Ao contrário do que o Ministro da Economia pretendeu fazer crer há poucos dias, os ataques de que é alvo não têm lugar por ele ser um ministro competente mas, exatamente pela circunstância contrária. Como diz o povo, Álvaro Santos Pereira não dá cravo com ferradura nas suas funções governamentais, ainda que tivesse sido muito brilhante como professor do ensino superior no Canadá. A prova evidente é que o Primeiro-Ministro tem vindo a esvaziar de responsabilidades o Ministério da Economia. O artigo de opinião seguinte que foi transcrito da edição de ontem do Diário de Coimbra, reconhece a fragilização política do ministro Álvaro e convida-o a regressar às suas funções académicas no Canadá.
Obviamente demita-se
Álvaro Santos Pereira é um ministro fraco! E politicamente fragilizado, pelos seus próprios parceiros de Governo e pelo próprio Primeiro-Ministro.
O Ministro da Economia e do Emprego é um homem esforçado e dedicado que, por vezes, consegue cativar pela simplicidade, autenticidade e ingenuidade que lhe parecem inatas. Mas, politicamente o fato de ministro não lhe assenta bem!
À paixão pela austeridade que o atual Governo demonstra, impunha-se uma política económica dinâmica e que nos permitisse ter um horizonte de crescimento sustentável. Mas para isso era necessário um Ministro da Economia forte, com peso próprio no Conselho de Ministros, respeitado pelas associações empresariais, pelos sindicatos e por todos os agentes económicos.
Ao contrário disso, temos um Ministro desrespeitado e desautorizado pelos seus colegas de governação e, sobretudo, pelo próprio Primeiro-Ministro que entregou responsabilidades sobre privatizações e parcerias público-privadas a António Borges, a política de internacionalização económica a Paulo Portas e o plano de dinamização do emprego jovem a Miguel Relvas.
Na recente saída do Governo do Secretário de Estado da Energia e na sua substituição, Álvaro Santos Pereira, que tutela a área, pareceu sempre à margem do assunto, tal como fica a sensação de ter cedido aos interesses privados dos operadores energéticos com a EDP à cabeça.
Como se não bastasse, o papel principal que foi entregue ao ministro das Finanças na gestão do QREN deveria ter sido a “gota de água”. Para além do tremendo erro político que esta decisão confere – o QREN é, ou deve ser, sobretudo, um instrumento económico ao serviço das empresas e dos mais diversos atores económicos e científicos, e nunca um instrumento financeiro ao serviço das finanças públicas – ela transmite a total desresponsabilização do Ministro da Economia e o total esvaziamento da sua função.
Álvaro Santos Pereira é ainda vítima de outro enorme erro do atual Governo e do Primeiro-Ministro: o tal “super ministério”. Passos Coelho anunciou fusões entre ministérios como forma de cortar despesa. Pura demagogia política! Ao criar “super ministérios” o Primeiro-Ministro criou antes “super monstros” que se tornaram impossíveis de gerir politicamente. No caso, temos um “Super Ministro” da Economia, do Emprego, dos Transportes, das Telecomunicações, das Obras Públicas, do Turismo, da Energia e sabe-se lá mais o quê!
Com as exigências atuais, é impossível governar bem tantas pastas e tão importantes e, ao contrário da mensagem que se pretendeu passar que se pouparia dinheiro com a junção de ministérios, os prejuízos que daqui decorrem são enormes para o país.
Com isto, Álvaro Santos Pereira, não tem condições políticas para governar. Resta-lhe demitir-se e regressar ao ensino superior no Canadá, função para a qual, seguramente, estará muito mais vocacionado! (Pedro Coimbra)
Obviamente demita-se
Álvaro Santos Pereira é um ministro fraco! E politicamente fragilizado, pelos seus próprios parceiros de Governo e pelo próprio Primeiro-Ministro.
O Ministro da Economia e do Emprego é um homem esforçado e dedicado que, por vezes, consegue cativar pela simplicidade, autenticidade e ingenuidade que lhe parecem inatas. Mas, politicamente o fato de ministro não lhe assenta bem!
À paixão pela austeridade que o atual Governo demonstra, impunha-se uma política económica dinâmica e que nos permitisse ter um horizonte de crescimento sustentável. Mas para isso era necessário um Ministro da Economia forte, com peso próprio no Conselho de Ministros, respeitado pelas associações empresariais, pelos sindicatos e por todos os agentes económicos.
Ao contrário disso, temos um Ministro desrespeitado e desautorizado pelos seus colegas de governação e, sobretudo, pelo próprio Primeiro-Ministro que entregou responsabilidades sobre privatizações e parcerias público-privadas a António Borges, a política de internacionalização económica a Paulo Portas e o plano de dinamização do emprego jovem a Miguel Relvas.
Na recente saída do Governo do Secretário de Estado da Energia e na sua substituição, Álvaro Santos Pereira, que tutela a área, pareceu sempre à margem do assunto, tal como fica a sensação de ter cedido aos interesses privados dos operadores energéticos com a EDP à cabeça.
Como se não bastasse, o papel principal que foi entregue ao ministro das Finanças na gestão do QREN deveria ter sido a “gota de água”. Para além do tremendo erro político que esta decisão confere – o QREN é, ou deve ser, sobretudo, um instrumento económico ao serviço das empresas e dos mais diversos atores económicos e científicos, e nunca um instrumento financeiro ao serviço das finanças públicas – ela transmite a total desresponsabilização do Ministro da Economia e o total esvaziamento da sua função.
Álvaro Santos Pereira é ainda vítima de outro enorme erro do atual Governo e do Primeiro-Ministro: o tal “super ministério”. Passos Coelho anunciou fusões entre ministérios como forma de cortar despesa. Pura demagogia política! Ao criar “super ministérios” o Primeiro-Ministro criou antes “super monstros” que se tornaram impossíveis de gerir politicamente. No caso, temos um “Super Ministro” da Economia, do Emprego, dos Transportes, das Telecomunicações, das Obras Públicas, do Turismo, da Energia e sabe-se lá mais o quê!
Com as exigências atuais, é impossível governar bem tantas pastas e tão importantes e, ao contrário da mensagem que se pretendeu passar que se pouparia dinheiro com a junção de ministérios, os prejuízos que daqui decorrem são enormes para o país.
Com isto, Álvaro Santos Pereira, não tem condições políticas para governar. Resta-lhe demitir-se e regressar ao ensino superior no Canadá, função para a qual, seguramente, estará muito mais vocacionado! (Pedro Coimbra)
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