Desde sempre vivemos sob a tutela de uma
rede de relações de dependência governamental de grandes famílias, e essa
decisiva. Essas famílias ocuparam sempre a maioria dos cargos governamentais e
fizeram-no estratégica e criteriosamente.
(…)
Nos governos Durão Barroso-Paulo Portas
e Santana Lopes-Paulo Portas chegou a haver quatro governantes com ligações
empresariais para um que não as tivesse.
(…)
Destes 776 governantes, 230 foram da
finança para o Governo ou saíram do Governo para a finança ao longo da sua
vida.
(…)
Se cuidarmos da evolução de todos os
ministros das Finanças, temos que 14, entre 17, prosseguiram ou fizeram
carreira em instituições financeiras.
(…)
Se registarmos as relações com os
grandes grupos económicos, estes albergam 53 governantes do PS e 90 do PSD.
(…)
Ambos os partidos, cada um à sua
maneira, têm cultivado intensas relações empresariais, que lhes devolvem o
cuidado, recrutando os seus dirigentes e ex-governantes para cargos de topo.
(…)
Quando um grupo económico está em todos
os governos e até se descobre que pagaria uma mesada a um ministro em funções, não
será que isso revela como foram as privatizações e as PPP?
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
A famosa diretiva sobre os direitos de autor na era
digital foi aprovada nesta semana e duvido de que haja enormes festejos, mesmo
do lado de quem a defendeu.
(…)
É possível, em consciência, aprovar uma proposta que
contém em si mesma um instrumento de censura que, por definição, é a antítese
da liberdade de expressão e de criação?
(…)
A resposta é, como o resultado demonstra, que, sim, é
possível.
O défice zero faria sentido se os juros
a que a República se financia fossem muito altos ou se o acesso ao crédito
estivesse condicionado.
(…)
Já é suficientemente mau que o Governo
se vanglorie de não ter cumprido em 2018 o limite do défice aprovado pelo
Parlamento (-0,9 do PIB) e de ter deixado assim por utilizar uma folga de quase
mil milhões de euros.
Francisco Louçã,
“Expresso” (sem link)
A diminuição da participação cívica de
quase todos, deixou aos políticos o exclusivo da política, que se foi tornando
modo de vida.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
A verdade é qua a actividade política é
cada vez menos atrativa.
(…)
A tendência é para que a política se
tornar uma atividade tribal ou, para opoirtunistas, uma rampa para negócios.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Em França foi estabelecido um limite
máximo de glifosato a aplicar por hectare em terrenos agrícolas; só se vende a
profissionais e proibiu-se a sua utilização na limpeza de qualquer espaço
urbano.
(…)
Em Portugal é possível comprar glifosato
no hipermercado, e a sua aplicação está longe de qualquer controlo.
Luísa
Schmidt, “Expresso” (sem link)
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