[É do feminismo] que reconhece a
transversalidade do patriarcado nas diferentes relações sociais [que me
reclamo].
(…)
[É] de um feminismo que é consciente da
classe e da exploração que marca decisivamente as experiências de vida e o
acesso aos recursos [que me reclamo].
(…)
Ao feminismo se devem tantas coisas que
hoje achamos banais, mas que há tão pouco tempo estavam vedadas às mulheres.
(…)
A rede 8 de março, que convocou esta
greve [feminista], abriu caminho para despertar consciências num país com tanto
a fazer pela igualdade.
Para ele [juiz Neto de Moura] tudo é
mau: mesmo enfraquecido pela censura dos seus pares, deidiu-se pela perseguição
a quem contraria as suas espantosas sentenças.
(…)
Ele [juiz Neto de Moura] escolheu, portanto,
personalizar em si próprio todas as frustrações com a justiça.
(…)
Mas o que nunca se pode aceitar é que os
preconceitos de um juiz contra mulheres possam influenciar a decisão do
tribunal.
(…)
[Outra consequência] deste frenesim carnavalesco
de Neto de Moura é que no imediato favoreceu quem queria prejudicar.
(…)
Agora importa destacar a vítima que não
tem tido defesa: essa é a justiça, que deve ser salvaguardada destas vagas de
confusão e degradação que foram desencadeadas por Neto de Moura, muito para
além do imaginável.
Francisco Louçã,
Expresso (sem link)
Afinal, o Novo Banco, apresentado à nascença como o
"banco bom", tem a podridão suficiente para ser considerado
"muito mau".
(…)
Como não haverá um
filantropo que se disponha a oferecer-nos uns largos milhares de milhões de
euros para tapar os buracos da banca, será sempre a riqueza produzida pelo
trabalho dos portugueses que irá pagar a fatura
(…)
O Banco Montepio não pode
ser um banco igual aos outros, gerido por pessoas que nem sequer cheiram os
valores do mutualismo.
Que cinco anos depois e com um novo
Governo se insista na sugestão de uma solução indolor [do Novo Banco] para os
contribuintes é que gera perplexidade.
Pedro Adão e Silva,
Expresso (sem link)
A reação aos inenarráveis acórdãos de Neto
de Moura, mostrou um país que finalmente mudou.
(…)
Há, ao fim de séculos, um alarme social
com a tradicional complacência da Justiça com a violência doméstica.
(…)
A Justiça que é um corpo conservador
desfasado do país que temos hoje, está cheio de “netos de moura”.
Daniel Oliveira,
Expresso (sem link)
Se o Banif, que era um banquinho, ainda
nos custa dinheiro onze anos depois, como haveria de ser com o BES?
(…)
Só no “banco bom” já foram torrados dez
mil milhões de euros.
(…)
E todos também fingem que o dinheiro não
é do Estado, quando é o Estado que aumenta a dívida pública hoje e o dinheiro
dos outros bancos chama-se “contribuições” quando são “impostos”, e “impostos”
são dinheiro do Estado.
Pedro Santos
Guerreiro, Expresso (sem link)
Porque não pode o BCE injetar dinheiro
em investimentos ambientais em vez de o despejar no sector financeiro?
(…)
É perfeitamente possível para o BCE usar
o instrumento de criação de dinheiro a favor de investimentos ambientais sem
colocar em risco a estabilidade dos preços.
Paul
De Grauwe, Expresso Economia (sem link)
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