Há 18 escolas que nos últimos cinco anos
letivos se repetem entre as mais 'benevolentes' com os alunos. Isto no sentido
em que nestes estabelecimentos de ensino as notas internas — dadas pelos
professores — afastam-se sistematicamente mais dos resultados que os mesmos
estudantes obtêm nos exames nacionais. Neste grupo, encontram-se sobretudo
estabelecimentos privados, da área metropolitana do Porto, em concelhos como
Porto, Braga e Gondomar. Outra característica que os une é o facto de, na
maioria dos casos, se destacarem nos rankings. Ou seja, as notas que os seus
estudantes tiram nos exames do secundário são das mais altas do país. A questão
é que, comparando com os colegas de outras escolas que tiveram as mesmas
classificações nas provas nacionais, as suas notas internas são superiores.
Noutra tabela, estão as escolas que colocam
uma grande exigência na avaliação dos seus alunos e em que estes acabam por
sair-se melhor nos exames. É dominada por escolas públicas, mas há também dois
colégios onde tal acontece.
Olhando para estas duas tabelas, há uma
comparação inevitável que salta imediatamente à vista: as escolas que mais
inflacionam as notas são as privadas e as mais exigentes são as públicas. A
partir daqui há uma forçosa conclusão a que se tem de chegar: os alunos mais
bem preparados saem maioritariamente das escolas públicas ainda que com notas
mais baixas do que nas privadas.
Em termos de acesso ao ensino superior, os
alunos das escolas públicas estão, à partida, em desvantagem.
Informação recolhida no “Expresso”

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