O primeiro-ministro dizia que a inflação seria transitória mas por toda a
Europa já se reconhece que não é. Mas é em Portugal, onde os salários são dos
mais baixos, que o governo nada faz.
Nos incêndios que avassalam o país, sim, são as alterações climáticas que
fazem crescer o perigo, mas também o investimento que nunca chegou. O que já
tinha ardido continuou em abandono e lá cresceu o mato e os eucaliptos que
ardem agora com força renovada. Este é um daqueles casos em que fica
tragicamente à vista o perigo de uma governação de promessas sempre adiadas.
Mário Ferreira, conhecido pelo escândalo do navio Atlântida, pelos
cruzeiros no Douro e pela compra da TVI, é o maior beneficiário dos apoios do
Banco de Fomento - 40 milhões de euros de investimento público. Este
financiamento quadruplicou os limites de referência estabelecidos pelo próprio
Banco de Fomento. Importa saber quais os critérios para esta decisão e qual o
envolvimento do Primeiro-Ministro.
O PS comprometeu-se em 2021 a obrigar a Uber e demais plataformas a
estabelecer contratos de trabalho. Hoje, “desdiz” tudo o que prometeu. Na
Agenda (que ainda se chama do) Trabalho Digno, a Uber já não tem de fazer
contratos com os trabalhadores e nesta distopia liberal, cada homem com a sua
bicicleta é uma empresa e assim a Uber ganha uma legislação laboral à sua
medida.
Sem comentários:
Enviar um comentário