domingo, 31 de julho de 2022

JÁ NÃO PEGA ESSA CONVERSA DE QUE A INFLAÇÃO É CULPA DA GUERRA…

 
Via RiseUP Portugal

FRASE DO DIA (1898)

 
A justa luta de resistência do povo ucraniano à invasão do seu país por Putin, o autocrata que reprime brutalmente a oposição democrática e de esquerda no seu país e promove a extrema-direita na Europa e no Mundo, não pode servir de pretexto para a expansão de uma força agressiva como é a NATO.

Carlos Vieira, “Esquerda. net”


RECEITAS EM CRESCIMENTO ACELERADO NAS GRANDES EMPRESAS (dois exemplos)

 
In "Expresso" Economia

UMA AFIRMAÇÃO DE LULA QUE TEM TODO O CABIMENTO EM PORTUGAL

 
Via Humberto Costa

sábado, 30 de julho de 2022

INFLAÇÃO: AS PESSOAS COMUNS EMPOBRECEM, ENQUANTO AS GRANDES EMPRESAS REGISTAM LUCROS HISTÓRICOS

 

A inflação está em 9,1%, a mais alta dos últimos 30 anos. O Governo deixa cair os salários e as pensões enquanto recusa intervir nos preços para travar a especulação. As pessoas comuns empobrecem, enquanto os lucros das grandes empresas do setor energético, da distribuição ou da banca disparam para níveis históricos.

O PS decidiu que devem ser as pessoas que vivem dos rendimentos do seu trabalho a pagar mais esta crise, ao contrário do que está a acontecer noutros países. Na vizinha Espanha, no Reino Unido ou na Itália, optaram por outro caminho.

Os governos destes países tomaram medidas para mitigar os efeitos da inflação: aumentaram salários ou apoios sociais e/ou criaram impostos sobre os lucros extraordinários e abusivos.

Só há uma saída justa para a crise inflacionária: aumentar salários, controlar preços e taxar lucros abusivos. 15 anos depois da troika, não podem ser, novamente, os de baixo a pagar a crise. Exigimos justiça na economia.


MAIS CITAÇÕES (192)

 
[Com o acordo para os cortes no gás] assistimos ao lançamento de boias de salvação para o capitalismo fóssil, travando a ação climática.

(…)

Paradoxalmente, o Governo português invocou a seca para dizer que só pode cortar 7% o seu consumo de gás. 

(…)

A seca é fortemente agravada pelas alterações climáticas, o que significa que mais gás significa mais secas, pelo que o gás nunca é solução.

(…)

Pior, por opção política, que as renováveis não estão a ser usadas para retirar do sistema os combustíveis fósseis como o gás, apenas para criar novas áreas de negócio.

(…)

Em vez de se realizar uma transição energética, as pessoas mais pobres e mais velhas devem cortar no aquecimento e morrer de frio no inverno.

(…)

As novas entradas de gás estão em grande medida acionadas com acordos para abrir a torneira e aumentá-la.

(…)

Assinado o acordo, a especulação levou ao aumento imediato dos preços. 

(…)

O controlo dos preços pelas empresas, chamadas de “mercados”, é o motor da política energética e de segurança, ignorando a crise climática.

(…)

Manter um debate sobre o futuro da energia em que a crise climática não está no centro é negacionismo climático.

(…)

[Este acordo] garante apenas que, no dia em que terminar a invasão, os baronetes do capitalismo europeu voltarão para os braços do Kremlin. 

João Camargo, “Expresso” (sem link)

 

No aeroporto de Lisboa tudo é possível. 

(…)

É porque a ganância o levou a esta decadência. 

(…)

Nos primeiros sete anos de concessão privada dos aeroportos portugueses, a VINCI teve resultados líquidos de €1174,5 milhões.

(…)

No mesmo período, a ANA investiu menos €87 milhões do que estava previsto, e, mesmo com o aeroporto de Lisboa a rebentar pelas costuras, diminuiu o investimento face aos anos de gestão pública.

