quarta-feira, 28 de maio de 2025

CITAÇÕES À QUARTA (156)

 
As estimativas apontam para mais de 50 mil pessoas mortas em Gaza desde outubro de 2023. 

(…)

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram deslocadas internamente numa área de apenas 365 km², tornando a Faixa de Gaza numa das zonas mais densamente povoadas e humanitariamente mais vulneráveis do mundo.

(…)

Nas últimas semanas, num pequeno grupo de mulheres, temos conversado sobre como ajudar quem está preso naquele inferno. 

(…)

Cada palavra contra a apatia prevalecente é um ato de resistência.

(…)

Hoje, a causa palestiniana exige o mesmo nível de mobilização global [que a luta contra o apartheid na África do Sul].

(…)

Cerca de meio milhão de palestinianos está perto de entrar em insegurança alimentar catastrófica. 

(…)

Temos a obrigação moral de condenar esta atuação em todos os palcos que tivermos ao nosso dispor, em todas as áreas da sociedade.

(…)

Podemos pressionar os nossos governantes para tomarem uma posição consistente com a defesa dos direitos humanos.

(…)

Na área da cultura e do desporto, as organizações também podem boicotar a entrada de artistas ou de equipas em grandes eventos em Portugal e na EU.

(…)

[A Declaração de Objeção de Consciência de Uppsala é um documento] redigido por docentes e investigadores suecos, declara a objeção de consciência à colaboração com instituições israelitas cúmplices da ocupação ilegal, do apartheid e do genocídio.

(…)

A área da ciência e a investigação têm especiais responsabilidades na defesa da democracia e da justiça.

(…)

As Universidades formam novas gerações e podem despertar consciências.

(…)

É um ato de defesa da nossa própria humanidade.

(…)

Acredito que as universidades e institutos de investigação portugueses têm o dever moral de seguirem o exemplo da Declaração de Uppsala.

(…)

Como a história tantas vezes nos recorda, o silêncio não é neutro.

(…)

A coragem de jovens judeus israelitas que se recusam a servir o exército do seu país numa guerra suja contra civis só pode inspirar-nos.

(…)

[Devemos] pressionar os decisores políticos nacionais, europeus e internacionais para adotarem uma posição firme de condenação do Estado de Israel.

Carla Castelo, “emCausa”

 

Vivemos numa era em que o discurso de ódio se disfarça de “opinião” e onde a mulher que diz “não”, que se impõe, que recusa sorrir para agradar, é rotulada de arrogante, antipática ou perigosa.

(…)

É neste cenário que Mariana Mortágua surge como alvo óbvio: mulher, lésbica, de esquerda, assertiva, preparada, segura. 

(…)

O ódio que recebe não é apenas político — é estrutural e simbólico.

(…)

A violência dos ataques, muitas vezes antes sequer de abrir a boca, revela um desconforto com a mulher que não pede licença para existir no espaço público.

(…)

Quando uma mulher foge ao guião — não é doce, nem sorridente, nem "feminina" — torna-se um alvo.

(…)

Ela não adoça o discurso. Não pede desculpa por saber. Não suaviza para ser aceite. E isso incomoda.

(…)

Mortágua incomoda porque tem voz. Porque enfrenta privilégios. Porque representa uma geração de mulheres que não pedem desculpa por existir.

(…)

Escrevo porque a vejo como reflexo — de mim, de muitas de nós, de uma luta ainda por cumprir.

Bruna Oliveira Lemos, “Público” (sem link)

 

Em certos casos, [nos últimos anos a diplomacia] transformou-se num palco para encenações políticas cuidadosamente construídas, em que a confrontação e o espectáculo se sobrepõem ao diálogo construtivo.

(…)

Donald Trump foi — e continua a ser — um dos protagonistas centrais dessa viragem. 

(…)

O público-alvo é interno: os eleitores norte-americanos. Donald Trump compreendeu como poucos o poder da encenação política.

(…)

O jornalista Walter Lippmann escreveu que os cidadãos formam opiniões não com base na realidade, mas nas imagens mentais que lhes são apresentadas.

(…)

Trump não comunica para negociar — comunica para impor. Para vencer. E fá-lo sem rodeios, mesmo à custa da destruição da confiança diplomática.

(…)

A chamada "diplomacia-espectáculo", à semelhança de um Estado-espetáculo, desafia os princípios clássicos da diplomacia moderna e impõe riscos sérios à estabilidade internacional.

(…)

A incerteza mina a previsibilidade — um bem essencial em política externa.

(…)

Precisamos de líderes capazes de falar — e ouvir — com respeito.

(…)

Nas mãos erradas, [a cominicaçãopolítica] transforma-se num veículo de hostilidade, alimentando divisões em vez de resolver conflitos.

(..)

Quando é usada para humilhar e não para dialogar, não constrói alianças — implode-as.

Leonardo Grilo, “Público” (sem link)

 

Nenhum dos homens (todos homens) que garantiram o apoio esmagador a Pedro Nuno Santos perdeu um minuto a pensar, já nem digo na defesa da democracia em risco, mas na sobrevivência do PS.

(…)

[Ao PS] só lhe será permitido existir na medida em que isso seja autorizado pela AD.

(…)

Luís Montenegro quer, por mero cálculo de curto prazo, matar o PS. 

(…)

Os socialistas sofreram uma pesada derrota, mas é escusado apresentarem-se à AD, qual Egas Moniz, com a corda ao pescoço

(…)

Quem estará à espera é o Chega, pronto para fazer à AD o que fez ao PS, conquistando o voto descontente.

(…)

Era preciso alguém [no PS] com uma extraordinária capacidade de liderança e inteligência tática.

Daniel Oliveira, “Expresso” online


Sem comentários:

Enviar um comentário