quarta-feira, 27 de julho de 2022

CITAÇÕES À QUARTA (13)

 
As árvores estão em stress hídrico por causa da seca e do aquecimento global e as suas folhas morrem mais cedo para que elas possam guardar o resto da água de que dispõem.

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É só mais um sinal, desolador e triste, dos efeitos dos eventos climáticos extremos, que matam também pessoas e não só nos incêndios.

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Portugal está entre os países europeus com mais mortes prematuras e mais perdas económicas por causa das alterações climáticas e a tendência é piorar.

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[O IL] foi o único que votou contra a Lei de Bases do Clima, sem sequer uma declaração de voto para que se esclarecessem as razões liberais e sem qualquer proposta alternativa. 

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A crise climática, que se agrava de dia para dia, mostra de facto o falhanço das receitas liberais.

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À lógica predadora do mercado é preciso opor o planeamento económico e a rejeição do crescimento infinito sobre recursos finitos.

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Mobilizar recursos públicos para fazer a transição climática e garantir trabalho digno.

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São mais 422 milhões de euros, retirados [pela Galp] dos bolsos de empresas, famílias e consumidores individuais que se veem a braços para fazer face à crise, à inflação e ao preço dos combustíveis. 

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[Ao contrário de vários países europeus, o Governo recusa] taxar os lucros extraordinários das petrolíferas e ter uma política determinada para a fixação dos preços e a redução das margens de lucro.

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O regime de Putin (…) continua os bombardeamentos, mesmo depois dos acordos para o escoamento dos cereais.

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Vários artistas fizeram também questão de lembrar que, ao contrário da oligarquia russa, por cá não falta quem estime a liberdade e não aceite ameaças.

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Que não nos calemos, pois, relativamente a nenhum autoritarismo. Nem ao despotismo desse modo de produzir e de mandar que está a destruir o planeta.

José Soeiro, “Expresso” online

 

Faz-se a guerra de todas as formas e em todas as frentes, a lição é conhecida. 

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A guerra é exterminista por natureza e aquela a que agora assistimos é a confirmação da regra sem excepção.

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Deve a opinião pública ou, se se quiser, devem os opositores da guerra contrariar a contaminação generalizada dos territórios da cultura e do desporto pelas bandeiras da morte?

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A minha resposta é que não só o podemos como o devemos fazer.

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Da Rússia, pouca novidade, o regime de controlo da opinião foi reforçado por leis de exceção.

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A surpresa pode ter sido o comportamento de autoridades europeias (…) que proibiram Tchaikovsky e Dostoevsky, anularam as apresentações do Bolshoi ou a participação de filmes russos em festivais.

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Culparam Tolstoy ou Tarkovsky pelos males de Putin e ergueram o sectarismo como um estandarte.  

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Nesta escalada, dentro de pouco tempo estaremos a discutir se algumas delegações nacionais devem ser expulsas do Jogos Olímpicos.

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Tenha a certeza de que o Comité Olímpico Internacional será pressionado para excluir vários países em 2024.

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Os Jogos [olímpicos da antiguidade] exprimiam a festa religiosa e popular em que a guerra era suspensa. 

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O novo Muro será instalado dentro das bibliotecas, dos cinemas e salas de concertos, e as Olimpíadas vão ser o grande teste para este arame farpado.

Francisco Louçã, “Expresso” online

 

É um destino e um desatino a chegada do mês de junho, com os incêndios que traz no ventre sobretudo no chamado “interior” cada vez mais deserto.

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O abandono do “interior”, com a consequente queda demográfica, leva a que essas pessoas desaguem em Lisboa, Porto e noutros centros urbanos.

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Quer a esquerda, o centro ou a direita, quer o patrão, o trabalhador, o agricultor ou o professor, quer o padre ou o médico, todos estarão de acordo que este caminho explica em boa medida os incêndios e outros dramas sociais.

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É forçoso concluir que a imensa esmagadora maioria da população não tem interesse neste estado de coisas.

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Para fazer frente à situação, cabe, antes de mais, ao Governo fazer o levantamento do cadastro de todos os proprietários.

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Impõe-se estabelecer um diálogo com os proprietários para compreender como cada um encara o futuro dos terrenos que os não podem deixar ao abandono, no sentido que tal atitude pode significar incêndios que têm consequências dramáticas na comunidade.

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É preciso partir de uma premissa – os fogos significam despesas colossais, pelo que os representantes das autoridades envolvidas devem ter presente esse facto.

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A propriedade dos terrenos sem que os seus donos, pelas mais variadas razões, não se interessem por eles, não pode significar a intocabilidade dessas propriedades.

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O imperativo nacional sobrepõe-se à inércia de décadas, de um tempo sem regresso.

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Há que pesar os direitos em confronto – o da propriedade privada e o do abandono pela ausência da posse e as consequências devastadoras para toda a comunidade e para o próprio território nacional.

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Sendo um desígnio nacional, é imperioso encontrar esses caminhos [para a fixação das populações no interior do país].

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Antes que o interior se desertifique num braseiro anual, sejamos capazes todas e todos de o impedir.

Domingos Lopes, “Público” (sem link)

 

Continua a existir um défice significativo de recursos humanos qualificados para uma deteção atempada dos ilícitos ambientais, quer na vertente criminal, quer na contraordenacional.

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Estas fragilidades dificultam a prova em benefício dos infratores, comprometendo inevitavelmente a sua punição.

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Ao contrário de outros setores, na dimensão ambiental uma intervenção tardia pode ter efeitos nefastos.

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Só com um verdadeiro plano estratégico ambiental como desígnio nacional estaremos em condições de garantir a preservação de bens jurídicos dos quais depende a sobrevivência da humanidade.

Ana Sirage Coimbra, “Público” (sem link)


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