sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

CITAÇÕES

 
Tudo na polémica que a direita quis lançar sobre as ações dos CTT é artificial e absurdo.

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Agitou uma negociação entre o PS e os partidos da esquerda que nunca existiu.

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Procurou criar um anátema sobre qualquer intervenção pública numa empresa privatizada.

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A privatização, inscrita no memorando com a troika e concretizada pelo governo PSD-CDS em 2013 e 2014, foi uma desgraça sob todos os pontos de vista, exceto o dos acionistas que meteram dinheiro ao bolso.

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O argumento de que os privados iriam gerir melhor o serviço postal revelou-se uma fraude.

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A gestão privada significou encerramento de balcões, despedimento de trabalhadores, diminuição dos lucros (…) agravamento da desigualdade territorial, aumento dos preços e queda abrupta na qualidade do serviço

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À medida que se degradava o serviço, a empresa era saqueada, por via da venda de património e da descapitalização.

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Em 2017, [Francisco] Lacerda [diretor dos CTT] tinha um vencimento de 66 mil euros por mês, quase um milhão por ano. 

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Ventura, que tentou transformar a compra dos irrisórios 0,24% dos CTT num grande “escândalo nacional”, não diz nada sobre este escândalo verdadeiro que tem sido a gestão privada.

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Manuel Champalimaud, frequentador de jantares do Chega, foi um dos doadores do partido.

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Nos últimos dias, o líder do PS quis desdobrar-se em garantias de que “não vamos ter qualquer reversão de privatização no nosso programa eleitoral".

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O Estado alienou uma empresa lucrativa, que passou a prestar um serviço pior, mais caro, pondo em causa o interesse público e estratégico do país.

José Soeiro, “Expresso” online

 

Muitos viram na greve dos funcionários públicos (incluindo a polícia) uma oportunidade, e o caos instalou-se em Port Moresby [capital da Papuásia-Nova Guiné].

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Pilhagens, vandalismo, violência redundaram em pelo menos 16 mortos e na demissão de seis membros do Governo.

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Os acontecimentos (…) começaram por causa de dinheiro, 100 (23,80 euros) a 350 kinas (83,20), valores descontados no ordenado de funcionários públicos.

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O PIB do país cresceu 3% em 2023 e a previsão é para um crescimento de 5% em 2024.

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[Mas] o crescimento do PIB não se reflectiu no aumento da oferta de emprego num país onde dois terços da população continuam abaixo do limiar da pobreza.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Debaixo do chapéu-de-chuva de uma dita “emergência pública”, o partido de Milei [Presidente da Argentina], A Liberdade Avança, propõe um carro de combate de propostas que ameaça esmagar as liberdades civis e os direitos humanos nesse seu avanço.

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O Governo está em minoria no Congresso, mas apresentou o seu projecto com a garantia de que o seu conteúdo “não se negoceia”.

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[Para] uma organização de defesa dos direitos humanos, citada pelo diário Página/12, as novas medidas que o Governo pretende implementar servirão para, “de maneira explícita e sem ambiguidades”, legitimar “o gatilho fácil como política de Estado”.

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O feliz gatilho da ministra [Patricia Bullrich] será tudo menos ditoso, sobretudo para os mais pobres, aqueles que não são “pessoas de bem”, na denominação tão cara à extrema-direita.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

André Ventura fez saber que listas do Chega, nas próximas legislativas, vão incluir atuais e antigos deputados do PSD.

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Eventualmente os menos ingénuos tinham previsto isto.

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Pela qualidade dos atuais 12 deputados sabemos que o partido não tem grandes nomes em carteira.

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Diz-se que a ocasião faz o ladrão. Agora ficamos a saber que faz também o deputado do Chega.

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Revelando uma total ausência de princípios e escrúpulos [Políticos que ocuparam lugares de destaque em partidos democráticos] vão vestir a camisola de uma força política que tem um discurso racista e xenófobo.

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[É curioso que o Chega] sirva agora de porto de abrigo a esses mesmos, ou seja, aos políticos que apenas querem tachos e que não são íntegros.

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Tínhamos no coração dos partidos pessoas que não eram dignas da confiança política que os eleitores portugueses nelas depositaram.

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O que o Chega está a fazer representa um ataque à seriedade dos partidos à direita.

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A indignidade destes políticos é clamorosa.

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Tudo será feito com o maior descaramento e sem qualquer preocupação com os eleitores.

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Nem nos cenários mais delirantes alguém poderia conceber que deputados da nação assumissem comportamentos destes.

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Seria bom que na próxima legislatura fossem aprovadas leis para impedir que deputados possam mudar de partido sem cumprir um período de resguardo, que, neste caso, deve mesmo chamar-se “período de nojo”.

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Se o Chega continuar a crescer, todo o sistema democrático estará em perigo.

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O eleitorado português, ao contrário daquilo em que todos acreditávamos, não é nada imune ao discurso de timbre neofascista

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Para ajudar, destacados políticos da direita tradicional estão afinal prontos para aplicar um golpe aos seus partidos. Não me ocorre uma melhor definição de traição.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)

 

A divulgação do Relatório anual da “Human Rights Watch” diz muito sobre a incapacidade das lideranças globais assumirem medidas capazes para proteger os direitos humanos no ano que agora findou.

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Os princípios universais dos direitos humanos são cada vez mais um verbo de encher.

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O carácter doméstico das violações dos direitos humanos é uma das faces mais visíveis da passividade de toda a comunidade internacional. 

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Há um abismo de diferença que separa a aceitação da barbárie do respeito pelos costumes mas as grandes potências mundiais continuam a fazer questão de promover escolhas “à la carte”.

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[Um] pouco por todo o mundo, há povos que não são tidos nem achados à luz da promoção dos interesses selectivos da diplomacia internacional.

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Este será um ano particularmente exigente para o respeito pela diferença. 

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Aqueles migrantes que chegam à Europa para fazer o trabalho que nenhum europeu quer fazer, vivendo em condições que nenhum ser humano deveria considerar vida, não são os culpados pela nossa selectividade nada diplomática. 

Miguel Guedes, JN


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