(…)

Entre 2012 e 2019, enquanto o número de passageiros duplicava, o de funcionários apenas aumentou 21%. 

(…)

É o tempo do lucro e do pânico rápidos. Despede-se depressa, pede-se dinheiro ao Estado, e depois logo se vê.

(…)

Até setembro de 2021, perderam-se 2,3 milhões de postos de trabalho na indústria da aviação. 

(…)

[Agora] companhias de aviação e aeroportos não conseguem contratar pessoal para gerir as operações mais básicas. 

(…)

Perdido o vínculo, e tendo começado a trabalhar noutros sectores, poucos parecem disponíveis para voltar a carregar malas de 20 quilos às três ou quatro da manhã.

(…)

Multiplicam-se as greves de quem, depois de anos sem aumentos, exige partilhar os ganhos da retoma. 

(…)

Sem ceder à chantagem de falsos e seletivos “interesses nacionais”, ignorados sempre que estão em causa os lucros.

(…)

Algumas companhias descobriram agora que um trabalhador acabado de chegar a uma empresa não consegue fazer o mesmo que quem foi despedido com anos de formação e experiência.

(…)

Nem um ano será suficiente para que os aeroportos voltem a funcionar normalmente.

(…)

As empresas aeroportuárias despediram porque partiram do princípio, tão em voga, de que o seu mercado de trabalho é como os outros. 

(…)

Só que o mercado laboral é feito de pessoas. Que (…) quando encontram outro emprego, têm pouca vontade de voltar a trabalhar para quem as abandonou em tempos difíceis. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Vai-se dizendo que resulta dos impactos da pandemia de covid-19 e da guerra na Ucrânia a inflação galopante que está a comer-nos boa parte dos salários e a deteriorar as condições de vida. 

(…)

Simultaneamente, por efeitos da pandemia e da guerra, são escandalosos os lucros oficiais (os reais serão maiores) dos acionistas de empresas [de vários subsetores].

(…)

Quem tem baixos salários e pensões cai na pobreza.

(…)

O reverso é a ampliação do número de ricos e a chocante concentração da riqueza.

(…)

Os seres humanos não podem ser meras peças do mercado e o "trabalho não é uma mercadoria".

(…)

Salários mais justos, recusa das precariedades, o direito de todo o cidadão a não depender da caridade alheia são elementos centrais para melhor distribuição da riqueza.

(…)

À escala europeia e no plano nacional, prosseguem estas práticas [de políticas neoliberais].

(…)

O neoliberalismo necessita de forças ultraconservadoras e fascistas na governação dos países. 

(…)

[A ultradireita e o fascismo uma vez instalados no poder aniquilam] os direitos laborais e sociais e as organizações dos trabalhadores.

Carvalho da Silva, JN

 

Depois dos incêndios de 2017, a governação tem sido pródiga no anúncio de medidas com o objectivo, querem-nos fazer crer, de atenuar situações similares no futuro.

(…)

Quanto a medidas reais para criar descontinuidades entre os espaços florestais e o edificado, designadamente pela promoção de ocupações que, ao contrário de gerar despesa anual, possam gerar rendimento, nada!

(…)

Não se conclui o cadastro da propriedade rústica por mera falta de vontade política, ponto!

(…)

Mas, qual o impacto da conclusão do cadastro rustico no atenuar dos incêndios florestais? Pouco, é só uma de um conjunto vasto de ferramentas! Anuncia-se agora, todavia, como sendo a “raiz do problema”.

(…)

Mas, qual o impacto da conclusão do cadastro rustico no atenuar dos incêndios florestais? Pouco, é só uma de um conjunto vasto de ferramentas! Anuncia-se agora, todavia, como sendo a “raiz do problema”.

