sexta-feira, 21 de abril de 2023

CITAÇÕES

 
Os governantes passaram a falar de pé no final do Conselho de Ministros, o que exibe vigor para desmentir o alegado cansaço. 

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[Foi agora anunciado] o aumento das pensões para fazer cumprir a lei, depois de tal objetivo ter sido declarado uma ameaça à República.

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Entre avanços e recuos, entre promessas e mentiras, o Governo quer voltar a ganhar a simpatia desta grande fatia do eleitorado.

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[Há quem recorde um episódio da campanha eleitoral de 2015 quando] Passos Coelho prometeu a Bruxelas um corte anual de €600 milhões na Segurança Social e o PS o recusou.

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Era simplesmente uma fezada e a ministra das Finanças explicou, com candura, que poderia acabar por levar a novos cortes de pensões.

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[Há que recordar outro episódio] quando Costa foi confrontado na televisão por Catarina, que lhe mostrou a página do programa económico do PS que se vangloriava de obter €1660 milhões por via do congelamento das pensões na legislatura.

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Os dois governantes [Costa e Albuquerque] olhavam para a Segurança Social como a forma de reduzir despesa real e que não sabiam como o haviam de fazer.

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A técnica de atirar números absurdos para cima de uma discussão tem sido exercitada com volúpia por vários Governos, o atual não é exceção.

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[Mais recentemente o Governo engalfinhou-se no argumento] de que, se cumprisse a lei e aumentasse em 2023 as pensões segundo a lei, a conta da Segurança Social seria aniquilada. 

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A lei é o que apetece ao Governo ou é a lei?

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A explicação para este raciocínio desmerece um homem inteligente, mas é a política.

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[Costa anunciou] que mudaria a lei para que terminasse este modo de cálculo do ajustamento das pensões. 

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Como os preços não voltam para trás, a perda do valor real das pensões é definitiva, pelo que a lei impõe a sua recuperação.

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[A ministra acabou por reconhecer que] a receita cresce mais depressa do que a despesa e o sistema da Segurança Social está protegido.

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Apesar destes números oficiais, a ministra e o primeiro-ministro andaram a aterrorizar os futuros pensionistas com a ideia de que não haverá dinheiro e, portanto, mais um corte.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O último relatório-síntese deste ano [do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas] aponta para a urgência na criação de estratégias de mitigação e adaptação, redução do uso dos combustíveis fósseis e no desenvolvimento de uma economia para o século XXI que restaure a sustentabilidade do nosso planeta.

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Nos últimos 50 anos, o impacto da ocupação do espaço, na biomassa disponível anualmente nos ecossistemas, mostra a dominação humana proeminente na biosfera.

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O futuro da humanidade está a ser posto em causa pela má gestão que se faz do planeta!

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Mas é eficaz envolver profissionais da comunicação para aumentar a sensibilização e o conhecimento do público em geral.

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Omitir ou ignorar as metas a que Portugal se obrigou para cumprir os acordos da Convenção sobre Biodiversidade (…)  à custa da delapidação de ecossistemas naturais com estatuto de protecção, é no mínimo frustrante.

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Se queremos investir na sustentabilidade do nosso planeta, há que direccionar políticas públicas e monopolizar meios de comunicação com informações científicas assertivas para o envolvimento da sociedade.

Maria Amélia Martins-Loução, “Público” (sem link)

 

A cada escândalo sobre violência sexual, saem do buraco, tal baratas tontas, os zelosos funcionários do patriarcado.

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Os funcionários do patriarcado vão criar distração no debate público para que não se repare que “o agressor és tu”.

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São as mulheres agredidas que ainda são insultadas: cobardes, aproveitadoras, histéricas, mentirosas. 

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A própria existência da violência contra mulheres vai ser posta em causa.

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Esquecendo quem são, em esmagadora maioria, as vítimas e os seus agressores.

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A violência machista é dado naturalizado. A masculinidade tóxica, a virilidade, a cultura de propriedade não vão ser questionadas.

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Os interesses de agressores passam a ser o centro das atenções morais, primam sobre as vidas das sobreviventes.

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Para as mulheres, todas as promessas de igualdade do 25 de Abril ainda não foram cumpridas.

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Não se pode permitir, por exemplo, que, na academia, dinheiros públicos sejam utilizados por predadores sexuais como instrumento de poder.

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Precisamos de considerar as violências contra as mulheres como uma verdadeira causa nacional urgente. 

Luísa Semedo, “Público” (sem link)

 

Características comuns nos líderes autoritários: detestam incertezas, desconfiam das alternâncias e desaustinam com a popularidade dos opositores. 

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Bastou o sucesso da grande marcha de Rahul Gandhi, líder do partido do Congresso e herdeiro dos Nehru-Gandhi, atravessando a Índia de lés a lés, para os correligionários do primeiro-ministro arranjarem forma de o afastar do caminho.

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Condenado por um tribunal a dois anos de prisão (e, por consequência, à perda do seu mandato de deputado) por difamar Modi num comício, Rahul Gandhi viu nesta quinta-feira um tribunal rejeitar o seu recurso e confirmar a pena.

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Parece cada vez mais difícil ter Gandhi a disputar com Modi as próximas eleições, marcadas para Maio e Junho do próximo ano.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

A quantidade de pequenos e grandes casos que abalaram o Governo desde que se viu maioritário, há mais de um ano, seria suficiente para criar uma alternativa fortíssima no maior partido da Oposição.

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Só circunstâncias anómalas poderiam impedir o crescimento dos sociais-democratas como alternativa séria, evidente e sustentada nas sondagens.

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A demarcação do PSD da extrema-direita aparece como uma imposição e não pela percepção da bondade e inevitabilidade da ruptura.

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A demarcação da extrema-direita é o único caminho para o crescimento laranja.

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Agora, talvez tarde e a más horas, e por decreto presidencial, o PSD espera, aparentemente sozinho e capaz, por mais passos em falso do Governo.

Miguel Guedes, JN


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