[A densidade da rede facebook] acaba por
impô-la como um substituto de outros modos de relacionamento social.
(…)
As redes sociais constituem um universo
paralelo, que domina a atenção e conforma o modo de vida de muitas pessoas.
(…)
O controlo das redes sociais é por isso
um imenso poder de mercado e de influência.
(…)
Quanto mais gente envolve e quanto mais
iterações gera, maior a capacidade do Facebook de controlar este mundo.
(…)
Esta ideia de privatizar a emissão
monetária e dar a empresas o controlo de sistemas de pagamentos tem crescido (…)
mas agora é a maior rede [social] do mundo que quer este poder.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Sabemos que a história
elege sempre os seus vencedores, mas também sabemos dos impactos que cada
leitura histórica tem na perceção global
(…)
Também nesta semana, uma
dupla de advogados entregou uma queixa no Tribunal Penal Internacional tendo em
vista a acusaçãp da União Europeia e dos Estados membros pela morte de milhares
de pessoas no Mediterrâneo.
(…)
Daqui a 75 anos haverá uma
história de desembarques impedidos no presente. Só não sei se deste lado se
poderá contar uma história de vencedores.
A política das
"contas certas", tão gabada pelo Governo, tem conduzido ao apertar
dos cordões à bolsa muito para lá do que seria necessário para manter a dívida
pública controlada e, sobretudo, do que seria preciso para recuperar a
capacidade do Estado, profundamente delapidada entre 2010 e 2015.
(…)
Estas políticas [das “contas
certas”] têm um custo - o subinvestimento - que está a manifestar-se em áreas
sensíveis.
(…)
Um Governo que se diz de
Esquerda converteu-se àquelas "contas certas" que afetam muito as
nossas vidas, enquanto a Direita, aparentemente, virou "despesista" e
clama contra a degradação dos serviços públicos.
(…)
É fácil perceber o que a
Direita quer: degradar a capacidade de resposta dos serviços públicos em todas
as áreas possíveis, para os substituir por serviços privados pagos com recursos
públicos.
(…)
O Governo, quando sobrepõe
aquelas "contas certas" à recuperação dos serviços públicos, está a
contribuir para a realização do que a Direita verdadeiramente quer.
O que continua a surpreender é porque
motivo, a meses de legislativas, o PSD fala de compromissos com o Governo,
sugere reformas de regime que mais parecem geradas em comentários no Facebook.
(…)
Se Rio insistir nas propostas insólitas
e em tiradas pitorescas e desconcertantes, depois de outubro estaremos face a
um problema de regime.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
É uma seca, mas a política ambiental é
mesmo política.
(…)
É impossível travar o colapso ambiental
sem intervenção dos Estados no mercado.
(…)
É estúpido um ecologista afirmar que não
é nem de esquerda nem de direita, por mais tosca que seja uma dicotomia que
traduz com traço grosso escolhas essenciais.
(…)
Quem se diz ecologista e se põe fora das
clivagens políticas que respondem ao “como” é um demagogo.
(…)
Há uma preocupação ecológica que chega a
Portugal, pelo menos através dovoto, com décadas de atraso.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Claro que muitas outras medidas são
necessárias, mas uma parte essencial de qualquer política climática deve ser
apresentar a fatura aos responsáveis pelas emissões de CO2.
(…)
Ninguém vai querer olhar para soluções
tecnológicas para reduzir as emissões de CO2 se essas emissões forem gratuitas
ou tiverem um custo muito baixo.
Paul
De Grauwe, “Expresso” Economia (sem link)
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