(…)

Ir à raiz do problema, no domínio silvo-industrial, está na tomada de medidas de suporte às actividades que contrariem a queda do Valor Acrescentado Bruto da silvicultura, do rendimento dos proprietários florestais.

(…)

Anunciam-se como estratégicos investimentos industriais que em nada contribuem para inverter a perda de peso económico da silvicultura.

Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)

 

Fez esta semana dois anos que Bruno Candé foi vítima de um assassinato racista em Moscavide.

(…)

Não foi o medo que matou, foi o ódio banhado num sentimento de superioridade, de supremacia.

(…)

Não foi um incómodo, uma ignorância, um receio ou uma opinião. Foi ódio racial.

(…)

Continuamos, assim, a ser as impotentes testemunhas de vários crimes de ódio racial não só em Portugal, como no mundo.

(…)

No primeiro semestre do ano, foram assassinadas em Portugal 19 mulheres e meninas, segundo o observatório da UMAR, uma média de três por mês.

(…)

No mundo, a cada seis minutos, uma mulher é morta por motivos de género. Pouco ou nada se fala dos agressores, dos criminosos.

(…)

Os alvos do racismo, machismo e LGBTfobia, quando têm conhecimento destes atos criminosos violentos, ficam traumatizados, com medo, identificam-se com as vítimas.

(…)

Muitas dinâmicas de discriminação e de sentimento de supremacia encontraram, e encontram ainda, apoio e legitimidade neste princípio do mérito e da superioridade, do desmérito e da inferioridade.

Luísa Semedo, “Público” (sem link)


EM DEFESA DO DIREITO À MANIFESTAÇÃO

 

O direito à manifestação é uma forma poderosa de promoção da mudança social e garante a defesa dos direitos humanos de todas as pessoas. (AI)

Toda a informação disponível no site.


PARA QUANDO A PUBLICAÇÃO DO DECRETO-LEI QUE DETERMINA A IDADE MÍNIMA PARA ASSISTIR A TOURADAS

 
Via Bernardino José Guia

A PROPÓSITO DA PROPOSTA DE REDUÇÃO DE CONSUMO DE GÁS NATURAL

 
In "Expresso" Economia

sexta-feira, 29 de julho de 2022

CITAÇÕES

 
Raramente, se é que alguma vez acontece, há um erro na escrita das leis do trabalho. 

(…)

A razão é simples, é escrutinada ao detalhe por interesses tão mobilizados quanto os que se movem na finança.

(…)

Nesse segredo discreto raro será o deslize, tudo é calculado.

(…)

Lembrando que a lei [Agenda para o Trabalho Digno]  proclama garantir melhor pagamento na cessação do contrato a prazo e faria exatamente o contrário no mais dos casos, ao evitá-lo sempre que o contrato cessasse automaticamente, perguntaram se se trataria do erro impossível.

(…)

Para um Governo tão atento à comunicação social, seria de esperar que, a haver equívoco, o ministério agisse depressa.

(…)

[Há um] embuste sobrevivente: a anulação da promessa eleitoral de uma norma que protegeria os trabalhadores das plataformas digitais. 

(…)

[Há uma] desilusão com este recuo, que mantém assim o “modelo de ouro”, como lhe chama a Uber, em vez de impor a relação contratual com os seus trabalhadores.

(…)

“Vamos mesmo dançar”, escrevia o diretor da Uber depois de uma promissora reunião com Macron, então ministro da Economia.

(…)

A viragem à direita do Governo Costa, sobretudo a maioria absoluta que festejou em janeiro, tem sido particularmente visível neste domínio da lei laboral. 

(…)

Foi uma das razões principais para ter recusado um acordo com a esquerda desde 2019. 

(…)

O que talvez não se adivinhasse foi que depois dançaria tão alegremente entre equívocos e embustes.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O que [Elisa Ferreira] disse [em entrevista] é um alerta solene: os fundos europeus vão acabar. Vão mesmo.

(…)

Só haverá integração se não houver uma conta a pagar aos felizes candidatos.

