Salazar, anos
40 – na escola sem sapatos Legenda da imagem: “Quando o Ministério da Educação mandou construir
escolas em todo o país, nos anos 40, os miúdos pobres juntaram-se aos outros
para aprenderem os valores do Estado Novo.
Valia tudo para combater os 50% de analfabetismo. Apareciam rotos e
descalços para aprenderem o básico. Muitas vezes eram os mais ricos que,
envergonhados, se descalçavam à porta da escola para não serem diferentes. Até
que Salazar criou uma multa de 25 tostões para quem não usasse sapatos.”
Falar de Salazar que morreu há mais de 50 anos, não é muito abonatório para
quem tenta fazer crer que foi um grande governante, pois demonstra que parou no
tempo.
Um homem que fez do país uma aldeia onde viviam milhões de miseráveis,
descalços, rotos, cheios de fome, analfabetos, que chamavam casa de residência
familiar a barracas enterradas na lama onde muitos morriam enterrados durante o
Inverno, que a herança que nos deixou foi um país em ruínas e que ainda por
cima se gabava que tinha os cofres cheios de ouro enquanto o povo morria
miseravelmente cheio de fome e de frio.
Havia dezenas de Sanatórios carregados de tuberculosos por todo o país, mas
o seu orgulho continuava a ser o ouro nos cofres.
Seria a mesma coisa de se andar a gastar fortunas em carros de luxo, exibir
os dedos repletos de anéis e o pescoço cheio de fios de ouro enquanto os filhos
andam descalços, rotos cheios de fome e de frio.
E se alguém ousasse clamar que tinha fome era imediatamente preso, acusado
de ser comunista e enclausurado sem dó nem piedade nas masmorras da PIDE aonde
era implacavelmente torturado e espancado. (via Fernando Cerejeira)
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