[A chantagem] é,
normalmente, sinónimo de alguma incapacidade ou de intranquilidade, não é coisa
boa.
(…)
Em democracia há lugar
para todos dizerem coisas diferentes e, mesmo assim, o país andar para a
frente.
(…)
E a nossa República
consegue viver bem com essa pluralidade de opiniões, aparentemente o seu
presidente é que não.
(…)
A pandemia mostrou o que
está mal e deve melhorar: os serviços públicos e a proteção do emprego. O SNS
foi o nosso trunfo para combater o vírus mas precisa de ser reforçado.
(…)
Além do reforço das leis
laborais, é preciso proibir os despedimentos, particularmente em empresas com
lucro ou que queiram ter acesso a apoios públicos.
(…)
A valorização de salários
e pensões ajuda famílias e economia, cria emprego e dinamiza o mercado
interno.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
A política de propinas cria obstáculos no acesso à formação superior para as
famílias de rendimentos baixos e médios, desincentivando a formação superior.
(…)
O sistema de propinas
perverte dois princípios centrais da democracia – o acesso a direitos não pode
depender da capacidade financeira, e a justiça social faz-se através de uma
política fiscal progressiva.
(…)
Neste contexto de livre
opção das IES [Instituições de Ensino Superior], muitas recorram às propinas do
segundo ciclo, terceiro ciclo e pós-graduações como forma de criar uma oferta
formativa para uma elite social e económica, excluindo a maioria dos
estudantes.
(…)
Para isso, é necessário,
num primeiro momento, criar um teto máximo de propinas para todos os cursos de
segundo e terceiro ciclos de estudos nas Instituições de Ensino Superior
Públicas.
Luís
Monteiro, “Público” (sem
link)
As condições para a ação
coletiva daqueles que dependem quase exclusivamente do salário fragilizaram-se
substancialmente nas últimas décadas na generalidade dos países capitalistas
desenvolvidos.
(…)
Entretanto, as causas dos
obstáculos que impedem o estabelecimento de laços de solidariedade - requisito
da ação coletiva - são também fatores que põem em evidência a necessidade de
novas solidariedades, de organização e ação conjunta.
(…)
Os processos de subjugação
podem ser longos, mas não são eternos.
(…)
Os trabalhadores em geral,
e os mais jovens em particular, estão "condenados" a descobrir formas
de enfrentar as consequências de uma economia que tolhe horizontes e lhes mata
sonhos.
(…)
Quanto mais complexo é o
contexto em que vivemos, mais os sindicatos precisam de reforçar alianças no
seu próprio seio e com a sociedade
Quarenta anos depois,
comparar a América de Reagan com a de Trump é um exercício de extremos onde o
ex-actor americano incarna a figura de um perigoso esquerdista.
(…)
O actual presidente dos
EUA é talentoso na subversão das normas democráticas e na criação aleatória de
regras que lhe sejam convenientes.
(…)
[No primeiro debate entre
Trump e Biden viu-se] uma besta num lamaçal, a arrastar convictamente o seu
peso para os limites do debate de forma a que nada se produza senão ruído,
circo e confusão.
Um desenho [a Mafalda] que
não servia nem para vender máquinas de lavar ensinou a milhões de pessoas (em
30 idiomas) a capacidade de perceber a hipocrisia do mundo sem deixar de
acreditar no sonho, no humor e na amizade.
(…)
Quino [o criador da
Mafalda] sempre foi um pessimista esperançoso, aquele que não acredita que as
coisas mudem, mas tenta mudá-las de qualquer maneira.
António
Rodrigues, “Público” (sem
link)
Poucos parecem reflectir
sobre o preocupante modo de governar pelo medo, a pretexto da segurança
sanitária, aceitando as constantes restrições à liberdade, decididas sem
respeito pela legalidade constitucional.
(…)
O medo é um fenómeno
psicológico caracterizado pela tomada de consciência de que estamos expostos a
um perigo, seja ele real ou imaginário.
Santana Castilho, “Público” (sem link)
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