(…)

Só que em Portugal não se imagina como se poderá viver sem esses fundos.

(…)

Até agora, era um jogo, os Governos ‘deitavam’ os dinheiros a clientelas treinadas na arte das candidaturas aos “projetos” e aos “programas” de uma casta de empresários.

(…)

Até agora, era um jogo, os Governos ‘deitavam’ os dinheiros a clientelas treinadas na arte das candidaturas aos “projetos” e aos “programas” de uma casta de empresários.

(…)

“Não fazer as reformas estruturais”, o que quer dizer menos impostos empresariais e sobretudo mais subsídios, ou uma renda pública paga ao sector privado, prioritariamente na saúde, passou a ser o último dos insultos. 

(…)

Se o cortinado distributivo cai, fica a economia como ela é. 

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O sentimento de impunidade [dos abusadores sexuais dentro da igreja portuguesa] é uma malha tecida pela protecção que a suposta virtude lhe confere.

(…)

[Foi pela] iniciativa [do Papa Francisco], na cimeira de 2019 em Roma, que se determinou que todas as dioceses do Mundo teriam que criar uma comissão de protecção de menores.

(…)

O episcopado francês pediu "perdão" às 300 mil vítimas de pedofilia da Igreja francesa entre 1950 e 2020, pelas 216 mil crianças e menores, 80% das quais do sexo masculino.

(…)

Marcelo não pode falar "pessoalmente" perante o assomo de uma realidade tão hedionda, como se possuísse elementos para acreditar que a Igreja Católica portuguesa nunca varreria para baixo do seu manto os casos que agora se conhecem, somam e agravam.

Miguel Guedes, JN

 

A liberdade editorial não deve, em circunstância alguma, servir para promover ou legitimar representações depreciativas das mulheres e das pessoas LGBTI”.

(…)

As pessoas trans (…) mas também outras realidades do espetro LGBTQI+, estão constantemente a ter de justificar o seu espaço na sociedade.

(…)

[Subsiste a ideia] de que, agora, de rompante, estas pessoas exigem (novos) direitos, subvertendo ideias “naturais” e estabilizadas do que é ser-se homem ou mulher.

(…)

Não deveria ser necessário recordar que estas realidades não são novas, nem tampouco lembrar que os direitos que as pessoas trans reivindicam são os mesmos de que gozam os outros indivíduos.

(…)

Num relatório de junho, o Conselho da Europa denota que, apesar da crescente visibilidade das questões LGBTQI+, o “discurso antigénero” tem perigosamente crescido.

(…)

Estas realidades não podem estar, pois, sujeitas ao escrutínio de desinformadas opiniões.

(…)

[Trata-se de] uma questão de direitos humanos.

Inês Espinhaço Gomes, “Público” (sem link)

 

[Há uma] indiferença da sociedade perante medidas legislativas, avulsas e oportunistas, que adiam a responsabilidade e o empenho de Portugal em cumprir as obrigações europeias para minimizar a perda de diversidade e activar estratégias de conservação.

(…)

Portugal é o quarto país da Europa com mais espécies em risco de extinção.

(…)

Habituámo-nos a tomar a natureza como certa, vendo-a como um recurso gratuito” do qual podemos obter não apenas o que precisamos, mas também o que queremos.

(…)

Apesar de não termos consciência, estamos cada vez mais dependentes de ecossistemas saudáveis ​​e resilientes para garantir o bem-estar e alimentação da população.

(…)

Mais da metade do produto interno bruto global depende da natureza, o que reforça a necessidade de a valorizar.

(…)

Valorizar os serviços que recebemos da natureza pode também fornecer uma nova fonte de soluções para alguns dos problemas mais prementes da actualidade.

(…)

Torna-se muito mais barato, e proveitoso, proteger a natureza do que restaurá-la depois.

