sábado, 2 de maio de 2020

CITAÇÕES

A maior parte dos desempregados registados não tem acesso ao subsídio de desemprego. Serão pelo menos 272.789 aqueles que não têm direito a essa prestação.
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O caso dos trabalhadores independentes (…) é um retrato da precariedade social em que vivemos.
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Dos [trabalhadores] que tiveram apoio, o máximo que receberam em abril foi 292€, mesmo que tenham tido uma base de descontos acima desse valor.
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A vaga de abusos que se instalou no mundo do trabalho atinge todos, mas as suas primeiras vítimas foram os precários.
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Os trabalhadores que mantêm os seus empregos têm também sido sujeitos a inúmeros abusos, como se dá conta neste relatório.
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Este primeiro de maio [terá sido] feito em casa e talvez nunca tivesse havido tantos motivos de preocupação.

As empresas e os serviços públicos não funcionam sem trabalhadores bem preparados e qualificados, motivados no desempenho das suas tarefas, conscientes dos seus direitos e deveres.
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Acabe-se com essa patetice, resultante da ausência de cultura do trabalho e da cedência ao neoliberalismo, de chamar aos trabalhadores "colaboradores".
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Este regresso [ao trabalho na próxima segunda-feira] não pode traduzir-se num estado generalizado de exposição ao risco.
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Os trabalhadores têm direito, reconhecido na lei, à saúde e segurança no trabalho.

Quem sofre esse corte [de um terço] no salário sabe como a realidade é bem mais dura, tão mais quando anteriormente a duração do mês já desafiava a duração do salário.
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[Proibir os despedimentos] foi um dos erros que o Governo cometeu, falhando a coragem para uma medida essencial que evitasse uma maior destruição da economia.
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Os direitos dos trabalhadores, a proteção dos seus vínculos, fazem parte dos estabilizadores automáticos que as crises colocam à prova.
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Quanto mais frágeis esses direitos [laborais], menor a proteção, maior o desastre social.
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Os direitos a salvaguardar, os setores estratégicos a proteger, é este o momento das definições, não é depois.
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O que fizermos hoje para evitar que a crise se aprofunde será a proteção das contas públicos do futuro.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Estudantes obrigados, agora, a pagar propinas em situação de aperto financeiro, são estudantes a abandonar o Ensino Superior amanhã.
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Modelos de avaliação que discriminam os que não têm acesso a aparelhos digitais significam um alastrar de injustiças para resolver no futuro.
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Investigadores impedidos de formular as suas candidaturas a projetos e pressionados por um prazo que a FCT e o Governo insistem não adiar significa, no futuro, menos Ciência no nosso país.
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Delegar as responsabilidades ministeriais nos reitores e nos presidentes dos Politécnicos tem um nome: desresponsabilização.
Luís Monteiro, “Público” (sem link)

O relançamento da economia não pode e não deve voltar às soluções do passado, assentes no turismo massificado ou em estímulos ao investimento estrangeiro com fins especulativos.
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Dada a necessidade de um enorme esforço de relançamento da atividade económica e do emprego, esta poderá ser uma oportunidade para se começar a erigir um parque habitacional público, que será, é certo, uma tarefa de longo prazo.
Ana Cordeiro Santos, “Público” (sem link)

Amedronta-me menos o vírus circulante que os perímetros abdominais e as papadas de alguns políticos que me querem proteger.
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Hoje há quem defenda certificados de imunidade e a georreferenciação das pessoas, enquanto, sofredores, resignados, confinados, de máscara posta, adoecemos mentalmente.
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Deputados do PS, do PSD e do CDS chumbaram no Parlamento a atribuição temporária de um subsídio de risco aos trabalhadores que asseguram actividades críticas, enquanto o resto do país está em casa (protegido, dizem).
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A ministra buzina permitiu que médicos e enfermeiros fossem miseravelmente discriminados quanto ao indecoroso aumento salarial dos restantes funcionários públicos.
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No Parlamento, as propostas que visavam a proibição da distribuição de dividendos relativos a lucros de 2019 (e que exigiam das empresas apoiadas que não despedissem) foram rejeitadas pelo PS e pelo PSD.
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Depois abrem-se linhas de crédito, que a banca aproveita para transformar créditos antigos, com risco seu, em créditos novos, com risco do Estado.
Santana Castilho, “Público” (sem link)

Frente aos pesados efeitos da pandemia, a preservação da saúde pública e a salvaguarda da liberdade individual não podem ser incompatíveis.
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Precisamos olhar com o maior cuidado os contornos do «novo normal» que aí vem, impedindo que se instale a pesada teia da distopia.

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