segunda-feira, 9 de agosto de 2021

9 AGOSTO DE 1945: LANÇAMENTO DA BOMBA ATÓMICA SOBRE NAGASAKI

 

No dia 9 de agosto de 1945, uma segunda bomba atómica é lançada no Japão pelos Estados Unidos sobre a cidade de Nagasaki. O ataque resultou na rendição incondicional do exército nipónico.

Mais uma vez, os norte-americanos batizaram-na com ironia: "fat man" (homem gordo). A bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil feridas. Segundo historiadores norte-americanos, o alto-comando dos Estados Unidos ameaçou atacar Tóquio caso o Japão não se rendesse. A destruição que um ataque nuclear causaria numa das maiores cidades do mundo seria incalculável.

A devastação causada em Hiroshima três dias antes não foi suficiente para convencer o Conselho de Guerra japonês a aceitar a exigência da Conferência de Potsdam de rendição incondicional. Os Estados Unidos já haviam planeado, unilateralmente e sem o conhecimento prévio dos Aliados, o lançamento de uma segunda bomba atómica. Ela estava programada inicialmente para 11 de Agosto, mas o mau tempo previsto para essa data antecipou o lançamento para 9 de Agosto.

À 01h56, um bombardeiro B-29, especialmente adaptado, batizado de Bockscar , levantou voo da ilha Tinian sob as ordens do major Charles W. Sweeney. Nagasaki era um importante centro de construção naval, um alvo, a juízo das autoridades militares norte-americanas, apropriado para ser destruído. A bomba foi lançada às 11h02 sobre a cidade e desencadeou uma energia equivalente a 22 mil toneladas de dinamite. As colinas que cercavam a cidade serviram para conter parcialmente a força destrutiva da bomba, mas o número estimado de mortos, quase instantaneamente, foi algo entre 60 e 80 mil pessoas. O número exato tornou-se impossível de quantificar, pois a explosão desfigurou corpos e desintegrou os registos.

O general Leslie R. Groves, responsável pela organização do projeto que produziu a explosão nuclear, chegou a alegar que outra bomba atómica estava disponível contra o Japão. A operação só não teria sido colocada em prática por falta de necessidade. (…) (Cláudia Teixeira)


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