(…)

Há actualmente uma desvalorização dos espaços florestais que leva ao seu abandono ou à exploração por espécies de lucro fácil e de curto prazo.

(…)

Esquecemos que uma das oportunidades turísticas de Portugal é valorizar a natureza, que ainda temos.

(…)

Conservar espécies e habitats, valorizando a natureza, devia ser a melhor forma de levar em conta os benefícios que os ecossistemas nos fornecem.

(…)

Urge reconhecer que a valorização da natureza é um processo complexo que necessita de uma abordagem transdisciplinar e não focada apenas do ponto de vista económico.

Maria Amélia Martins-Loução, “Público” (sem link)

 

O Presidente Jair Bolsonaro vai deixar um Brasil lastimado quando deixar o poder.

(…)

Bolsonaro entregou-se nas mãos do chamado “centrão”, os partidos que navegam ao sabor das benesses recebidas em troca do seu apoio ao governo que esteja em funções.

(…)

Com isso, [a ação do “centrão”] a política brasileira tornou-se ainda mais numa máquina de distribuir dinheiro em troca de favores políticos.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


TRABALHADORES COM UMA REDUÇÃO REAL DE SALÁRIO: ATÉ QUANDO VAMOS TOLERAR ESTA INJUSTIÇA?

 

Ao mesmo tempo que se impõe aos trabalhadores uma redução real dos seus salários, com a desculpa que quaisquer aumentos iriam agravar a "espiral inflacionista", a classe capitalista esfrega as mãos de contentamento com os seus lucros a engordar. A inflação, ao contrário destes lucros, não caiu do céu. Parte considerável do agravamento do custo de vida deve-se a práticas de manipulação de mercado (price gouging) promovidas por grandes grupos económicos que ocupam posições oligopolistas no mercado. Quem vive dos rendimentos do seu trabalho precisa de respostas mas os bancos centrais e os governos já deram o sinal: os trabalhadores têm que empobrecer e os lucros têm que ficar intocados. Até quando vamos tolerar esta injustiça? (João Moniz)


SÃO PESSOAS DE CARNE E OSSO

 

Artigo Completo: https://tinyurl.com/3xndj7rx


ALGARVE: O IMPACTO DA FALTA DE ÁGUA NO TURISMO

 
In "Correio da Manhã"

CONFIANÇA EMPRESARIAL NA ALEMANHA...

 
In "Expresso" Economia

quinta-feira, 28 de julho de 2022

UMA TRISTE COINCIDÊNCIA

 

Hoje, assinala-se o Dia Mundial da Conservação da Natureza e, por triste coincidência, assinala-se também o Dia da Sobrecarga da Terra: o dia em que a exploração dos recursos do planeta começa a exceder as capacidades regenerativas dos ecossistemas.

"Não há Planeta B" não é apenas um slogan, é uma reivindicação pela justiça climática. Precisamos de uma transição energética eficaz: apostar na adaptação territorial e meios de produção às alterações climáticas; aposta forte nos transportes públicos, caminhando para a sua gratuitidade; desenhar uma nova política agrícola e florestal; proteger os recursos hídricos e priorizar o investimento nas energias renováveis.

Nem um grau a mais, nem uma espécie a menos.


AS MARGENS ABUSIVAS DE EMPRESAS DO SETOR DA ENERGIA E DA GRANDE DISTRIBUIÇÃO

 

Há empresas do setor da energia e da grande distribuição que estão a lucrar com o empobrecimento generalizado. Têm margens abusivas que prejudicam a economia portuguesa.

A IL, em vez de se preocupar com o empobrecimento do país, defende os "gigantes" e tudo o que há de pior na nossa economia.

Pedro Filipe Soares


FRASE DO DIA (1897)

 
Devemos relembrar que a luta antirracista, feminista e LGBTQIA+ não mata ninguém. O racismo, o machismo e a LGBTfobia matam todos os dias.

