Ouvir Carlos César invetivar sobre o
abismo da bancarrota se as taxas moderadoras forem reduzidas, assegurando que o
país ficará “com uma mão à frente e outra atrás” seria cómico se não fosse
tremendismo algo ingénuo.
(…)
O PS quer ocupar o espaço do PSD por
achar que é a derradeira porta por onde pode entrar a maioria absoluta.
(…)
O PS entrará na campanha eleitoral
orgulhosamente instalado na colina da direita.
(…)
A evidência é categórica: nos quatro
anos que agora terminam, foi difícil o que estava escrito mas impossível o que
não estava no papel.
(…)
Se para alguma coisa serve a discussão
das leis da saúde, é para mostrar que o trabalho de casa tem de ser feito.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
César é um político com longo passado
mas progressivamente identificado como peixe de águas profundas do centrão
político e dos interesses.
(…)
E tal como fez a
Direita através de Passos, Portas e suas comanditas, Carlos César convocará
todos os diabos imaginários para os associar a propostas de reforma dos
partidos à sua esquerda.
(…)
César mostra quão
importante será a Esquerda obter maioria e continuar a existir a necessidade de
diálogo e um constante concertar de posições entre as suas diversas forças
antes das decisões.
(…)
Entre tudo o que correu
bem nesta legislatura destaca-se o facto de os partidos à esquerda do PS terem
evoluído muito da crítica para a construção de soluções, sem abandonar a
crítica.
(…)
Quanto ao futuro, evitemos
dar [ao PS] o poder absoluto a que aspira porque, a bem da democracia, é
preferível que o poder seja partilhado.
O silêncio ou apoio [do
PCP] a regimes opressivos de extrema-esquerda será o que mais repulsa causa,
estando muito além do que pode ser uma ideologia e colocando-se como uma muito
duvidosa questão de cariz moral.
(…)
[Marisa Matias é] uma das
pessoas mais bem preparadas da nossa política, capaz de se manter informada e
elegante quando a desvalorizam, sobretudo, por ser mulher.
(…)
[Marisa Matias] pode não
estar num partido de grandes maiorias mas a sua lisura moral não lhe permite
desprestigiar o eleitorado baixando os braços.
(…)
Noto, mais uma vez, o
atabalhoado do PCP ao fugir à assunção e à explicação cristalina do seu veto [contra
Marisa Matias].
O PS, partido-charneira,
pode também voltar a ser o partido incoligável, condenado a uma negociação à
vista, umas vezes à sua direita, outras à sua esquerda.
Pedro
Adão e Silva, “Expresso” (sem
link)
Depois de passar os anos
da troika a sublinhar irracionalidade económica da austeridade não nos tentem
vender o mesmo discurso quando se fala da urgente recuperação das funções do
Estado.
(…)
Sem o contrapeso de
esquerda que permitiu a Costa ser primeiro-ministro, sabemos o que teria sido a
governação do PS.
(…)
O discurso de Carlos César
teve a amabilidade de nos recordar o que era a arrogância socrática.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem
link)
O combate às alterações
climáticas é uma batalha planetária e infelizmente G20 reúne-se para falar de
comércio e de conflitos, deixando o ambiente para rodapés.
(…)
Se tratarmos a questão
climática como risco futuro que a ciência e a tecnologia hão de resolver não saberemos
sequer olhar para o termómetro.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário