Um estudo da OCDE publicado nesta semana
mostra que Portugal é dos países que mais penalizam quem se reforma
antecipadamente e menos beneficia quem trabalha mais anos do que deve.
(…)
Se se sair do mercado de trabalho antes
do previsto, o corte é de 36% se for um ano e de 45%, se forem três anos.
(…)
As penalizações são
injustas para quem passou, literalmente, a vida toda a trabalhar e não tem como
vislumbrar a possibilidade de deixar de fazê-lo.
(…)
Não é possível ignorar
que vivemos num país onde até há bem pouco tempo a maioria começava a trabalhar
mal saltava dos bancos da quarta classe.
(…)
Quarenta anos de
descontos deveriam ser suficientes para que alguém pudesse usufruir do tanto
que contribuiu para o país.
O Parlamento português, com o
entendimento entre Passos Coelho, Portas e o então secretário-geral do PS,
correu para ser o primeiro a aprovar o Tratado Orçamental, que, seis anos mais
tarde, se aceita que não deve entrar no acervo legislativo comunitário por ser
um conjunto de regras tão disparatadas como danosas – mas continuará em vigor.
(…)
É sempre tudo assim, dá-se o passo
errado e depois o Governo queixa-se de que era escusado.
(…)
É difícil admitir que o Governo se possa
lamuriar de que o processo contra a Zona Franca da Madeira seja um instrumento
de exibição da Comissão [Europeia].
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O mundo das zonas fiscais especiais é um
espetáculo e Portugal escusava de ser submetido a este vexame.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
As consequências das novas
tecnologias no emprego e no trabalho são muito incertas.
(…)
O digital, a robotização e
a inteligência artificial estão aí, acelerando e trazendo novas mudanças, mas
os debates predominantes têm três traços bem claros: (i) substituição de
trabalho humano para aumentar e concentrar lucros; (ii) dar determinismo à
máquina para subjugar o trabalho humano, as relações laborais e as formações;
(iii) disseminar a produção da inovação e do conhecimento, garantindo aos grandes
grupos o controlo e o lucro da sua aplicação.
(…)
É nossa responsabilidade
fazer com que o princípio da precaução prevaleça também no plano da aplicação
das tecnologias e seus impactos, no emprego e no trabalho.
Portugal tem dos tarifários mais altos
da Europa, o que torna racional [até agora] a utilização do carro.
(…)
A pressão da procura [de transportes
públicos] terá dores de crescimento, mas um efeito positivo sobre a própria
oferta dos serviços.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
Em Myanmar onde o Facebook é a única
forma de aceder á internet, tem servido para dizimar a minoria rohingya.
(…)
[Na Turquia] o Facebook e o Google
bloqueiam, a pedido, mensagens subversivas. Implacável com a democracia, dócil
com a tirania.
Daniel
Oliveira, “Expresso” (sem link)
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