Luísa Semedo, “Público”


A IMPUNIDADE TEM DE TER LIMITES FORTES

 


Ontem estive num encontro de ativistas em Barcarena (Belém do Pará) onde 40 mil pessoas foram afetadas pela produção de alumínio da Norsk Hydro. É o primeiro caso de danos causados na Amazónia a tornar-se internacional, com um julgamento a começar agora na Holanda. Mais importante do que reconhecer os danos causados em casos particulares, é assumir o caráter predatório das políticas de livre comércio que estão feitas para isto mesmo: explorar ao máximo os recursos, abusar das terras, ter mão de obra barata, tudo com o máximo de impunidade. (José Gusmão)


28 JULHO: DIA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

 

Celebra-se hoje, 28 julho, o Dia Mundial da Conservação da Natureza.


SALÁRIOS DOS PROFESSORES: COMISSÃO EUROPEIA ABRE PROCEDIMENTO CONTRA PORTUGAL

 
In "Diário de Coimbra"

AS VIDAS DAS MULHERES NO AFEGANISTÃO ESTÃO A SER DEVASTADAS PELA REPRESSÃO DOS TALIBÃS

 

Os Talibãs têm violado os direitos das mulheres e raparigas à educação, ao trabalho e à livre circulação, dizimando o sistema de proteção e apoio a quem foge da violência doméstica e detendo mulheres por violações menores das regras discriminatórias provocando um aumento da taxa do casamento infantil, precoce e forçado.

O novo relatório da Amnistia Internacional “Morte em câmara lenta: Mulheres e raparigas sob as regras dos Talibãs” revela como mulheres que protestaram pacificamente contra as regras opressivas foram ameaçadas, presas, torturadas e acabaram por ser vítimas de desaparecimento forçado.

Notícia completa no site. (AI)


quarta-feira, 27 de julho de 2022

CITAÇÕES À QUARTA (13)

 
As árvores estão em stress hídrico por causa da seca e do aquecimento global e as suas folhas morrem mais cedo para que elas possam guardar o resto da água de que dispõem.

(…)

É só mais um sinal, desolador e triste, dos efeitos dos eventos climáticos extremos, que matam também pessoas e não só nos incêndios.

(…)

Portugal está entre os países europeus com mais mortes prematuras e mais perdas económicas por causa das alterações climáticas e a tendência é piorar.

(…)

[O IL] foi o único que votou contra a Lei de Bases do Clima, sem sequer uma declaração de voto para que se esclarecessem as razões liberais e sem qualquer proposta alternativa. 

(…)

A crise climática, que se agrava de dia para dia, mostra de facto o falhanço das receitas liberais.

(…)

À lógica predadora do mercado é preciso opor o planeamento económico e a rejeição do crescimento infinito sobre recursos finitos.

(…)

Mobilizar recursos públicos para fazer a transição climática e garantir trabalho digno.

(…)

São mais 422 milhões de euros, retirados [pela Galp] dos bolsos de empresas, famílias e consumidores individuais que se veem a braços para fazer face à crise, à inflação e ao preço dos combustíveis. 

(…)

[Ao contrário de vários países europeus, o Governo recusa] taxar os lucros extraordinários das petrolíferas e ter uma política determinada para a fixação dos preços e a redução das margens de lucro.

(…)

O regime de Putin (…) continua os bombardeamentos, mesmo depois dos acordos para o escoamento dos cereais.

(…)

Vários artistas fizeram também questão de lembrar que, ao contrário da oligarquia russa, por cá não falta quem estime a liberdade e não aceite ameaças.

(…)

Que não nos calemos, pois, relativamente a nenhum autoritarismo. Nem ao despotismo desse modo de produzir e de mandar que está a destruir o planeta.

José Soeiro, “Expresso” online

 

Faz-se a guerra de todas as formas e em todas as frentes, a lição é conhecida. 

(…)

A guerra é exterminista por natureza e aquela a que agora assistimos é a confirmação da regra sem excepção.

