sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

CITAÇÕES

 
O processo de ocultação e de justificação narcísica pelos governantes, em todo o caso, não é uma particularidade da tirania que Brecht combatia nos dois casos [nazismo e estalinismo].

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É a própria essência da ocupação do espaço público pelo discurso do poder ou do seu investimento na criação de um senso comum conformista.

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A política económica portuguesa e europeia é um exemplo transparente desse modo de dominar.

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Sabem que nos fazem mal, é a dor, mas é o melhor para nós. A dor é curativa.

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De facto, trata-se, não de uma consequência indesejada, mas da essência da política: a receita é o ajustamento pela recessão, de modo a alterar a distribuição dos rendimentos.

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[Tudo em nome da tese] de que a concentração de riqueza impulsiona o investimento e que, portanto, a plutocracia arrasta o crescimento económico.

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A versão portuguesa desta fantasia expressa-se na convicção com que o governador do Banco de Portugal e o Governo avisam que seria fatal subir os salários. 

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Ou seja, não há inflação permanente e não é preciso ajustar salários, ou há inflação permanente e não se podem ajustar os salários, ou “já passámos o pico” e não se podem ajustar os salários. 

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Perdidos por oito e por oitenta, os salários baixam em termos reais.

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A comparação entre Portugal e a Bélgica é reveladora do absurdo deste masoquismo social.

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A Bélgica adapta os salários à medida da inflação.

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E, espanto, a manutenção dos salários reais, (…) (…), não fez disparar nenhuma espiral inflacionista, lá como cá é a mesma inflação. 

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A diferença é que na Bélgica não houve repressão do salário real e em Portugal sim.

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Se perguntar a razão para esta política masoquista, a resposta está na doutrina da “dor”.

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Os Governos que promovem ou aceitam esta política não estão a querer mudar as condições da inflação, estão a empobrecer os pobres e a desvalorizar o trabalho.

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Estamos, portanto, cercados, nos rendimentos e nos juros.

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Agora, se o povo quer o absurdo de manter os salários reais, ou as pensões, que disparate, o melhor mesmo “é dissolver o povo e eleger outro”.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

Não podemos falar em promoção dos direitos das crianças e jovens quando estes vivenciam ambientes pouco positivos ou empáticos devido à inércia, negligência ou apatia dos adultos que são responsáveis por cuidar destes.

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As situações mais graves de bullying e cyberbullying caso não sejam detetadas precocemente e/ou alvo de uma intervenção especializada, deixam “marcas” para toda a vida.

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Infelizmente continuamos a não ter um diagnóstico que seja verdadeiramente nacional dos índices de bullying/cyberbullying.

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Algumas das medidas a implementar podem ser a criação de um Observatório Municipal do Bullying e Cyberbullying, a promoção e incentivo à investigação sobre estas problemáticas através do apoio junto da comunidade científica da região (…).

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Deste modo, a criação de equipas constituídas por diferentes profissionais e representantes de organizações regionais que tenham aos seu dispor os meios logísticos e financeiros para atuar, o mais precocemente possível (…) é algo mais que essencial, urgente.

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Depois temos de alterar o mais rapidamente possível um paradigma ainda muito presente no nosso país, a sazonalidade da prevenção e combate ao bullying e cyberbullying.

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A prevenção e combate a estas problemáticas é um trabalho diário, que nunca está completamente terminado.

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Atualmente temos o Programa Escola Sem Bullying, Escola Sem Violência, criado em 2019 e do qual dois elementos da AjudAjudar foram consultores, foi um passo em frente mas escasso.

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Voltamos a realçar que a participação das crianças e jovens, protagonistas dos comportamentos de bullying e cyberbulllying, é muito importante.

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Outra questão que acreditamos ser muito importante é a criação de legislação específica nas áreas do bullying e cyberbullying. 

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Este passo é incontornável e na nossa opinião deverá assentar numa filosofia de prevenção, essencialmente pedagógica e não numa vertente meramente punitiva.

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Há muitos anos que em alguns países existe este tipo de trabalho que permite que alguns dos projetos e programas antibullying mais importantes em todo o mundo tenham nas suas fileiras, pessoas que antes foram agressores de bullying e/ou cyberbullying.

Luís Fernandes, “Público” (sem link)

 

Vamos dar um facto por assente: a família real britânica tem o poder de fascinar.

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Este evidente fascínio não significa que a maioria das pessoas seja monárquica ou sequer simpatizante de monarquias.

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Poucos portugueses acharão justo que alguém, e logo à nascença, tenha um título vitalício e um compêndio de privilégios (e deveres) que o comum dos mortais, por muito que trabalhe e que seja talentoso ou altamente capacitado, não alcançará.

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Liberdade, igualdade e fraternidade foram os princípios de uma revolução [Leia-se Revolução Francesa] que espalhou o terror nas casas reais europeias.

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Mas a mesma Europa que celebra a Revolução Francesa, e a tomada do poder pelo povo, esgota o livro de Harry.

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Isabel II reinou e nessa medida conseguiu estar, e ao longo de muitas décadas, acima ou ao lado da tensão entre esquerda e direita.

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É uma concretização única de poder político.

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A família preenche o imaginário fertilizado por filmes da Disney e cenários idílicos de príncipes e princesas bondosos e cheios de compaixão pelo povo.

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Um homem [Harry] que sempre foi sustentado pela família corta relações com essa família, mas continua a obter rendimentos por fazer parte dela.

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Não trabalha como as outras pessoas têm de fazer. Conta coisas.

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Há claramente alguma coisa que não está bem.

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Não se vislumbra nenhuma boa razão para importarmos este enredo e para o elevarmos ao nível da mais destacada atualidade internacional.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

O evangelismo terrorista passou das palavras aos actos e reacende o debate sobre se estes grupos e seitas podem ou não ser considerados como organizações terroristas e criminosas.

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A seriação de imbecis ganhou um novo alento na tarde de domingo [no Brasil]

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Os "teóricos das equivalências" entre Lula e Bolsonaro, aqueles que eram incapazes de escolher (e tantos foram em Portugal), podem agora comparar o incomparável.

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A incapacidade do sistema judicial e político norte-americano em trazer Donald Trump à justiça na sequência da instigação e responsabilidade pessoal no assalto ao Capitólio é causa maior para a tentação das réplicas.

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Para além da punição pela lei, é nevrálgico investigar, identificar e desmantelar a teia de conivências que permitiram o financiamento golpista. 

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O discurso de Lula em plena execução do golpe de Estado, sério, firme e comprometido com a defesa da democracia, foi criticado por muitos "colaboracionistas" das equivalências, responsáveis pelo branqueamento da perigosidade da extrema-direita.

Miguel Guedes, JN


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