Desde que a Moody’s baixou o rating da dívida portuguesa que se assiste a uma revoada de opiniões, quase sempre negativas, em relação às agências de notação.
De há cerca de duas semanas para cá não há jornal, de âmbito regional ou nacional, que não traga comentários quase unanimemente desfavoráveis à Moody’s por ter classificado de “lixo” a nossa dívida. Ao mesmo tempo, verificou-se que a maioria dos comentadores e economistas do regime afinam pelo mesmo diapasão, fazendo uma viragem de cento e oitenta graus em relação ao que, ainda há pouco, defendiam com toda a convicção. Curiosamente tudo isto acontece com a mudança de governo o que leva a crer que, de facto, uma maioria significativa de gente, altamente qualificada sob o ponto de vista académico, estava verdadeiramente convencida que a natureza da crise era interna e não europeia como agora se tornou mais claro e como alguns vinham afirmando desde há dois anos. Ainda relevante é o facto de sermos tentados a concluir que, também o prof. Cavaco raciocinou da mesma forma apesar da sua longa experiência política e do seu currículo académico.
Sem qualquer espécie de branqueamento da nefasta acção do anterior governo nem da falta de credibilidade de Sócrates, a realidade é que o âmago da questão se encontra fora das nossas fronteiras ainda que chovam todos os dias planos de austeridade.
Luís Moleiro
De há cerca de duas semanas para cá não há jornal, de âmbito regional ou nacional, que não traga comentários quase unanimemente desfavoráveis à Moody’s por ter classificado de “lixo” a nossa dívida. Ao mesmo tempo, verificou-se que a maioria dos comentadores e economistas do regime afinam pelo mesmo diapasão, fazendo uma viragem de cento e oitenta graus em relação ao que, ainda há pouco, defendiam com toda a convicção. Curiosamente tudo isto acontece com a mudança de governo o que leva a crer que, de facto, uma maioria significativa de gente, altamente qualificada sob o ponto de vista académico, estava verdadeiramente convencida que a natureza da crise era interna e não europeia como agora se tornou mais claro e como alguns vinham afirmando desde há dois anos. Ainda relevante é o facto de sermos tentados a concluir que, também o prof. Cavaco raciocinou da mesma forma apesar da sua longa experiência política e do seu currículo académico.
Sem qualquer espécie de branqueamento da nefasta acção do anterior governo nem da falta de credibilidade de Sócrates, a realidade é que o âmago da questão se encontra fora das nossas fronteiras ainda que chovam todos os dias planos de austeridade.
Luís Moleiro
Sem comentários:
Enviar um comentário