sábado, 19 de agosto de 2023

MAIS CITAÇÕES (245)

 
Como de costume, os trabalhadores são usados como escudo para defender interesses que lhes são alheios.

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A resistência é, antes de tudo, das indústrias poluentes, sobretudo dos produtores de energia fóssil, com um enorme poder junto de todos os governos. 

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Todos resistimos ao que nos prejudica, mas uns têm mais poder do que outros.

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Os trabalhadores que viram fechar a refinaria de Matosinhos para a Galp expandir a capacidade de Sines, mantendo o problema, não.

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Consideramos radicais os jovens que olham para cima, (…) e tentam chocar-nos para nos acordar.

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Depois de uma queixa de 16 jovens, um tribunal de Montana considerou que o governo estadual está a violar os seus direitos com políticas que proíbem o Estado de considerar os efeitos das alterações climáticas quando analisa projetos de extração.

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Não são mudanças individuais que determinarão o futuro do planeta.

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São decisões políticas que resultam das mensagens que enviamos aos nossos governantes.

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As mudanças que são necessárias põem em causa a forma como a economia global, as cidades e toda a nossa vida se organizam e nada é mais politicamente fraturante do que isso.

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Que temperaturas de 40°C são hoje comuns em regiões densamente povoadas da Ásia e do Sul da Europa e EUA.

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Que no quente Arizona morriam 16 pessoas por exposição ao calor nas décadas de 70 e 80 do século passado, 38 entre 1990 e 2015, 210 em 2020, e 257 em 2022.

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Continuamos como se nada fosse, acreditando numa ilusória adaptação.

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É atirarmos para o futuro o que já está a acontecer fazendo os mais velhos acreditarem que as alterações climáticas não são um problema seu, os políticos temerem decisões que salvarão quem ainda não vota e os populistas apostarem no egoísmo dos eleitores. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

O ano de 20220 foi marcado por uma sequencia de fenómenos meteorológicos extremos , originando uma evidente mudança na perceção da pessoas face às alterações climáticas.

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No verão de 2022, foram cerca de 62000 as mortes na Europa devido ao calor.

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Estes dias assistimos a uma imensa tragédia no Hawaii.

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Os oceanos atingiram a temperatura mais quente alguma vez registada, com implicações terríveis para a saúde do planeta.

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Os oceanos são um regulador climático vital.

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As águas mais quentes, têm menos capacidade para absorver dióxido de carbono, o que significa que permanecerá na atmosfera maior quantidade deste gás que aquece o planeta.

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Por outro lado também pode acelerar o degelo polar, levando ao aumento do nível médio das águas do mar.

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Os oceanos mais quentes e as ondas de calor perturbam as espécies marinhas.

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Os compromissos dos estados colocam o planeta perante uma trajetória de aquecimento de 2,5ºC até ao final do século, ou mesmo 2,8ºC se as políticas atuais continuarem.

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A transição ecológica apela a uma inexorável mudança de modelo económico.

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Lamentavelmente são muitas as contradições.

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A agencia internacional de energia anunciou em julho que o consumo global de carvão, a maior fonte de emissões, deve atingir um nível record este ano.

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A procura mundial de petróleo deverá atingir um novo pico em 2023.

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Os subsídios estatais aos combustíveis fósseis nunca foram tão elevados.

Helena Freitas, “Diário de Coimbra” (sem link)

 

O país tem mais 31 mil milionários que há dois anos e a riqueza dos muito ricos não para de aumentar.

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Os salários reais dos trabalhadores caíram em 2022. 

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O Governo prossegue a política financeira de “contas certas”, cega perante as necessidades de investimento estratégico dirigido à melhoria da vida das pessoas, e pouco justa.

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O bloqueio à possibilidade de um futuro melhor para grande parte dos portugueses e a persistência de desigualdades e pobreza assentam em desequilíbrios estruturais económicos e sociais profundos.

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Somos um país desindustrializado e em que, na distribuição funcional do rendimento, tem vindo a diminuir a parte que vai para os trabalhadores.

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As injustiças na distribuição da riqueza crescem à medida que o poder político e o económico enfraquecem as organizações dos trabalhadores, dos sindicatos. 

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Se a sua preocupação [do PSD] é verdadeira e procura folgas, porque não avança com o englobamento de rendimentos para efeitos de pagamento de IRS?

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Há alguma razão para manter as taxas máximas de rendimentos de capital e outros que não o trabalho com limites na casa dos 20%? Especular é mais digno que trabalhar?  

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É charlatanismo puro dizer que se descerem os impostos, “automaticamente aumentam os salários”.

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Os salários e o Estado social são estruturantes da distribuição da riqueza. 

Carvalho da Silva, JN

 

O “novo” Serviço Nacional de Saúde (SNS) que vem sendo apresentado, pretensamente plural, mas nunca antes tão centralista, vive mascarado pelo marketing propagandístico que substitui a publicidade informativa e o diálogo construtivo.

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O pacote de reformas anuncia fazer em apenas um ano o que não terá sido feito nos últimos 15.

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Este cardápio é oferecido em bandeja reluzente à bolha mediática que reproduz para o país a fórmula nortenha do paraíso que emana do providencial farol salvífico.

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Maternidades fechadas são agora maternidades encerradas (de forma programada). Carreiras paradas são agora carreiras em pausa (enquanto decorrem negociações). Listas de espera são agora listas de inscritos (com responsabilidades integradas).

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Quase parece que não há perguntas por responder, tamanho é o ensurdecedor consenso que é injectado nos canais mediáticos que reverberam os laudos ao paraíso de saúde em construção acelerada.

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Entretanto, no terreno das batalhas diárias, tantas vezes ganhas, os cidadãos continuarão a ser o desígnio constante de todos os que assumem sua e permanente a missão da saúde do outro.
Luís dos Santos Pinheiro, “Público” (sem link)


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