A Salgueiro Maia
Aquele que na hora da vitória, respeitou o vencido.
Aquele que deu tudo e não pediu a paga.
Aquele que na hora da ganância, perdeu o apetite.
Aquele que amou os outros e por isso,
não colaborou com a sua ignorância ou vício.
Aquele que foi "Fiel à palavra dada à ideia tida"
Como antes dele, mas também por ele, Pessoa disse.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Para a História, ficou conhecido como o Capitão Sem Medo. Nesta data,
morria, em Lisboa, Salgueiro Maia.
Depois de frequentar a Academia Militar e a Escola Prática de Cavalaria,
desempenhou funções de alferes-comando em Moçambique, durante a Guerra
Colonial. Já com o posto de capitão, na madrugada de 25 de abril de 1974,
dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se numa das
figuras-chave do golpe. Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da
Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do
Governo, Marcello Caetano, que se lhe rendeu. Assim se deu a queda do Estado Novo.
(Cláudia Teixeira)
Sem comentários:
Enviar um comentário