Os governos Sócrates transformaram a vida nas escolas num autêntico inferno. No mandato de Maria de Lurdes Rodrigues à frente do Ministério da Educação (ME) dois objectivos tornaram-se rapidamente claros: poupar o máximo no sector da educação e subjugar os professores à vontade do Governo. Depois das maiores manifestações que jamais houve em Portugal, de um só grupo profissional, ficou demonstrado que a classe docente não se deixaria submeter facilmente. Com o segundo governo Sócrates mudou a cara no ME mas permaneceram os mesmos objectivos, agora com novas roupagens e, aparentemente, num clima mais dialogante.
Reduzir ainda mais os gastos no sector educativo levou a novas aberrações como a chamada “reorganização curricular”, aprovada pelo Governo em Novembro passado e identificada pelo decreto-lei nº 18/2011 de 2 de Fevereiro. Ficou estabelecida a eliminação da Área Projecto acabou com o par pedagógico a Educação Visual e Tecnológica e limita o Estudo Acompanhado aos alunos com dificuldades de aprendizagem.
A apresentação destas medidas começou a ser feita com vestes pedagógicas mas foi a própria ministra que acabou por, implicitamente, reconhecer o seu objectivo claramente economicista como todos os entendidos na matéria sempre afirmaram.
Em boa hora toda a oposição se uniu para travar esta incomportável monstruosidade tomada sem qualquer suporte pedagógico. Mas a revogação do decreto-lei nº 18/2011 teve ainda o mérito de demonstrar a sua face economicista já que levou a Ministra da Educação a declarar que tal implicará um acréscimo na despesa orçamental da educação em 2011 e 2012. Também o ministro Jorge Lacão veio a terreiro afirmar que o PSD perdeu credibilidade na exigência ao Governo da diminuição da despesa pública.
Assim, o que começou por ser uma situação de gato escondido com rabo de fora acabou mal para o Governo já que a oposição destapou todo o “animal”. Foi a escola que ficou a ganhar, particularmente alunos e professores.
Luís Moleiro
A apresentação destas medidas começou a ser feita com vestes pedagógicas mas foi a própria ministra que acabou por, implicitamente, reconhecer o seu objectivo claramente economicista como todos os entendidos na matéria sempre afirmaram.
Em boa hora toda a oposição se uniu para travar esta incomportável monstruosidade tomada sem qualquer suporte pedagógico. Mas a revogação do decreto-lei nº 18/2011 teve ainda o mérito de demonstrar a sua face economicista já que levou a Ministra da Educação a declarar que tal implicará um acréscimo na despesa orçamental da educação em 2011 e 2012. Também o ministro Jorge Lacão veio a terreiro afirmar que o PSD perdeu credibilidade na exigência ao Governo da diminuição da despesa pública.
Assim, o que começou por ser uma situação de gato escondido com rabo de fora acabou mal para o Governo já que a oposição destapou todo o “animal”. Foi a escola que ficou a ganhar, particularmente alunos e professores.
Luís Moleiro
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