terça-feira, 20 de agosto de 2013

A TÁTICA É BARALHAR OS ELEITORES

 

Curiosamente, o título de um texto que se pode ler hoje no Público online, sobre o processo autárquico em Portimão, onde se afirma que o PS “procura baralhar e dar de novo para continuar no poder” é o que melhor se coaduna com a tática eleitoral que os “socialistas” sempre aqui mantiveram, diga-se que com bons resultados, no sentido de conservarem o domínio absoluto no campo autárquico, há 37 anos, qualquer que fosse a sua forma de actuar.
Em Portimão, o dinossauro não é presidente mas o partido. A tática óbvia que foi usada consistiu em ir substituindo cada presidente que aparecia “queimado” perante a opinião pública por outro que voltasse a “baralhar e dar de novo” como se nada tivesse sucedido antes. Tudo isto foi acontecendo com a complacência, para não dizer colaboração, do principal partido da oposição, o PSD que sempre apresentou candidatos perdedores como que para deixar ao PS a porta do poder escancarada. Em 2009 assim aconteceu e em 2013 tudo vai continuar na mesma, numa espécie de acordo tácito.
No quadriénio que agora termina, a única oposição ao PS no conselho de Portimão veio da parte do Bloco de Esquerda que não regateou esforços para combater o situacionismo vigente que tão maus resultados trouxe, como está bem à vista. A maioria absoluta que os eleitores concederam ao PS foi um cheque em branco usado contra os interesses da população portimonense. Vamos ter esperança de que, desta vez, o poder e a magia do Photoshop aplicados às imagens dos candidatos “socialistas” que já começaram a ser espalhadas pelo concelho não consigam enganar, de novo, os eleitores. 

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