[Os jovens] vêm desobedecer a quem os
quer conformados e vêm fazer o que tem de ser feito, contra a
irresponsabilidade dos dirigentes políticos que, em todo o mundo, têm colocado
os interesses económicos, a lógica do lucro e do curto prazo à frente do
combate às alterações climáticas e do bem comum.
Greta [Thunberg]
sabe que os governos do mundo celebraram um acordo de mínimos em Paris, mas que
em 2030 esses mínimos já terão sido inviabilizados por um sistema económico de
gula predatória.
(…)
As mulheres que pararam a
sua vida em 8 de Março sabem que o tempo se está a esgotar para erradicar a
discriminação de que são alvo no trabalho, na casa, na rua, no discurso.
O movimento
independentista catalão é até o único exemplo, juntamente com o nacionalismo
escocês, de um movimento pacífico, moderado, cosmopolita, com enorme apoio popular.
(…)
Os presos políticos
[catalães] estão lá e nós caladinhos a pensar que não é connosco.
(…)
O espanholismo dos dias de
hoje, posterior à tentativa catalã, é genuinamente franquista, mergulha fundo
na trágica história de Espanha do século XX.
(…)
A causa catalã está a
passar momentos difíceis, mas só a cegueira é que pode pensar que vai
desaparecer.
(…)
Também por nós, deveríamos
olhar para esse grupo de homens corajosos que estão a ser perseguidos e
julgados em Espanha com um olhar mais solidário e comprometido.
Pacheco
Pereira, Público (sem
link)
[Há] pessoas [LGBTI] que
vão a escolas explicar, sobretudo, que existem, contrariando os silêncios que a
discriminação impõe.
(…)
Em 2019, é mesmo preciso
explicar a várias pessoas no PSD que as pessoas LGBTI são pessoas?
Miguel
Vale de Almeida e outros, Público (sem link)
Precisamos,
desesperadamente, de planos de acção, nas escolas e na sociedade civil, que
promovam a aprendizagem activa da capacidade de conviver com a diferença.
(…)
Temos que actuar
precocemente, mas também em continuidade, junto dos indivíduos e das famílias,
para que o valor do respeito pela dignidade humana se enraíze em todos.
(…)
A escola tem que renegar
os fundamentalismos de toda a espécie e tem que incutir nas crianças a ideia de
que é normal ser diferente, que é normal cada um escolher o seu caminho
Gabriel Leite
Mota, Público (sem link)
Estes movimentos juvenis
são uma oportunidade para percebermos que o combate às
alterações climáticas não está fora do nosso ciclo de influência.
Ana
Marreiros, Público (sem
link)
Com palavras de fogo e uma
tranquilidade no rosto, [Greta Thunberg] envergonha a classe política que
durante décadas e décadas se propôs varrer a catástrofe do aquecimento global
para debaixo do tapete.
(…)
Temos direito a exigir a
quem está no poder que nos assegure um futuro sustentável para viver.
(…)
Não planeamos parar até
que o aquecimento global seja tratado pelos governos como a crise dramática que
é.
Matilde
Alvim, Público (sem link)
[Começou ontem, 15 de
Março] uma nova História da justiça climática.
(…)
Apesar de andarmos há
décadas à procura de acordos para cortar as emissões de gases com efeito de
estufa, 2018 foi o ano com
o mais alto nível de emissões alguma vez registado.
(…)
Tudo irá mudar nas nossas
economias e nas nossas sociedades. Se não formos nós a organizar estas
mudanças, será o novo clima, sem qualquer contemporização.
João
Camargo, Público (sem
link)
A marcação de uma greve estudantil
climática é um marco extraordinário na afirmação
dos jovens como atores políticos e sociais indispensáveis.
(…)
Os jovens são mais de
metade da população global e a herança que têm para enfrentar é a de uma crise
climática com que terão de lidar para o resto das suas vidas.
(…)
Esta é uma enorme lição de
responsabilidade que estes jovens estão a dar perante a irresponsabilidade de
uma elite mundial que lhes falha, agarrada à ideia de que o planeta é apenas
seu.
Pedro Filipe Soares, Público (sem link)
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