Francisco Louçã, “Expresso” online (sem link)
Considerando que o Governo prevê no Orçamento que os salários
reais vão recuar 0,8%, embora a produtividade vá aumentar 3,5% no mesmo
período, então o peso dos salários no PIB cairá 4,3%.
(…)
[A ideia de reduzir o défice] uma receita que tem um efeito
certo: a contração dos rendimentos de quem trabalha.
(…)
O surto de inflação tem a sua origem na especulação com a
energia, e não no crescimento da procura.
(…)
Ora, se são os custos da energia a principal causa da
inflação, e não os salários, procurar conter a sua espiral pela compressão do
rendimento de quem trabalha, em vez de controlar preços e de dar passos para
controlar a própria produção energética, é uma política de desigualdade.
(…)
As consequências desta orientação são previsíveis: mais
pobreza, mais concentração da riqueza, com as famílias mais pobres a serem as
mais penalizadas pelo aumento de preços dos bens essenciais.
(…)
Atacar a inflação devia passar precisamente pela contenção
daqueles preços e das respetivas margens. Aumentos salariais que acompanhassem
o aumento da produção não exerceriam uma pressão inflacionista.
(…)
2022 será um ano de empobrecimento para o trabalho e de maior
rendimento para o capital.
José Soeiro, “Expresso” online
A vontade do povo nunca contou muito para quem brinca à
construção de uma democracia.
(…)
Democracias mais robustas reforçam o poder dos povos e dos
Estados, previnem erros e abusos e garantem mais prosperidade.
(…)
O continente onde se construíram as democracias mais pujantes
tem-se dedicado, desde Maastricht, a enfraquecê-las em nome de um sistema de
governo elitista, distante e que não cumpre mínimos democráticos.
Daniel Oliveira, “Expresso” online (sem link)
[Os Governos PS] foram os que mais mal infligiram à classe e
os primeiros promotores das medidas que causaram a falta de docentes.
(…)
Que
dizer aos professores prisioneiros de horários de substituição, não
transformáveis em horários anuais, que fizeram opções no âmbito de um quadro
legal, que agora muda, ilegalmente, sem os compensar?
(…)
Que
dizer a docentes colocados desde o início do ano lectivo em horários
incompletos, e que assim continuarão, quando quem ontem aceitou um horário de
seis horas o tem convertido em completo?
(…)
O que a RR32 expôs é um padrão comportamental de trapalhice e
iniquidade.
(…)
Tivéssemos
uma classe profissional com uma réstia de união e o dito [escuteiro/ministro]
voltaria, em breve, no dizer do próprio, à praia dele: os lobitos.
Santana Castilho, “Público” (sem link)
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