sábado, 3 de junho de 2023

MAIS CITAÇÕES (235)


 A tese que se vende no mercado negro — no regular não há acusação — é que existiu um acordo entre PS e PSD de Lisboa para que os socialistas apresentassem candidatos “merdosos” nas freguesias social-democratas.

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Só posso olhar para os factos políticos e estranhar. 

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O negócio, se existiu, foi mau para o PSD, que passou de cinco para quatro juntas. 

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Até o Ministério Público apresentar uma acusação ou constituir arguidos, não há razão para os partidos reagirem. 

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O problema do PS, em casos como estes, é a bússola perdida de António Costa.

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Quem chamou ladrão a Frederico Pinheiro, mas exigiu respeito pelo tempo da Justiça com Fernando Medina.

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Quem aceitou a demissão de Marta Temido por causa da morte de uma grávida que não se deveu a falhas do SNS e recusou a de João Galamba não sabe com que critérios se cose.

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Quando passámos as últimas semanas a falar do uso irregular do SIS, é extraordinária a bonomia com que se aceita a transcrição na imprensa de escutas a pessoas que nem são arguidas.

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Quando a pesca por arrasto não traz o peixe graúdo que se esperava opta-se por vender o que veio na rede, mesmo que seja em forma de insinuação.

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Pelo menos num dos episódios da novela, os testemunhos dos envolvidos surgiram ao molho, como desmentidos não justificados, apresentados pelo pivô depois da peça.

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[Investigar] é cruzar fontes para construir uma história baseada em factos confirmados pela investigação jornalística. 

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Há um acordo entre boa parte da comunicação social e do poder judicial, sobretudo o Ministério Público: uns desistiram de investigar, outros desistiram de julgar. 

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Trocando de lugar, magistrados investigam para jornalistas, recolhendo material que eles nunca poderiam obter legalmente.

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Jornalistas condenam para magistrados, sem precisarem da mesma exigência de prova.

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Destruindo pessoas a quem é vedado o direito de defesa e criando um ambiente de frustração, quando tanto foguetório acaba em nada, esta perversa cooperação mina de forma persistente e sistemática o Estado de Direito. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Considerar todos os regimes políticos dos países que compõem [a UE] como democráticos é sujeitar o conceito democracia a um contorcionismo impossível.

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O federalismo (…) só se concretiza nas áreas que cavam desigualdades: as políticas monetárias na Zona Euro e a financeirização da economia.

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Temos uma UE com profundas dependências em múltiplos campos.

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Dois outros carunchos vão-na moendo. Primeiro, a sua subordinação à potência EUA.

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Segundo, os processos políticos internos na UE têm-se consubstanciado no reforço de forças da extrema-direita.

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Elas não olham a guerra como um perigo, mas sim como uma oportunidade.

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Quando hoje vemos líderes europeus invocarem crises ou situações de emergência para as pôr em causa [a paz e o Estado Social], isso indica que a penetração da extrema-direita na estrutura e agenda da UE já é muito profunda.

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A tensão entre sérvios e kosovares agudizou-se e surge um caldeirão passível de explodir com estilhaços no Leste europeu e na sensível região dos Balcãs. 

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Talvez os governantes da UE devessem ir mostrando aos cidadãos as penalizações a que os poderão estar a sujeitar com algumas decisões que tomam.

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A Turquia, embora sendo membro da NATO, tem voz e estratégia próprias, é um ator no jogo da geopolítica.

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[Os países da Península Ibérica deviam proporcionar] muito melhores respostas aos problemas concretos das pessoas e uma forte determinação no combate à extrema-direita.

Carvalho da Silva, JN

 

O português tem as palavras suficientes, claras, claríssimas: nunca, jamais, em tempo algum.

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A razão é também muito simples, a actual direcção do PSD não quer impedir a possibilidade de um entendimento com o Chega para garantir um Governo PSD, com uma frase taxativa.

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É também pelos rodeios que percebemos que essa hipótese está mais que presente na cabeça dos actuais dirigentes do PSD.

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Mais sabem que, no modo como as coisas estão, os eleitos do Chega vão ser suficientes.

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Tudo será feito em nome do “anti-socialismo”, princípio que, para um PSD muito radicalizado à direita, se considera permitir e valer tudo.

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Pouco lhes importa a perda de qualquer honra passada, ou coerência política e ideológica, pelo apoio venenoso do Chega.

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E o Chega sabe que pode esperar sentado que o PSD ir-lhe-á pedir qualquer esmola.

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Espero que tenham vergonha e não venham com o nome de Sá Carneiro, que era de uma grande consistência política.

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[Sá Carneiro] sempre colocou [o partido] ao centro, entre o centro-esquerda e o centro-direita.

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Qualquer ambiguidade com o Chega, como as que teve Rui Rio e tem agora Montenegro, muda o carácter do PSD, que é isso que Sá Carneiro perceberia com uma linear clareza.

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A falta das palavrinhas – nunca, jamais, em tempo algum – deixa o PSD bem dentro desse lugar infecto, de onde não se sai incólume, nem limpo.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Os protestos de 2019 foram reprimidos com violência e prisão pela China e levaram à imposição de uma lei de segurança nacional que fez desaparecer qualquer veleidade de democracia no território.

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Hong Kong está mais amordaçada, em actos e pensamentos, com as autoridades a sujeitar tudo e todos a um controlo ideológico apertado

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No sábado, um dos maiores grupos pró-democráticos, o Partido Cívico, que chegou a ser o segundo maior partido da oposição no conselho legislativo de Hong Kong, anunciou a sua dissolução depois de vários dos seus dirigentes terem sido presos ou partido para o exílio.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

O luxo, e aquilo que algumas pessoas podem ter e outras não, relaciona-se de facto com o dinheiro, porém, de igual forma, com valores.

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Uma coisa é certa, a convicção, a modelagem e a coerência dos pais contribuem para o sucesso de uma parentalidade baseada em valores.

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A preparação da criança pelos pais e a criação de valores claros desde cedo fará a diferença no seu ajustamento à situação.

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A ideia é ensinar as crianças a serem gratas pelo que têm, de modo a usufruírem de uma vida gratificante, sem estarem presas somente ao material.

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Educar uma criança a acreditar que terá sempre o que quer e o que há de melhor é um convite ao fracasso, sobretudo o dela, sendo isto transversal nos bens materiais, nas relações, no emprego, etc..

Vera Ramalho, “Público” (sem link)


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