(…)

Deve a opinião pública ou, se se quiser, devem os opositores da guerra contrariar a contaminação generalizada dos territórios da cultura e do desporto pelas bandeiras da morte?

(…)

A minha resposta é que não só o podemos como o devemos fazer.

(…)

Da Rússia, pouca novidade, o regime de controlo da opinião foi reforçado por leis de exceção.

(…)

A surpresa pode ter sido o comportamento de autoridades europeias (…) que proibiram Tchaikovsky e Dostoevsky, anularam as apresentações do Bolshoi ou a participação de filmes russos em festivais.

(…)

Culparam Tolstoy ou Tarkovsky pelos males de Putin e ergueram o sectarismo como um estandarte.  

(…)

Nesta escalada, dentro de pouco tempo estaremos a discutir se algumas delegações nacionais devem ser expulsas do Jogos Olímpicos.

(…)

Tenha a certeza de que o Comité Olímpico Internacional será pressionado para excluir vários países em 2024.

(…)

Os Jogos [olímpicos da antiguidade] exprimiam a festa religiosa e popular em que a guerra era suspensa. 

(…)

O novo Muro será instalado dentro das bibliotecas, dos cinemas e salas de concertos, e as Olimpíadas vão ser o grande teste para este arame farpado.

Francisco Louçã, “Expresso” online

 

É um destino e um desatino a chegada do mês de junho, com os incêndios que traz no ventre sobretudo no chamado “interior” cada vez mais deserto.

(…)

O abandono do “interior”, com a consequente queda demográfica, leva a que essas pessoas desaguem em Lisboa, Porto e noutros centros urbanos.

(…)

Quer a esquerda, o centro ou a direita, quer o patrão, o trabalhador, o agricultor ou o professor, quer o padre ou o médico, todos estarão de acordo que este caminho explica em boa medida os incêndios e outros dramas sociais.

(…)

É forçoso concluir que a imensa esmagadora maioria da população não tem interesse neste estado de coisas.

(…)

Para fazer frente à situação, cabe, antes de mais, ao Governo fazer o levantamento do cadastro de todos os proprietários.

(…)

Impõe-se estabelecer um diálogo com os proprietários para compreender como cada um encara o futuro dos terrenos que os não podem deixar ao abandono, no sentido que tal atitude pode significar incêndios que têm consequências dramáticas na comunidade.

(…)

É preciso partir de uma premissa – os fogos significam despesas colossais, pelo que os representantes das autoridades envolvidas devem ter presente esse facto.

(…)

A propriedade dos terrenos sem que os seus donos, pelas mais variadas razões, não se interessem por eles, não pode significar a intocabilidade dessas propriedades.

(…)

O imperativo nacional sobrepõe-se à inércia de décadas, de um tempo sem regresso.

(…)

Há que pesar os direitos em confronto – o da propriedade privada e o do abandono pela ausência da posse e as consequências devastadoras para toda a comunidade e para o próprio território nacional.

(…)

Sendo um desígnio nacional, é imperioso encontrar esses caminhos [para a fixação das populações no interior do país].

(…)

Antes que o interior se desertifique num braseiro anual, sejamos capazes todas e todos de o impedir.

Domingos Lopes, “Público” (sem link)

 

Continua a existir um défice significativo de recursos humanos qualificados para uma deteção atempada dos ilícitos ambientais, quer na vertente criminal, quer na contraordenacional.

(…)

Estas fragilidades dificultam a prova em benefício dos infratores, comprometendo inevitavelmente a sua punição.

(…)

Ao contrário de outros setores, na dimensão ambiental uma intervenção tardia pode ter efeitos nefastos.

(…)

Só com um verdadeiro plano estratégico ambiental como desígnio nacional estaremos em condições de garantir a preservação de bens jurídicos dos quais depende a sobrevivência da humanidade.

Ana Sirage Coimbra, “Público” (sem link)