sábado, 8 de junho de 2019

CITAÇÕES


Onde o exercício cumulativo de um cargo político ou alto cargo público e a docência universitária era limitado à docência pro bono passou a admitir-se a acumulação com a docência remunerada. Ou seja, um regime de privilégio sem qualquer justificação.

A principal fonte do populismo em Portugal é a corrupção.
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A democracia tem costas largas em matéria de corrupção, os partidos, pelo contrário tem costas pequenas, pequeníssimas.
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[Para além da presunção de inocência] o que já se sabe e não é negado pelos próprios, chega para se tirar uma conclusão bastante sólida sobre a existência de uma ecologia de corrupção, desde os partidos ao topo do estado.
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Na verdade, as democracias tornam a corrupção muito mais visível do que as ditaduras, mas as ditaduras são muito mais corruptas, até pela impunidade que dão à corrupção.
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Uma das razões pelas quais o problema da corrupção é estrutural é porque ela associa-se ao exercício do poder e da autoridade política.
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Os partidos políticos de poder em Portugal não têm nenhuma cultura interior anti-corrupção, bem pelo contrário.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

A memória da luta do Dr. António Arnaut será respeitada se: 1) A Lei de Bases da Saúde, que em breve irá ser votada na AR, consignar a inequívoca distinção entre o que é público e o que é privado; 2) As verbas do Orçamento do Estado forem essencialmente utilizadas para o reforço do SNS; 3) O Estado assumir a gestão do serviço público de saúde, sem pôr em causa a legitimidade da iniciativa privada; 4) For garantida a universalidade do SNS, bem como a sua total cobertura nacional, como factor de coesão social.
Maria do Rosário Gama, “Público” (sem link)

Que eu saiba, na democracia as regras são ditadas pelas pessoas e só elas definem o prazo de validade de qualquer lei.
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Duas décadas depois da criação da lei de PSD e CDS que abria o SNS à rapina dos privados, era novamente o PS que estava no governo e continuou sem se preocupar se a lei estava moribunda ou não.
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Quem determinou expirado o tempo da LBS da direita foram António Arnaut e João Semedo, construindo o projeto que o Bloco de Esquerda cunhou no Parlamento.
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Diz António Costa que as PPP significam apenas 4% dos gastos em saúde, o que torna ainda mais incompreensível a sua posição.
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Mesmo o Estado recorre a privados para um conjunto de serviços imprescindíveis que contratualiza, garantindo o acesso a todos os cuidados mesmo quando não os consegue assegurar.
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As PPP tiveram de falsear indicadores para empatarem na avaliação com a gestão pública, se não o tivessem feito ficariam claramente atrás.
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Dar mais tempo à lei (de Bases da Saúde) atual e a estes abusos será a responsabilidade do PS e de António Costa.
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Não há desculpas para quem não tiver a coragem de salvar o SNS do negócio dos privados.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Os portugueses que adoecem e são depositados em refeitórios em vez de uma enfermaria sentirão o quão mal vai a sua vida e como o passo é bem menor que a perna.
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Quem precisar de uma certidão de registo criminal e tem de passar 12 horas ou mais numa fila, perdendo um dia de trabalho, nunca admitirá que o seu passo seja maior que a perna.
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E os que querem chegar por via-férrea a Lisboa ou outras grandes cidades agoniam em carruagens superlotadas e gastas de tantos anos, iniciando e terminando o dia de trabalho em estado de grande inquietação.
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Há distritos em que os cidadãos, para terem acesso à Justiça, têm de fazer 50 ou mais quilómetros e caso não tenham viatura própria terão de ir de véspera em transportes rodoviários... e dormirão onde?
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É esta a triste realidade de um país cujo governo PSD/CDS privatizou a ação executiva e este Governo não reverteu a situação.
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Como pode o ministro Centeno falar de passo maior que a perna se o ministério que tutela corta as pernas aos portugueses no sentido de que em 2019 os direitos sociais mínimos dos portugueses não são em grande medida respeitados?
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

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