quarta-feira, 19 de abril de 2023

PARA QUE NUNCA MAIS! (149)

 

A 15 de abril de 1968, começou uma greve ilegal massiva de pescadores em Portugal.Os mais de 5000 pescadores da sardinha de Matosinhos foram os primeiros a entrar em greve, exigindo melhores salários, o fim dos despedimentos e o descanso ao domingo contra a "exploração desenfreada dos patrões". No início de Maio, a greve dos pescadores estende-se a quase todas as cidades costeiras do centro e norte do país como Aveiro, Figueira da Foz, Afurada, Espinho, Esmoriz e Ovar, aos quais se juntam os trabalhadores das fábricas de conservas e de redes de pesca de Setúbal e do Barreiro. Aos poucos, devido à repressão e por não verem as suas demandas atendidas, voltaram ao trabalho. No dia 1 de Julho inicia-se uma nova vaga de greves e face à prisão de alguns pescadores, 400 mulheres acompanhadas de crianças manifestaram-se em frente à sede da PIDE-DGS (polícia secreta da ditadura portuguesa), exigindo a sua libertação, algo que se repetiria diversas vezes até à revolução dos cravos. Neste ano a ditadura portuguesa esteve sob bastante pressão, não só pela queda (física) de Salazar, como pelo forte aumento da contestação através de greves, manifestações e novas organizações políticas e estudantis opositoras do regime que surgiam e cresciam em número de militantes. (Via História da Classe Trabalhadora)

Mais Aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário