Segundo os últimos números do Instituto
Nacional Ricardo Jorge, são cerca de 400 as mortes anuais, no nosso país,
devidas ao frio.
(…)
Quase um quarto da população portuguesa
(22,5%, praticamente três vezes a média europeia) declara não ter capacidade
para aquecer devidamente a sua casa.
(…)
Nas famílias monoparentais, entre os
idosos isolados e nas famílias com muitas crianças, a pobreza energética é
maior – tal como a pobreza económica.
(…)
Seria preciso diminuir o preço da
energia para garantir que ninguém sofre ou morre de frio por não ter dinheiro
para pagá-la.
(…)
[Uma alternativa] seria uma redução do
IVA por escalões de consumo, com um patamar de consumo essencial a ser
garantido a todos os cidadãos e a ser tributado à taxa mínima.
A ordem mundial está a mudar e os conflitos estão
longe de resolver-se.
(…)
Protestos que cresceram [por todo o mundo] à medida
que crescia a repressão.
(…)
Sociedades oprimidas durante anos, em lugares tão
distintos, começaram a reforçar as suas lutas.
(…)
Falamos de protestos de natureza muito distinta, mas
com uma base comum de luta por direitos sistematicamente negados, por uma
mudança económica e social radical e contra as influências externas.
(…)
Há um [protesto] que se espalhou por todo o mundo e
que se fortaleceu em 2019. Falo do movimento contra as alterações climáticas. O
que começou por ser um protesto de estudantes rapidamente se transformou num
grito de urgência.
A CIP sabe bem que os patrões com êxito
construído a partir da prática de baixos salários e de apostas numa economia
assente em setores de baixo valor acrescentado (…), estão de tal forma viciados
nessa velha receita que, como disse Santos Silva, não serão capazes de,
"por si só", perceberem "a vantagem em trazer inovação para o
seu seio e a vantagem em contratar pós-graduados e doutorados".
(…)
Os travões à inovação e à criação de
emprego altamente qualificado têm várias e complexas origens.
(…)
O emagrecimento dos serviços públicos e
a fragilização de instituições do Estado impedem a contratação de trabalhadores
altamente qualificados.
O mundo está perigoso como nunca esteve
desde a crise dos mísseis.
(…)
[Trump]é um caso em que um conjunto de
idiossincrasias pessoais, a começar pelo seu narcisismo patológico e pela
crença em virtudes próprias quase mágicas, assim como uma ignorância abissal,
um simplismo grosseiro e uma agressividade sem limites, todos os defeitos de
carácter, um comportamento errático e caótico, se associam a esta pequena coisa
— ele é o homem mais poderoso do mundo.
(…)
A resposta a Trump é débil para o grau
da sua perigosidade.
(…)
Trump não sai de lá com eleições e, numa
esquina qualquer dos dias, na sua política errática, deita mais gasolina para a
fogueira para se vingar, ou mostrar poder, ou gabar-se, e a fogueira pode não
ser contida a tempo.
(…)
Quanto à questão nuclear, o acordo com o
Irão obtido pela comunidade internacional com enormes dificuldades estava a ser
cumprido, e os EUA acabaram com ele, numa das suas reviravoltas políticas que
só tem uma explicação: dar cabo de tudo o que Obama tinha conseguido.
Pacheco Pereira,
“Público” (sem link)
Os casos de violência, seja ela física
ou verbal, multiplicam-se e, mesmo quando os profissionais [da saúde] reportam
os acontecimentos, a resposta é demasiado maquinal, distante e pouco eficaz.
(…)
Assumindo o pressuposto que o Serviço
Nacional de Saúde (SNS) é uma das maiores conquistas destas quatro décadas,
precisamos não só de investimento nos meios, mas também de cuidar dos
profissionais que são, nunca é demais realçar, pessoas e não números.
Luís M.
Monteiro, “Público” (sem link)
À medida que o tempo vai decorrendo fica
mais nítido o que sucedeu com a grave crise gerada para “salvação” dos bancos que
se arruinaram com a sua gestão, antes elogiadíssima.
(…)
Quem tinha bancos podia ter ministros,
secretários de Estado, municípios, políticos, jornais, televisões, tudo… O país
era deles, literalmente.
(…)
Veio a crise. E de quem foi a culpa? Dos
portugueses que viviam acima das possibilidades, embora não fossem donos de
nenhum banco a rebentar de tanto crédito mal concedido a amigos, parentes,
compadres, à família.
(…)
Os bancos que escarneciam do Estado
gastador, cheio de gorduras, e o combatiam, receberam quase dezanove mil
milhões de euros para se salvarem arruinando a vida de milhões de portugueses.
(…)
Os que hoje atacam os serviços
públicos são os mesmos que parasitam o Estado e exigem à cabeça lucros (via
parcerias) independentemente dos resultados. Finórios.
(…)
Eles é que sabem. Vão para o governo e
depois pulam para a EDP dos chineses (Mexia e Teixeira dos Santos, sempre
tiveram uma costela comunista), para a ANA (José Luis Arnault) para o FMI
(Vitor Gaspar) ou para a Arrow, Maria Luis Albuquerque.
Domingos
Lopes, “Público” (sem link)
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