terça-feira, 6 de agosto de 2013

FMI “À ESQUERDA” DE HOLANDE


No relatório ontem publicado, a conhecida organização esquerdista radical que dá pelo nome de Fundo Monetário Internacional (FMI) – um dos membros da troika – cuja sede se encontra nos Estados Unidos da América (EUA), aconselhou o presidente francês, o “socialista” Francois Holande, a moderar as medidas de consolidação orçamental que quer implementar no seu país assim como as consequentes políticas de austeridade que as acompanham. Ninguém poderia imaginar que isto viria acontecer depois de 15 meses de governo de um presidente nominalmente de esquerda que liderou uma campanha exactamente anti-austeridade.

Sem pretendermos branquear a ideologia que norteia o FMI, a verdade é que o relatório atrás referido vem demonstrar, acima de tudo, que, também em França, o radicalismo neoliberal domina nas políticas levadas a cabo por um governo “socialista”. Por assim dizer, usando uma linguagem mais simples, o FMI propõe medidas “à esquerda” de um governo dito de esquerda, para que se reduza o desemprego. Parece contraditório, mas, infelizmente é esta a realidade em França e pode ser a que nos espera se os portugueses continuarem a confiar o seu voto maioritário aos três partidos do chamado arco do poder. O PS – leia-se Partido de Seguro – que agora aparece formalmente contra a austeridade imposta por Passos/Portas não irá governar de forma muito diferente da da actual sinistra dupla.

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