Muito mais cedo que seria de imaginar, o líder do maior partido da oposição e candidato a Primeiro-Ministro num espaço de 24 horas deu o dito por não dito em relação ao PEC IV.
Num dia derrubou um Governo em nome de um programa de austeridade relativamente ao qual dizia não concordar e, no dia seguinte vai a Bruxelas comprometer-se a assumir todas as medidas que foram assumidas por Sócrates. Assim ficamos mais esclarecidos e é mais natural que aconteça pois os dois partidos comungam a mesma ideologia. E comungam também a rejeição pública da “responsabilidade da vinda dos credores de fraque a que ambos foram preparando o caminho” como afirma José Manuel Pureza no texto seguinte.
PEC ante PEC
“Está escrito nos livros. Uma crise financeira que virou crise económica e que foi transformada em grave crise social tinha de assumir a forma de crise política. Ela aí está. Mas não nos enganemos: não é por se abrir uma crise política que teremos intervenção do FMI em Portugal; ao contrário, é precisamente a receita FMI – ainda que em prestações – já nos governa que se abriu a presente crise política.
PS e PSD foram-se irmanando na imposição ao país de uma receita recessiva e empobrecedora. PEC após PEC, tornou-se claro que o recurso ao FMI também viria. O PSD desejou-o desde a primeira hora. Sócrates não fez mais do que tentar adiá-lo para que viesse sob a forma de “apoio” europeu sem o carimbo oficial do FMI. O PEC IV é a confirmação plena desta estratégia. E as comadres zangam-se agora pura e simplesmente porque nenhum quer assumir publicamente a responsabilidade pela vinda dos credores de fraque a que ambas foram preparando o caminho.
Despedimentos em saldo, co-pagamento das famílias pelas despesas de saúde, “expulsão” (sic) de arrendatários em dívida – que tem isto a ver com a responsabilização do sistema financeiro que originou a bola de neve desta crise? Nada. A crise tornou-se um pretexto para uma ofensiva sem precedentes de penalização dos salários e dos direitos sociais dos mais pobres. Sempre em nome da estabilidade dos mercados e do crescimento que são cada vez mais meras miragens inverosímeis. A crise é isto.”
Num dia derrubou um Governo em nome de um programa de austeridade relativamente ao qual dizia não concordar e, no dia seguinte vai a Bruxelas comprometer-se a assumir todas as medidas que foram assumidas por Sócrates. Assim ficamos mais esclarecidos e é mais natural que aconteça pois os dois partidos comungam a mesma ideologia. E comungam também a rejeição pública da “responsabilidade da vinda dos credores de fraque a que ambos foram preparando o caminho” como afirma José Manuel Pureza no texto seguinte.
PEC ante PEC
“Está escrito nos livros. Uma crise financeira que virou crise económica e que foi transformada em grave crise social tinha de assumir a forma de crise política. Ela aí está. Mas não nos enganemos: não é por se abrir uma crise política que teremos intervenção do FMI em Portugal; ao contrário, é precisamente a receita FMI – ainda que em prestações – já nos governa que se abriu a presente crise política.
PS e PSD foram-se irmanando na imposição ao país de uma receita recessiva e empobrecedora. PEC após PEC, tornou-se claro que o recurso ao FMI também viria. O PSD desejou-o desde a primeira hora. Sócrates não fez mais do que tentar adiá-lo para que viesse sob a forma de “apoio” europeu sem o carimbo oficial do FMI. O PEC IV é a confirmação plena desta estratégia. E as comadres zangam-se agora pura e simplesmente porque nenhum quer assumir publicamente a responsabilidade pela vinda dos credores de fraque a que ambas foram preparando o caminho.
Despedimentos em saldo, co-pagamento das famílias pelas despesas de saúde, “expulsão” (sic) de arrendatários em dívida – que tem isto a ver com a responsabilização do sistema financeiro que originou a bola de neve desta crise? Nada. A crise tornou-se um pretexto para uma ofensiva sem precedentes de penalização dos salários e dos direitos sociais dos mais pobres. Sempre em nome da estabilidade dos mercados e do crescimento que são cada vez mais meras miragens inverosímeis. A crise é isto.”
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