sábado, 14 de janeiro de 2023

MAIS CITAÇÕES (215)

 
Para os “brasileiros de bem”, os resultados eleitorais não contam se não confirmam a vontade dos brasileiros que contam.

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Assim como a lei não conta, porque eles são a lei que conta.

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A forma como filmaram tudo demonstra o sentimento de arrogante impunidade.

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Os verdadeiros desesperados no pobre Brasil não podem passar meses acampados em frente a quartéis ou fazer excursões para Brasília. 

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Não são alienados.

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Passam horas enfiados em grupos de desinformação e acreditam em coisas incríveis, exacerbadas pelo fanatismo religioso.

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Não perderam a noção do certo e do errado. 

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Apenas não acham que o certo e o errado se lhes aplique.

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O plano é decalcado do Capitólio, seguindo o manual de Steve Bannon.

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[Nasceu] do financiamento de parte da elite económica brasileira, com especial atenção para o agronegócio. 

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O ataque aos símbolos da democracia, com cumplicidade da polícia ao mais alto nível e das autoridades locais, deixando claro o projeto antidemocrático destes movimentos.

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Não devemos ignorar os sinais dados por quem segue o mesmo manual.

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O fenómeno do movimento de subversão da democracia, com vista a criar o caos para impor uma nova ordem, atravessa o Ocidente.

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Ventura mostrou que não se distancia do bolsonarismo, apenas não quis ficar demasiado colado às imagens de vandalismo.

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Lula perdeu três eleições e aceitou sempre os resultados.

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Dilma foi inconstitucionalmente afastada da presidência e não deu espaço a reações violentas.

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[O problema da extrema-direita ] é o seu projeto de subversão criminosa do Estado de direito e de destruição da democracia, impondo o caos minando-a por dentro.

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[Muitos] não se estarão a aperceber de que esta pressão desfoca Lula da sua política económica e social, única que pode unir a maioria dos brasileiros, como aconteceu no seu primeiro mandato.

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[Trata-se de] um projeto político de perfil criminoso.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A maioria daqueles que ajudam a fazer crescer a vaga populista que politicamente desagua na extrema-direita radical jura a pés juntos não ser populista e nada ter que ver com os partidos que se alimentam desse populismo, como o Chega.

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Nestes dias, o primeiro desses reforçadores do populismo tem sido o Governo.

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Tenta explicar-se e o cheiro a fraqueza, nuns casos, cobardia, nos outros, atrai os predadores.

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O rastro que deixa é o pasto para o populismo.

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Existem fornecedores do alimento populista, cuja vida é facilitada pelo Governo, mas que mesmo assim ajudam a fermentar a podridão de que se alimenta o populismo.

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É uma guerra que não faz eleitores para o PSD, mas para o Chega e, com esses eleitores do Chega, pretendem pôr ordem no PSD.

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[O objetivo é] mesmo pôr um PSD fragilizado no poder.

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O problema, correctamente diagnosticado pela direita radical, está na margem de manobra que tem o Governo com a sua maioria absoluta, e com a grande distância do PS de uma oposição dividida e longe do poder.

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Mesmo que António Costa diga que não perde um minuto com os “casos e casinhos”, é mais que óbvio que perde mesmo muitas horas.

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[No orgasmo matinal da Rádio Observador] há apenas uma constante que nada tem que ver com escrutínio, mas com o uso político da má-fé. Não é jornalismo, é propaganda política.

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E há também um grande silêncio sobre os interesses privados, quer na TAP, quer na crise hospitalar, quer no comportamento dos senhorios, quer no contraste entre os baixos salários e os lucros, quer em toda a agenda económica e social do tipo da IL.

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Há um outro efeito perverso, que é deixar para o populismo a tarefa de erodir o Governo e manter o PSD capturado, impedindo uma crítica séria e reformista da governação.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Diante de uma nação vergada por greves em catadupa (…), chega agora a resposta do Governo de Sua Majestade.

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Desenganem-se, no entanto, se pensam ser a mesma baseada na negociação ou ingénua entreajuda.

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Não, e muito antes pelo contrário, ou não estivesse o Parlamento a legislar a obrigatoriedade de serviços mínimos (…), sob pena de despedimento por justa causa para quem não cumpra o determinado.

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A isto, juntamos o direito da entidade patronal de processar os sindicatos que não cumpram a lei.

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Ou seja, o mundo de pernas para o ar e o patronato com a faca e o queijo na mão.

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E assim será quando a perda do vínculo laboral é a espada de Dâmocles por cima das nossas cabeças.

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Em nome da economia, pois claro, mas a economia de poucos em detrimento de todos os outros e todos os outros somos nós.

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No eterno jogo da corda e depois de mais de um século de direitos humanos (…) eis que chega a resposta e a resposta começa pela escravatura laboral.

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Sem o poder da greve, qual a força dos trabalhadores diante de um patronato parcial, injusto, impiedoso? 

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E não, ninguém quer fazer greve pelo simples prazer de fazer greve. Mas todos queremos melhores condições de vida.

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O braço está estendido e a porta escancarada e se não nos apertarem a mão temos sempre a rua à espera.

João André Costa, “Público” (sem link)

 

O escrutínio e a exigência de princípios éticos não podem ser barrados na porta das empresas ou de organizações não públicas.

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[Esta semana, o Primeiro-ministro] colocou parâmetros errados para avaliar as práticas da Administração da TAP. 

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A riqueza privada - na forma como é adquirida e na utilização que dela é feita - não é uma questão que diga respeito apenas a quem a detém. É assunto que convoca, sempre, exame em toda a sociedade.

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Sempre que é necessário aciona mecanismos de proteção de quem está fragilizado e castiga quem abusa do poder. Só a riqueza material é um exclusivo total de quem a detém?

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Quando a qualidade do emprego é baixa e obriga os jovens a emigrar, não é todo o país a perder?

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Têm os gestores de "elevado mérito" o direito de se autorremunerarem, principescamente?

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Os portugueses têm de travar todos os abusos: na esfera pública, como na privada.

Carvalho da Silva, JN


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