No dia 9 de agosto de 1945, uma segunda bomba atómica é lançada no Japão
pelos Estados Unidos sobre a cidade de Nagasaki. O ataque resultou na rendição
incondicional do exército nipónico.
Mais uma vez, os norte-americanos batizaram-na com ironia: "fat
man" (homem gordo). A bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil
feridas. Segundo historiadores norte-americanos, o alto-comando dos Estados
Unidos ameaçou atacar Tóquio caso o Japão não se rendesse. A destruição que um
ataque nuclear causaria numa das maiores cidades do mundo seria incalculável.
A devastação causada em Hiroshima três dias antes não foi suficiente para
convencer o Conselho de Guerra japonês a aceitar a exigência da Conferência de
Potsdam de rendição incondicional. Os Estados Unidos já haviam planeado,
unilateralmente e sem o conhecimento prévio dos Aliados, o lançamento de uma
segunda bomba atómica. Ela estava programada inicialmente para 11 de Agosto,
mas o mau tempo previsto para essa data antecipou o lançamento para 9 de
Agosto.
À 01h56, um bombardeiro B-29, especialmente adaptado, batizado de Bockscar
, levantou voo da ilha Tinian sob as ordens do major Charles W. Sweeney.
Nagasaki era um importante centro de construção naval, um alvo, a juízo das
autoridades militares norte-americanas, apropriado para ser destruído. A bomba
foi lançada às 11h02 sobre a cidade e desencadeou uma energia equivalente a 22
mil toneladas de dinamite. As colinas que cercavam a cidade serviram para
conter parcialmente a força destrutiva da bomba, mas o número estimado de
mortos, quase instantaneamente, foi algo entre 60 e 80 mil pessoas. O número
exato tornou-se impossível de quantificar, pois a explosão desfigurou corpos e
desintegrou os registos.
O general Leslie R. Groves, responsável pela organização do projeto que
produziu a explosão nuclear, chegou a alegar que outra bomba atómica estava
disponível contra o Japão. A operação só não teria sido colocada em prática por
falta de necessidade. (…) (Cláudia Teixeira)
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