica sem qualquer apoio, por não ter tido qualquer contribuição.
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O governo fez finalmente o que há já dois meses era obvio, que é deixar de excluir do apoio extraordinário os trabalhadores independentes que estavam no primeiro ano de atividade, ou os que a fecharam logo a seguir ao início da pandemia.

A proposta sem nome de André Ventura de um plano de confinamento específico para a comunidade cigana é só mais uma confirmação do que não precisamos.
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 A contrarresposta de Ventura a Quaresma é uma súmula perfeita do programa político da extrema-direita: caladinhos, obedientes e com muito medo...
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O deputado Ventura que foi eleito prometendo mundos e fundos para acabar com os privilégios é o mesmo que não abdicou de continuar a acumular salários, que não mexeu um dedo para combater as desigualdades num país em que os oito mais ricos possuem o mesmo que os 50% da população mais pobre.

O problema dos ciganos é o “os”, esse “os” generalizador que é sempre instrumento de estigmatização coletiva e de desdiferenciação do que é heterogéneo.
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A estratégia da extrema direita começa aí, nesse uso de amálgamas para estigmatizar grupos inteiros.
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A estratégia da extrema direita começa aí, nessa ficção de uma cultura (a “deles”) parada no tempo, monobloco, associada a comportamentos marginais e inferior a outra cultura (“a nossa”).
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[Os ciganos] na sua grande maioria, são pobres, na sua grande maioria vivem mal, na sua grande maioria têm uma escolaridade reduzida, na sua grande maioria têm profissões precárias e pouco qualificadas com especial incidência na economia informal.

Olhamos em redor e vemos elevado desemprego, agravamento de desigualdades, carências gritantes e o espetro da fome para muitas pessoas.
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Da União Europeia (UE), que se diz ser ancoradouro de solidariedade, chegam-nos sinais inequívocos de bloqueio e de negação de apoios financeiros e outros.
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As políticas dualistas e muitas vezes propositadamente obscuras seguidas pela UE – (…) – criaram nos cidadãos europeus fracionamentos perigosos, interpretações erradas sobre quem beneficia e quem perde no funcionamento da União.
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O cenário que vivemos prefigura a necessidade de cada país e cada povo terem como prioridade tomar em mãos, com os seus recursos e instituições, a resolução dos problemas.

O país está a atravessar uma crise pandémica que está a afetar arduamente os trabalhadores e as famílias, mas isso não interessa nada a André Ventura.
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A prioridade de André Ventura é o racismo.
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Sobre o aumento repentino dos pedidos de ajuda alimentar que, segundo a Cáritas, já atinge famílias da classe média, um completo silêncio.
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[O] deputado [Ventura] tentou censurar [Ricardo Quaresma], negando a liberdade de expressão que sempre defendeu para si próprio.
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A arrogância de Ventura não foi disfarçável, bem ao jeito de quem se acha superior aos restantes cidadãos.
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[Ventura] Acha que a liberdade de expressão é um privilégio para os que, como ele, vivem do sistema.
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Num momento em que as empresas como aquela que paga um terceiro salário ao deputado-consultor são criticadas por ajudar nos esquemas fiscais por onde fogem milhões de euros para offshore, desvia a atenção para uma nova controvérsia.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Não podemos viver num mundo onde o trabalhador só tem o direito de trabalhar, cingindo-se a produzir e a fugir para casa no fim de cada jornada de trabalho cheio de medo e incertezas.
João André Costa, “Público” (sem link)

O sentido de comunidade não está no medo paralisante. Está na cidadania plena. E se esta se manifesta na rua, é na rua que está a cidadania.
Manuel Loff, “Público”

A inteligência do fascismo está em fazer-nos acreditar que é um salvador, quando na realidade não passa de um Flautista de Hamelin que nos hipnotiza e nos conduz para a destruição de toda a humanidade que temos vindo a preservar.
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Temos de denunciar todos os discursos e actos abusivos que observarmos ou dos quais tenhamos conhecimento, mostrando como colocam em perigo a saúde democrática.
Samuel F. Pimenta, “Público” (sem link)

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