sábado, 23 de março de 2019

CITAÇÕES


A receita da OCDE é a mesma de sempre: punir quem depende do seu salário e da sua pensão e obrigar as pessoas a trabalharam mais anos, como se estivesse aí o busílis da “sustentabilidade do sistema”.
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Como se provou nos últimos três anos, o que inverteu esse caminho de desequilíbrio e tem vindo a assegurar a sustentabilidade da segurança social (…) foi a recuperação de rendimentos (…), a criação de emprego e o tímido aumento de salários (…).
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Faz sentido, mais de um século depois da luta pelas 40 horas de trabalho, termos ainda tanta gente a trabalhar muito mais do que 40 horas por semana, e durante cada vez mais anos?

O racismo explícito destes novos líderes da direita europeia mesclados pelo liberalismo e pela demagogia do apelo às classes mais desfavorecidas (contem-me algo de novo…) é a barbárie à espera de acontecer.

As manobras [da Direita] fazem-se no contexto da revolução política que foi a existência de um governo que, pela primeira vez desde o 25 de Abril, junta o PS com o PCP e o BE e que criou um ponto sem retorno na vida política portuguesa.
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Apesar da aparente fúria [da Direita] com o “socialismo” do Governo Costa, é o PSD de Rio o alvo.
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Mais do que um governo “esquerdíssimo”, [o actual], é um governo do centro-esquerda no máximo.
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É verdade que o PS tem uma história negra de corrupção e de uso do Estado para fins ilícitos, mas em muitos dos mecanismos de corrupção ela só foi possível pela participação do PSD e do CDS.
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Com raras excepções, a corte de Sócrates contava com muitos ardorosos apoiantes e financiadores das actuais manobras da direita.
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Na verdade, a corrupção em Portugal sempre esteve centrada no acesso ao poder do PS e do PSD, com alguns restos vultuosos para o partido do “Jacinto Leite Capelo Rego” [leia-se CDS].
Pacheco Pereira, Público (sem link)

O inquérito da OCDE vem demonstrar a importância primordial que a saúde pública tem para os portugueses, no momento em que o Parlamento discute a nova Lei de Bases da Saúde.
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Como é natural, são os que mais recorrem ao SNS, os mais pobres, que mais se mostram disponíveis para pagar mais impostos em nome de um melhor serviço público.
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Mas o estudo mostra que, de facto, em Portugal, há uma aceitação absoluta da necessidade de existência de uma saúde pública.
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A necessidade de investimento na saúde pública é uma prioridade nacional.
São José Almeida, Público (sem link)

Quem sobrevive a uma violação lida com os outros, com o nojo ao toque, com o medo dos gritos e da força, com insinuações de culpa, com o pânico ao sítio, com choros e memórias inusitadas.
Alice A. Casimiro, Público (sem link)

O pior [do massacre racista da Austrália] é que o caldo de cultura em que o assassino cresceu é o mesmo em que vivemos quase todos no Ocidente.
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O racismo, ainda que sob a roupagem do culturalismo, é hoje o cimento que cola a ampla frente neofascista e antidemocrática que avança de um e outro lado do Atlântico.
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O importante é negar que o perpetrador matou em nome de princípios, narrativas e mitos que são partilhados pela maioria.
Manuel Loff, Público (sem link)

[Os fascistas que de novo estão a emergir por cá trazem] o desejo de impor uma sociedade assente no ódio, na defesa da desigualdade, no racismo, na homofobia, na perseguição da diferença, no efetivo desprezo pelos mais desprotegidos, na defesa de uma cultura passadista de ignorância e barbárie.
Rui Bebiano, Diário as beiras

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