Curiosamente, o título de um texto que se pode ler hoje no Público online, sobre o processo autárquico em
Portimão, onde se afirma que o PS “procura baralhar e dar de novo para
continuar no poder” é o que melhor se coaduna com a tática eleitoral que os “socialistas”
sempre aqui mantiveram, diga-se que com bons resultados, no sentido de
conservarem o domínio absoluto no campo autárquico, há 37 anos, qualquer que
fosse a sua forma de actuar.
Em Portimão, o dinossauro
não é presidente mas o partido. A tática óbvia que foi usada consistiu em ir
substituindo cada presidente que aparecia “queimado” perante a opinião pública
por outro que voltasse a “baralhar e dar de novo” como se nada tivesse sucedido
antes. Tudo isto foi acontecendo com a complacência, para não dizer
colaboração, do principal partido da oposição, o PSD que sempre apresentou
candidatos perdedores como que para deixar ao PS a porta do poder escancarada. Em
2009 assim aconteceu e em 2013 tudo vai continuar na mesma, numa espécie de
acordo tácito.
No quadriénio que agora
termina, a única oposição ao PS no conselho de Portimão veio da parte do Bloco
de Esquerda que não regateou esforços para combater o situacionismo vigente que
tão maus resultados trouxe, como está bem à vista. A maioria absoluta que os
eleitores concederam ao PS foi um cheque em branco usado contra os interesses
da população portimonense. Vamos ter esperança de que, desta vez, o poder e a
magia do Photoshop aplicados às imagens dos candidatos “socialistas” que já
começaram a ser espalhadas pelo concelho não consigam enganar, de novo, os
eleitores.
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