No tempo que agora vivemos em que assumir a luta pela democracia é uma atitude radical, é bom recordarmos todas as datas da nossa história recente que constituem marcos importantes dessa luta.
17 de Abril de 1969 é uma dessas datas que é bom trazermos à memória quando a nossa democracia volta a estar em perigo, numa situação (em alguns aspectos) mais difícil de combater do que aquela que se vivia em Portugal no final dos anos 60 do século XX.
Tudo começou, faz hoje 44 anos, aquando da inauguração do novo edifício do departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, com a presença de Américo Tomás, último Presidente da República do tempo da ditadura salazarista.
O então presidente da Associação Académica de Coimbra, Alberto Martins (actual deputado do PS pelo Porto e ex-ministro da Justiça e da Reforma Administrativa) pediu a palavra para intervir em nome dos estudantes, durante a cerimónia o que lhe foi recusado, tendo mesmo sido detido, ainda nessa noite. Acendeu-se aqui o rastilho que fez detonar uma revolta estudantil que colocou em cheque o regime. Como represália, muitos estudantes foram de imediato incorporados nas forças armadas e enviados para as principais frentes de combate da guerra colonial.
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