domingo, 5 de maio de 2019

O PROBLEMA DA INFLAÇÃO DAS NOTAS



Há 18 escolas que nos últimos cinco anos letivos se repetem entre as mais 'benevolentes' com os alunos. Isto no sentido em que nestes estabelecimentos de ensino as notas internas — dadas pelos professores — afastam-se sistematicamente mais dos resultados que os mesmos estudantes obtêm nos exames nacionais. Neste grupo, encontram-se sobretudo estabelecimentos privados, da área metropolitana do Porto, em concelhos como Porto, Braga e Gondomar. Outra característica que os une é o facto de, na maioria dos casos, se destacarem nos rankings. Ou seja, as notas que os seus estudantes tiram nos exames do secundário são das mais altas do país. A questão é que, comparando com os colegas de outras escolas que tiveram as mesmas classificações nas provas nacionais, as suas notas internas são superiores.
Noutra tabela, estão as escolas que colocam uma grande exigência na avaliação dos seus alunos e em que estes acabam por sair-se melhor nos exames. É dominada por escolas públicas, mas há também dois colégios onde tal acontece.
Olhando para estas duas tabelas, há uma comparação inevitável que salta imediatamente à vista: as escolas que mais inflacionam as notas são as privadas e as mais exigentes são as públicas. A partir daqui há uma forçosa conclusão a que se tem de chegar: os alunos mais bem preparados saem maioritariamente das escolas públicas ainda que com notas mais baixas do que nas privadas.
Em termos de acesso ao ensino superior, os alunos das escolas públicas estão, à partida, em desvantagem.
Informação recolhida no “Expresso”

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